Bactérias tolerantes a metais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15831

Palavras-chave:

Níquel; Cobalto; Biorremediação; Microrganismos; Toxicidade.

Resumo

Os metais pesados se encontram amplamente distribuídos no meio ambiente, podendo ser advindos de origens naturais, industriais, agrícolas e outras fontes. O acúmulo desses metais em corpos hídricos está relacionado a diversas questões ambientais, sobretudo a respeito da qualidade da água para consumo. Sendo assim, o objetivo geral desse estudo foi isolar, identificar e caracterizar bactérias tolerantes aos metais níquel e cobalto presentes em amostras de água bruta e no sedimento do Rio Traíras - Niquelândia (GO). Foram obtidos 68 isolados bacterianos, sendo estes submetidos ao método de microdiluição para determinar a concentração inibitória mínima (CIM). Com base nos resultados encontrados, foram selecionados 12 isolados bacterianos, que apresentaram maior e menor tolerância, sendo estes classificados de acordo com suas características microscópicas e tintoriais. De acordo com os resultados observou-se a tolerância das bactérias isoladas a altas concentrações dos metais, sugerindo seu uso como ferramenta biotecnológica para a remediação de áreas contaminadas.

Biografia do Autor

Venine Prado Saêta, Universidade Federal de Goiás

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Colégio dimensão(2015). Atualmente é Pibiti da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Farmácia

Aline Rodrigues Gama , Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Goiás (2013). Obteve seu Mestrado (2016) e Doutorado (2020) no Programa de Pós-graduação em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro com concentração em Microbiologia pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás, trabalhando com biologia molecular de microrganismos. Atua como professora de Microbiologia, Parasitologia, Biologia Celular e Biossegurança nos cursos de Biomedicina, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia e Enfermagem da Faculdade Alfredo Nasser.

Tháis Reis Oliveira, Universidade Federal de Goiás

Graduação em Biomedicina em 2020 pela Univesidade Federal de Goiás. Mestranda pelo Programa de Pós-graduação Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Goiás. 

Patricia Thieme Onofri Saiki, Universidade Federal de Goiás

Bióloga no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG - Câmpus Goiânia). Doutoranda no PPG em Biodiversidade Animal (UFG) e integrante do Laboratório de Biotecnologia Ambiental e Ecotoxicologia (LaBAE - UFG).Mestre em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais, pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Graduação em Ciências Biológicas (UFU). 

Thiago Lopes Rocha, Universidade Federal de Goiás

Graduado em Ciências Biológicas, licenciatura, na Universidade Federal de Goiás (UFG) (2009), mestre em Biologia, área de concentração Biologia Celular e Molecular, no Programa de Pós-graduação em Biologia da UFG (2012) e doutor em Ciências do Mar, da Terra e do Ambiente, especialidade Ecotoxicologia, na Universidade do Algarve (UAlg - Portugal) (2016), por meio do Programa Ciências sem Fronteiras (CsF - CNPq) - Doutorado pleno no exterior, período em que foi premiado como Jovem Cientista do Ano (Prêmio Fluviário de Mora 2014). O título de doutor foi revalidado pelo Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução (PPGEcoEvol) da UFG (2017). Realizou o pós-doutorado no PPGBAN/UFG (2017). Atualmente é professor adjunto na UFG, no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), setor de Biotecnologia.

Lilian Carla Carneiro, Universidade Federal de Goiás

Graduação em Ciências Biológicas Modalidade médica- biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2000), mestrado em Bioquímica e Biologia Molecualar pela Universidade Federal de Goiás (2004), doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Universidade Federal de Goiás (2010), pós-doutorado em Diagnóstico molecular e por imagem de doenças infecciosas e parasitárias, pela UFCSPA (2013). Professora da PUC-GO (2002), professora da Universidade Estadual de Goiás (2003 a 2012), pesquisadora do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (2013 a 2015). Atualmente sou docente da Universidade Federal de Goiás. Tenho experiência na área de microbiologia, com ênfase em aplicações da biologia molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: análises microbiológicas, biotecnologia de microrganismos e biotecnologia aplicada a saúde pública

Referências

Aguillar, C. N., Soares, L. Q., Mendes, F. Q., de Carvalho, A. M. X., & Nasser, V. G. (2020). Avaliação do teor de metais pesados na água de Rio Paranaíba–MG. Brazilian Journal of Development, 6(9), 64871-64880.

