Gravidez na adolescência: taxas específicas de fecundidade e tendência temporal, Brasil, (2008 a 2017)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15664

Palavras-chave:

Gravidez na adolescência; Saúde materno-infantil; Vigilância.

Resumo

Esse estudo teve como objetivos estimar as taxas específicas de fecundidade de adolescentes, bem como a tendência temporal, para o Brasil e regiões, entre 2008 e 2017. Estudo ecológico de séries temporais. Os dados foram coletados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). A tendência das taxas foi calculada por regressão polinomial, com nível de significância de 5%. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram taxas maiores do que o Brasil e as regiões Sudeste e Sul apresentaram taxas menores, em todos os anos pesquisados, para as três faixas de idade (10 a 19, 10 a 14 e 15 a 19 anos). As maiores taxas ocorreram na região Norte, sendo 103,2 por 1.000 mulheres adolescentes em 2008 e 80,9 por 1.000 mulheres adolescentes em 2017, para a faixa etária de 15 a 19 anos. O Brasil e as regiões apresentaram tendência significativa decrescente de fecundidade, em todas as faixas etárias. Contudo, as taxas permaneceram altas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Enfatiza-se a necessidade de ações específicas direcionadas para adolescentes, que considerem as diferenças regionais e a equidade da atenção em saúde.

Referências

Aragão, V. M. F., Silva, A. A. M., Aragão, L. F., Barbieri, M. A., Bettiol, H., Coimbra, L. C., et al. (2004). Risk factors for preterm births in São Luís, Maranhão, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, 20(1), p.57-63.

Bonilha, E. A., Vico, E. S. R., Freitas, M., Barbuscia, D. M., Galleguillos, T. G. B., et al. (2018). Coverage, completeness and reliability of the data in the Information System on Live Births in public maternity wards in the municipality in São Paulo, Brazil, 2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 27(1), e201712811. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222018000100310&lng=en&nrm=iso

Borges, A. L. V., Chofakian, C. B. N., Sato, A. P. S, Fujimori, E., Duarte, L. S., Novaes, M., et al. (2016). Fertility rates among very young adolescent women: temporal and spatial trends in Brazil. BioMed Central Pregnancy and Childbirth, 16(57). https://doi.org/10.1186/s12884-016-0843-x

Brasil. (2006). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Marco teórico e referencial: saúde sexual e saúde reprodutiva de adolescentes e jovens / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas - Brasília. http://www.fametro.com.br/downloads/manuais-biblioteca/marco_teorico_referencial.pdf

Brasil. (2021). Ministério da Saúde. Rede Integrada de Informações para a Saúde. Taxa específica de fecundidade. http://fichas.ripsa.org.br/2011/a-6/?l=pt_BR

Cesar, J. A., Mendoza-Sassi, R. A., Gonzalez-Chica D. A., Mano P. S. & Goulart-Filha S. M. (2011). Socio-demographic characteristics and prenatal and childbirth care in southern Brazil. Cadernos de Saúde Pública, 27(5), 985-994.

Fundo de População das Nações Unidas. UNFPA. (2021). Gravidez na adolescência. https://brazil.unfpa.org/pt-br/gravidez-na-adolesc%C3%AAncia

Goldenberg, P., Figueiredo, M. C. T., & Silva, R. S. (2005). Adolescent pregnancy, prenatal care, and perinatal outcomes in Montes Claros, Minas Gerais, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, 21(40, 1077-1086. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000400010

Gómez, O. S. M., & Gonzáles, O. K. (2018). Fertility in adolescent women and social inequalities in Mexico, 2015. Revista Panamericana de Salud Pública, 42. https://scielosp.org/article/rpsp/2018.v42/e99/#

Latorre, M. R. D. O, & Cardoso, M. R. A. (2001). Time series analysis in epidemiology: an introduction to methodological aspects. Revista Brasileira de Epidemiologia, 4(3), 145-152. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-790X2001000300002&script=sci_abstract&tlng=pt

Leftwich, H. K., & Alves, M. V. (2017). Adolescent Pregnancy. Pediatrics Clinics of North American, 64, 2, 381-388. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28292453/

Martin, J. A., Brady, E. H., Michelle, J. K., Osterman, A. K. D., & Patrick, D. (2018). Births: Final Data for 2017. National Vital Statistics Reports, 67(8). https://www.cdc.gov/nchs/data/nvsr/nvsr67/nvsr67_08-508.pdf

Martinez, E. Z., Roza, D. L., Cassi-Bava, M. C. G. G., Achcar, J. A., & Dal-Fabbro, A. L. (2011). Teenage pregnancy rates and socioeconomic characteristics of municipalities in São Paulo State, Southeast Brazil: a spatial analysis. Cadernos de Saúde Pública, 27(5), 855-867. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2011000500004

Organización Panamericana de la Salud. (2016). Organización Mundial de la Salud. Acelerar el progreso hacia la reducción del embarazo en la adolescencia en América Latina y el Caribe. Informe de consulta técnica, Washington, D.C., EE. UU. 56 p. https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/34853/9789275319765_spa.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Part, K., Moreau, C., Donati, S., Gissler, M., Fronteira, I., Karro, H., et al. (2013).Teenage pregnancies in the European Union in the context of legislation and youth sexual and reproductive health services. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, 92(12). https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/aogs.12253

Pereira, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 596p.

Pochmann, M., & Silva, L. C. (2020). Spatial concentration of production and social inequalities. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 22, e202004. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-15292020000100402&lng=en&nrm=iso

Ramos, H. A. C., & Cuman, R. K. N. (2009). Risk factors for prematurity: document search. Escola Anna Nery - Revista de Enfermagem, 27(2), 297-304. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-81452009000200009&script=sci_abstract&tlng=pt

Santelli, J. S., Song, X., Garbers, S., Sharma, V., Viner, R. M. (2017). Global Trends in Adolescent Fertility, 1990-2012, in Relation to National Wealth, Income Inequalities, and Educational Expenditures. Journal of Adolescent Health, 60, 161-168. https://www.jahonline.org/article/S1054-139X(16)30320-2/fulltext

United Nations Population Division. (2019). World Population Prospects. The World Bank Data. Adolescent fertility rate (births per 1,000 women ages 15-19). https://data.worldbank.org/indicator/SP.ADO.TFRT?view=chart

World Health Organization. (2004). WHO. Adolescent pregnancy-issues in adolescent health and pregnancy. Geneva (Switzerland): Department of child and adolescent health and development, Department of reproductive health and research; 84 p.

Downloads

Publicado

27/05/2021

Como Citar

DECHANDT, M. J.; KLUTHCOVSKY, A. C. G. C. .; PEREIRA, B. L. R.; WOSNIAK, E. J. M. Gravidez na adolescência: taxas específicas de fecundidade e tendência temporal, Brasil, (2008 a 2017). Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 6, p. e19710615664, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i6.15664. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15664. Acesso em: 19 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde