Caracterização morfológica de piperáceas nativas conservadas em casa de vegetação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15686Palavras-chave:
Casa de vegetação; Piper L.; Piperáceas nativas; Plantas medicinais.Resumo
A família Piperácea possui diversas espécies de interesse econômico, medicinal, ornamental e ambiental. A Embrapa Amazônia Oriental possui uma coleção de piperáceas nativas para garantir a diversidade dessas espécies e o uso em programas de melhoramento genético, dentre outras finalidades. Esse trabalho teve como objetivo descrever as características morfológicas de quatro espécies de piperáceas conservadas em casa de vegetação: Piper marginatum Jacq., Piper montealegreanum Yunck, Piper peltatum L. e Piper tuberculatum Jacq. Foi mensurado o comprimento e largura de folhas, pedúnculo, pecíolo, espigas, entrenós, e altura das plantas. Também foi avaliado o hábito de crescimento, filotaxia das folhas, formato de folhas e caule, presença de lenticelas e ataque de pragas e doenças nos espécimes. Documentou-se a coloração de folhas, caules e espigas usando a carta de Munsell. Os dados consideraram a média das medidas aferidas de quatro espécimes, por espécie, para cada órgão avaliado e comparado a informações da literatura. Os resultados demonstraram que ocorreram diferenças nas características morfológicas das plantas quando cultivadas em ambientes controlados.
Referências
Autran, E. S., Neves, I. A., Da Silva, C. S. B., Santos, G. K. N., Da Câmara, C. A. G., & Navarro, D. M. A. F. (2009). Chemical composition, oviposition deterrent and larvicidal activities against Aedes aegypti of essential oils from Piper marginatum Jacq. (Piperaceae). Bioresource technology, 100(7), 2284-2288. https://doi.org/10.1016/j.biortech.2008.10.055
Brasil, Ministério do Meio Ambiente. (2012). Conservação in situ, ex situ e on farm. Obtido em https://www.mma.gov.br/biodiversidade/conservacao-e-promocao-do-uso-da-diversidade-genetica/agrobiodiversidade/conserva%C3%A7%C3%A3o-in-situ,-ex-situ-e-on-farm.
Costa, J. D., Santos, P. F. D., Brito, S. A., Rodrigues, F. F., Coutinho, H. D., Botelho, M. A., & Lima, S. G. D. (2010). Composição química e toxicidade de óleos essenciais de espécies de Piper frente a larvas de Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae). Latin American Journal of Pharmacy, 29(3), 463-467. ISSN 0326-2383
Clement, C. R., Rocha, S. F. R., Cole, D. M., & Vivan, J. L. (2007). Conservação on farm. Recursos genéticos vegetais, 511-543. ISBN 978-85-87697-34-9.
D'Angelo, L. C. A., Xavier, H. S., Torres, L. M. B., Lapa, A. J., & Souccar, C. (1997). Pharmacology of Piper marginatum Jacq. planta medicinal popular utilizada como analgésico, antiinflamatório e hemostático. Fitomedicina, 4(1), 33-40. https://doi.org/10.1016/S0944-7113(97)80025-6
De Feo, V. (1991). Uso di piante ad azione antiinfiammatoria nell’Alto Ucayali, Perú Orientale. Fitoterapia, 62(6), 481-494.
