Os significados atribuídos pela mulher à cicatriz consequente à cirurgia cardíaca de peito aberto: Um olhar terapêutico ocupacional
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15650Palavras-chave:
Cirurgia torácica; Autoimagem; Espiritualidade; Terapia ocupacional.Resumo
Introdução: As cirurgias cardíacas são terapêuticas complexas que envolvem transformações na vida do sujeito. Essas mudanças implicam em alteração na rotina, na autoestima e na autoimagem principalmente nas mulheres. A Terapia Ocupacinal possuindo habilidade para avaliar e compreender o sujeito em todos os contextos em que está inserido, auxilia a mulher no pós cirúrgico cardíaco. Objetivo: Compreender os significados atribuídos pela mulher à cicatriz consequente à cirurgia cardíaca de peito aberto, sob um olhar terapêutico ocupacional. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Foi realizado no hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes – Hospital do Coração de Messejana, em Fortaleza, Ceará, Brasil, no período de outubro de 2020 a janeiro de 2021. Participaram do estudo cinco mulheres que realizaram cirurgia cardíaca de peito aberto, com idade entre 23 e 50 anos. O estudo em tela teve como técnica de coleta de informações a entrevista individual e estruturada e como método de análise a de conteúdo, na modalidade análise temática. Resultados: A pesquisa gerou quatro núcleos de sentido para uma discussão mais ampla, sendo eles: O estigma da cardiopatia; Suporte espiritual; O medo da dependência nas AVD; A ressignificação da cicatriz. Conclusão: As mulheres participantes da pesquisa mostraram uma resiliência de suma importância, onde compreenderam que o corpo é um templo delas, que precisa ser reconhecido e cuidado.
Referências
AOTA, Associação americana de terapia ocupacional (2015). Estrutura da prática da terapia ocupacional: domínio & processo. 3. ed. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, 26, (ed. esp.), pp. 1-49, jan.- abr.
Bardin, L (2016). Análise de conteúdo. 3. reimp. Lisboa: Edições 70.
Brasil. (2012). Resolução N° 466 – Conselho Nacional de Saúde, dezembro de 2012. Recuperado em fevereiro de 2021, de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html.
Caníglia, M. (2005). Terapia ocupacional: um enfoque disciplinar. Belo Horizonte: Ophicina de Arte & Prosa.
Cesarin, H. C. S., & Cesarin, S. S. (2012). Pesquisa científica: da teoria à prática. Curitiba: Intersaberes.
Castanharo, R. C. T., & Wolff, L. D. G. (2014). O autocuidado sob a perspectiva da Terapia Ocupacional: análise da produção científica. Cad. De Ter. Ocup. da UFSCar (São Carlos), 22(1):175-186.
Cruz, D. M. C. (2012). Terapia ocupacional na reabilitação pós-acidente vascular encefálico - atividades de vida diária e interdisciplinaridade. São Paulo: Santos.
Dessotte, C. A. M., Figueiredo, M. L., Rodrigues, H. F., Furuya, R. K., Rossi, L. A., & Dantas, R. A. S. (2016). Classificação dos pacientes segundo o risco de complicações e mortalidade após cirurgias cardíacas eletivas. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. Recuperado em fevereiro de 2021, de https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/37736/20966 .
Ferreira, J. D. F., Moreira, R. P., Maurício, T. F., Lima, P. A. de, Cavalcante, T. F., & Costa, E. C. (2017). Fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos. Rev. enferm UFPE on line. (Recife), 11(12):4895-4905.
Figueiredo, M. O., Gomes, L. D., Silva, C. R., & Martinez, C. M. S. (2020). A ocupação e a atividade humana em terapia ocupacional: revisão de escopo na literatura nacional. Cad. Bras. Ter. Ocup. (São Carlos), 28(3).
Frez, C. S., & Castro, E. E. C. (2020). Experiências de cardiopatias submetidos à cirurgia cardíaca: um estudo exploratório. Revista da Abordagem Gestáltica (Goiânia), 26(3):279-291.
Gomes, E. T.; Silva, J. I., & Bezerra, S. M. M. S. (2020). Elaboração da escala de avaliação do conhecimento de pacientes acerca da cirurgia cardíaca. Rev. SOBECC (São Paulo), 24(4):227-233.
Gomes, N. S.; Soares, M. B. O., & Silva, S. R. (2015). Self-esteem and quality of life in women undergoing breast cancer surgery. Reme: Revista Mineira de Enfermagem, [s.l.], 19(2):120-125.
Hagedorn, R. (2003). Fundamentos para a prática em terapia ocupacional. São Paulo: Roca, 2003.
Jesus, P. B. R.; Santos, I, & Brandão, E. S. (2015). A autoimagem e a autoestima das pessoas com transtornos de pele: uma revisão integrativa da literatura baseada no modelo de Callista Roy. Aquichan, 15(1): 75-89.
Minayo, M. C. de S. (2017). Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Revista Pesquisa Qualitativa. São Paulo (SP), 5(7):01-12.
Minayo, MCS, Deslandes, SF & Gomes, R. (2015). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. (34a ed.). Rio de Janeiro: Vozes.
PANITZ, G. O., Siqueira, A. L. F., Porciuncula. G. F., Behling, J. A., Camargo, L. S. de, Oliveira, L. J. de ... D’ávila, V. (2018). Instrumentos de abordagem da espiritualidade na prática clínica. Acta Medica - Ligas Acadêmicas (Rio Grande do Sul), 39(1):37-45.
Santos, T. L.; Laprano, M. G. G., & Conceição, A. P. (2020). Orientações de alta hospitalar para o desempenho do autocuidado após a cirurgia cardíaca: revisão integrativa. Rev. Baiana de Enfermagem. Vol. 34.
Taquette, S. R., & Minayo, M. C. De S. (2015). Característica de estudos qualitativos conduzidos por médicos: revisão de literatura. Ciênc. saúde coletiva [online]. 20(8):2423-2430.
Teston, E. F., Ceclllo, H. P. M., Santos, A. L., Arruda, G. O. de, Radovanovic, C. A. T., & Marcon, S. S. (2016). Fatores associados às doenças cardiovasculares em adultos. Medicina (Ribeirão Preto), 49(2):95-102.
Vernin, L. R. S., Gonzaga, L. M., Valle, M. O. F. R. D., Silva, M. J. P. D., Ermel, R. C., & Puggina, A. C. (2019). História espiritual e preferência de intervenção religiosa de pacientes crônicos cristãos. Nursing (Säo Paulo), 22(252):2868-2874.
Yin, R. K. (2016). Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre (RS): Penso. 313p.
Walsh, F. (2005). Fortalecendo a resiliência familiar. São Paulo: Roca.
World Health Organization Quality of Live Group (1995). The World Health Organization Quality of Life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med. 41(10):1403-1409.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jéssica Raquel de Souza Marques; Valéria Barroso de Albuquerque; Francisca Helena Gadelha de Lima; Marilene Calderaro da Silva Munguba
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