Araújo, A. C. M., Marinho, P. H. O., & del Aquila Hoffmann, N. K. S. (2019). Avaliação do potencial de biorremediação de níquel por bactérias isoladas de área de mineração. In: 30° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Natal, Brasil, ABES.

Fonte-Boa, T. M. R.(2018). Níquel e Cobalto. Researchgate. https://www.researchgate.net/publication/330728763_Niquel_e_Cobalto/citation/download.

Bona, E. A. M. D., Pinto, F. G. D. S., Fruet, T. K., Jorge, T. C. M., & Moura, A. C. D. (2014). Comparação de métodos para avaliação da atividade antimicrobiana e determinação da concentração inibitória mínima (cim) de extratos vegetais aquosos e etanólicos. Arquivos do Instituto Biológico, 81(3), 218-225.

Brandão, C. J., Botelho, M. J. C., & Sato, M. I. Z. (2018). Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos. ANA/CETESB.

Brasil, Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (2005). Resolução No. 357, de 17 de março de 2005. Classificação de águas, doces, salobras e salinas do Território Nacional. Diário Oficial [da] União.

Brasil, Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA (2009). Resolução No 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Diário Oficial [da] União.

Brasil, Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA (2012). Resolução No. 454, de 01 de novembro de 2012. Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos referenciais para o gerenciamento do material a ser dragado em águas sob jurisdição nacional. Diário Oficial [da] União.

Bravo, G. B. G. (2018). Resistência aos metais cobre, chumbo, cromo e zinco em bactérias gram-positivas isoladas de ambiente aquático. Tese de mestrado, Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Bruins, M. R., Kapil, S., & Oehme, F. W. (2000). Resistência microbiana a metais no meio ambiente. Ecotoxicologia e Segurança Ambiental ,45(3), 198–207.

Caneschi, W.L. (2018). Bioprospecção de bactérias de regiões de canga do Quadrilátero Ferrífero: estratégia de busca de alvos com potencial biotecnológico. Tese de doutorado, Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto.

De Araujo, A. S., do Nascimento, A. L., da Silva, G. A., dos Santos, W. L., do Vale Moreira, J. G., & Serrano, R. O. P. (2020). Proposta metodológica para coleta e monitoramento de sedimentos de fundo em corpos hídricos lênticos. Uaquiri-Revista do Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal do Acre, 2(2), 15-15.

De Carvalho, M. S., Ribeiro, K. D., Moreira, R. M., & de Almeida, A. M. (2017). Concentração de metais no rio Doce em Mariana, Minas Gerais, Brasil. Acta Brasiliensis, 1(3), 37-41.

De Matos, N. S., Campos, M., Ide, C. N., Walker, I. C., & dos Santos, C. O. (2019). IV-124-Avaliação de metais pesados em sedimentos suspensos. In: 30° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, (p.1-6) Natal, Brasil, ABES.

De Souza, L. H. N., & Arruda, R. D. O. M. (2021). Revitalização de corpos d’ água com o uso da biorremediação. Revista Engenharia e Tecnologia Aplicada-UNG-Ser, 4(1), 37-45.

Frois, A. C. F., & Pereira, S. G. (2020). Qualidade da água do Rio Paranaíba na região de Patos de Minas- MG: organoclorados e metais pesados e a sua relação com saúde pública e coletiva. Scientia Generalis, 1(3), 54-99.

IBGE. (2020). Cidades: Niquelândia. Institutto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro, BRASIL. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=521460&search=||infograficos:informações-completas. Acesso em: 05 abr. 2021.