De Araújo Júnior, J. X., de Oliveira Chaves, M. C., da-Cunha, E. V. L., & Gray, A. I. (1999). Cepharanone B from Piper tuberculatum. Biochemical Systematics and Ecology, 27(3), 325-327. https://doi.org/10.1016/S0305-1978(98)00083-0
De Queiroz, A. C., Alves, H. D. S., Cavalcante-Silva, L. H. A., Dias, T. D. L. M. F., Santos, M. D. S., Melo, G. M. D. A., Campesatto, E. A., de Oliveira Chaves, C. & Alexandre-Moreira, M. S. (2014). Antinociceptive and anti-inflammatory effects of flavonoids PMT1 and PMT2 isolated from Piper montealegreanum Yuncker (Piperaceae) in mice. Natural product research, 28(6), 403-406. https://doi.org/10.1080/14786419.2013.867444
De Oliveira Chaves, M. C., & de Oliveira Santos, B. V. (2002). Constituents from Piper marginatum fruits. Fitoterapia, 73(6), 547-549. https://doi.org/10.1016/S0367-326X(02)00167-3
Dos Santos Sales, V., do Nascimento, E. P., Brito Monteiro, Á., Nogueira da Costa, M. H., de Araújo Delmondes, G., Carneiro Soares, T. R., Soares, T. R. C.; Tintino, S. R.; Sobreira, F. R.; Figuêiredo, D. N.; Rodrigues, C. K. S.; Costa, J. G. M.; Coutinho, H. D. M.; Felipe, C. F. B.; Menezes, I. R. & Kerntopf, M. R. (2017). Modulación in vitro de la actividad antibiótica por el aceite esencial de frutos de Piper tuberculatum Jacq. Revista Cubana de Plantas Medicinales, 22(1), 1-10. ISSN 1028-4796.
Guimarães, E. F., & Giordano, L. C. D. S. (2004). Piperaceae do Nordeste brasileiro I: estado do Ceará. Rodriguésia, 55(84), 21-46. https://doi.org/10.1590/2175-78602004558402
Judd, W. S., Campbell, C. S., Kellogg, E. A., Stevens, P. F., & Donoghue, M. J. (2009). Sistemática Vegetal: Um Enfoque Filogenético. Artmed Editora. ISBN 978-0-87893-407-2
Lameira, O. A., Cordeiro, I. M. C. C., & Pires, H. C. G. (2020). Avaliação dos Descritores Morfoagronômico e Morfoanatomia da Lâmina Foliar de Pilocarpus: Microphyllus Stapf ex Wardleworth–Rutaceae, Ananas Comosus Var. Erectifolius (LB Smith) Coppens & F. Leal–Bromeliacea e Psychotria Ipecacuanha (Brot.) Stokes. Editora Appris. ISBN 978-65-5523-293-6.
Melo, A., Araújo, A. A., & Alves, M. (2013). Flora of Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Aristolochiaceae and Piperaceae. Rodriguésia, 64(3), 543-553. ISSN 2175-7860.
Munsell, A. H. (1919). A Color Notation, 1905; 1907; with new preface, 1913; 1916, Geo. H. Ellis Co., Boston, Mass.
Pascoli, I. C., Dos Anjos, M. M., Silva, A. A., Lorenzetti, F. B., Cortez, D. A. G., Mikcha, J. M. G., Nakamura, T. U., Nakamura, C. V. & Abreu Filho, B. A. Piperaceae extracts for controlling Alicyclobacillus acidoterrestris growth in commercial orange juice. Industrial Crops and Products, 116, 224-230. https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2018.02.073
Pereira, A. C. C., Castro, G. L. S., Rodrigues, P. C., Silva, G. B., Oliveira, D. A., & Souza, C. R. B. (2019). An endophytic Pseudomonas sp. of Piper tuberculatum promotes growth on Piper nigrum through increase of root biomass production. Physiological and Molecular Phatology, 108. https://doi.org/10.1016/j.pmpp.2019.101420
Pereira, L. A., dos Santos, D. C., Rodrigues, P. F. A., Andrade, E. H. A. & Guimarães, E. F. (2020). Valor de uso, indicações terapêuticas e perfil farmacológico e etnofarmacológico de duas espécies do gênero Piper L. em uma comunidade quilombola na Amazônia Oriental Brasileira. Brazilian Journal of Development, 6(7), 52027-52039. http://doi.org/10.34117/bjdv6n7-739
Pereira A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM. ISBN 978-85-8341-204-5. ISBN 978-85-8341-204-5.
Perigo, C. V., Torres, R. B., Bernacci, L. C., Guimarães, E. F., Haber, L. L., Facanali, R., Vieira, M. A. R., Quecini, V. & Marques, M. O. M. (2016). The chemical composition and antibacterial activity of eleven Piper species from distinct rainforest areas in Southeastern Brazil. Industrial crops and products, 94, 528-539. https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2016.09.028
Pinto, D. S., Duarte, F. M., IV Costa, J., de Almeida Filho, G., S Alves, H., Celia de O Chaves, M., & de Luna F Pessoa, H. (2012). Antibacterial and hemolytic activities from Piper montealegreanum Yuncker (Piperaceae). Anti-Infective Agents, 10(1), 1-5. http:/doi.org/10.2174/2211362611201010001
Rocha, R. V da, Nunes, L. E., Fernandes, A. F. C., Catão, R. M. R. & Alves, H. S. (2020). Atividade antimicrobiana e hemolítica de produtos obtidos de Piper montealegreanum Yuncker e efeito in vitro de Staphylococcus aureus. Research, Society and Development, 9(9), 1-19. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7410
Rodrigues, R. S., Hirt, A. P. M., & Flores, A. S. (2012). Morfologia de plântulas das espécies de Rhynchosia (Leguminosae, Papilionoideae) de Roraima, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 26(3): 585-592. https://doi.org/10.1590/S0102-33062012000300008.
Sarnaglia Junior, V. B., Bermudez, G. M. M., & Guimarães, E. F. (2014). Diversity of Piperaceae at an Atlantic Forest remnant in the mountainous region of Espírito Santo, Brazil. Biotemas, 27(1), 49-57. https://doi.org/10.1590/S0102-33062012000300008.
Silva, D. F., Garcia, P. H. M., Santos, G. C. L., Farias, I. M. S. C., Pádua, G. V. G., Pereira, P. H. B., Da Silva, F. E., Batista, R. F., Neto, S. G. & Cabral, A. M. D. (2021). Características morfológicas, melhoramento genético e densidade de plantio das culturas do sorgo e do milho: uma revisão. Research, Society and Development, 10(3), 1-9. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13172
Silva, D. D., Pinto, M. S. C., Gomes, R. N., Freitas, A., J. F., Aguiar, F. S., & Pinto, M. G. C. (2020). Características morfológicas de frutos, sementes e plântulas de Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke – Fabaceae. Research, Society and Development, 9(8), 1-19. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6133
Smith, J. F., Stevens, A. C., Tepe, E. J., & Davidson, C. (2008). Placing the origin of two species-rich genera in the late cretaceous with later species divergence in the tertiary: a phylogenetic, biogeographic and molecular dating analysis of Piper and Peperomia (Piperaceae). Plant Systematics and Evolution, 275(1), 9-30. http://dx.doi.org/10.1007/s00606-008-0056-5
Sobreira, P. H. M., Hernandez, A. E. F., & Souza, A. D. (2017). Inventário das espécies de piperaceae ocorrentes em três áreas de Porto Velho-RO e caracterização dos óleos essenciais de Piper tuberculatum jacq. com potencial ação de controle de fitopatógenos. Saber Científico, 6(1), 20-26. http://dx.doi.org/10.22614/resc-v6-n1-634
Vieira, E. A., Fialho, J. D. F., Silva, M. S., & Faleiro, F. G. (2007). Variabilidade genética do banco ativo de germoplasma de mandioca do Cerrado acessada por meio de descritores morfológicos. Embrapa Cerrados-Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento (INFOTECA-E). ISSN 1676-918X.
Yuncker, T. G. (1958). The Piperaceae – A family profile. Brittonia, 1-7. https://doi.org/10.2307/2804687
Yuncker, T. G. (1966). New species of Piperaceae from Brazil (No. 3). Instituto de Botânica.
Yuncker, T. G. (1972). The Piperaceae of Brazil. Hoehnea, 2, 19-366.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Danielle Santana Rito; Eduardo Filipe Torres Vieira; Ilmarina Campos de Menezes; Osmar Alves Lameira; Marli Costa Poltronieri; Oriel Filgueira de Lemos; Simone de Miranda Rodrigues
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.