Macedo, L. H. C., da Silva, M. L. Q., da Silva, J. H., & de Lemos Caldas, F. R. (2020). Sensibilidade a antibióticos e metais pesados em Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae isoladas de diferentes fontes de água do Cariri Cearense, Brasil. Research, Society and Development, 9(9), e404997327-e404997327.

Obregón, P. L., Quiñones, F. R. E., da Silva, E. B., & Junior, C. C. (2019). Elevadas concentrações de metais em águas do córrego São José, Cascavel (PR), e possíveis riscos à saúde. Saúde e Pesquisa, 12(1), 51-61.

Oyetibo, G.O, Chien, M.F, Ikeda-Ohtsubo, W., Suzuki, H., Obayori, O.S, Adebusoye, S.A, ... & Endo, G. (2017). Biodegradação de petróleo bruto e fenantreno por Bacillus subtilis resistente a metais pesados isolado de um riacho de águas residuais industriais poluentes. International Biodeterioration & Biodegradation , 120 , 143-151.

Reis, D. A. D., Roeser, H. M. P., & Santiago, A. D. F. (2020). Impacto ambiental nos sedimentos do tributário do Rio Doce após o rompimento da barragem de Fundão.Research, Society and Development, 9(2), 1-22.

Silva, C. M. D, Rezende, W. S., & da Silva Sales, M. A. (2020). Análise da qualidade da água do rio Traíras na Reserva Legado Verdes do Cerrado (LVC). Novos Cadernos NAEA, 23(1).

Silva, E., Souza, N. F. A., Viana, Z. C. V., Marinho, P. S. S., & Santos, V. L. C. S. (2017). Concentração de metais em sedimentos da Lagoa do Parque Metropolitano de Pituaçu, Salvador, Bahia, Brasil. HOLOS, 4, 159-170.

Silva Ribeiro, G. (2019). Crise global e desenvolvimento econômico local: os impactos da crise econômica mundial em Niquelândia/GO. Dissertação de Mestrado.: FLACSO Sede Brasil, São Paulo, Brasil.

Silva, L. S., Ferreira, F. J., & Fávaro, D. I. T. (2017). Avaliação da concentração de metais tóxicos em amostras de sedimentos dos reservatórios do complexo Billings (Guarapiranga e Rio Grande). Geochimica Brasiliensis, 31(1), 37-37.

Silveira, L. F. D. (2018). Avaliação da qualidade hidrica e prospecção de linhagens bacterianas redutoras de cromo hexavalente provenientes do sedimento do arroio Estancia Velha/RS. Dissertação (Mestrado em Avaliação de Impactos Ambientais) - Universidade La Salle, Canoas.

Souza, A. K. R., & Morassuti, C. Y. (2018). Poluição do ambiente por metais pesados e utilização de vegetais como bioindicadores. Acta Biomedica Brasiliensia, 9(3), 95-106.

Teixeira, D. C. L., Moreira, I. F. V., Coelho, M. A., Amaral, Y. F. Q., & do Carmo Cupertino, M. (2020). Exposição a contaminantes ambientais inorgânicos e danos à saúde humana. Brazilian Journal of Health Review, 3(4), 10353-10369.

Teles, Y. V. (2017). Seleção e isolamento de bactérias resistentes a Cromo Hexavalente Endêmicos do Igarapé do Quarenta. Tese (Doutorado em Biotecnologia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus.

Downloads

Publicado

04/06/2021

Como Citar

SAÊTA, V. P. .; GAMA , A. R. .; OLIVEIRA, T. R. .; SAIKI, P. T. O. .; ROCHA, T. L. .; CARNEIRO, L. C. . Bactérias tolerantes a metais . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 6, p. e40510615831, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i6.15831. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15831. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

v. 10 n. 6

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas

Licença

Copyright (c) 2021 Venine Prado Saêta; Aline Rodrigues Gama ; Tháis Reis Oliveira; Patricia Thieme Onofri Saiki; Thiago Lopes Rocha; Lilian Carla Carneiro

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.