Terapia medicamentosa segura: perspectivas da enfermagem e da farmácia no cuidado de paciente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15862

Palavras-chave:

Cuidados de Enfermagem; Serviço de Farmácia Clínica; Unidades de Terapia Intensiva; Erros de Medicação; Segurança do paciente.

Resumo

Diante do número alarmante de eventos adversos relacionados a medicamentos no âmbito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ações efetivas no cuidado do paciente são necessárias. Nessa perspectiva, este trabalho tem como objetivo discutir o papel da enfermagem e da farmácia quanto à utilização segura de medicamentos, visando garantir a qualidade da assistência prestada a pacientes críticos. Foi realizada uma revisão integrativa, de caráter exploratório-descritivo com abordagem qualitativa, na qual resultou na seleção de 21 artigos, publicados entre janeiro e abril de 2021, indexados nas principais bases de dados.  A partir dos estudos analisados, observou-se que os principais eventos adversos estavam relacionados a erros de prescrição, preparo e administração; ocorrência de interações medicamentosas; incompatibilidades entre drogas e equipamentos. O surgimento desses problemas foi associado à falha de comunicação da equipe multiprofissional, a sobrecarga de trabalho e a falta de conhecimento sobre farmacodinâmica e farmacocinética da droga. Portanto, faz-se necessário a integração e articulação de enfermeiros e farmacêuticos para que a farmacoterapia seja efetiva, segura e assertiva, mediante a complexidade projetada na prática, demandando desses profissionais maior capacitação e treinamento.

Biografia do Autor

Dayane Lins França, Centro de Educação Superior Dom Alberto LTDA

Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva, Urgência e Emergência, pela Faculdade de Tecnologia de Curitiba (FATEC); - Especialista em Enfermagem Obstétrica pela Faculdade de Tecnologia de Curitiba (FATEC); - Graduada em Bacharela em Enfermagem, pela Faculdade Estácio de Sergipe (FASE); - Consultora em Amamentação pela Home Baby Assessoria. Experiência na Área da Educação, com ênfase em Coordenação de curso técnico de Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: Gerenciamento de pessoas e conflitos, planejamento estratégico situacional, realização de educação continuada e treinamento da equipe docente, realização de reuniões e padronização da metodologia aplicada e supervisão do laboratório e os equipamentos utilizados no curso, provisionamento de materiais especiais, de acordo com os conteúdos ministrados e as particularidades do curso, a partir do plano didático de cada disciplina, elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para técnicas de laboratório.

Tailaine Nascimento de Castro, Universidade do Estado da Bahia

Graduada em Farmácia pela Universidade Tiradentes (2017). Pós-graduada em Farmacologia Clínica pela Faculdade Futura (2018) e Farmácia Hospitalar (2020) pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI) . Mestranda na Linha 1: Prospecção de fármacos e Recursos Naturais no Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), com concentração nas áreas de bioprospecção de ativos naturais; fotoproteção e desenvolvimento farmacotécnico de produtos cosméticos.

Valdjane Nogueira Noleto Nobre, CLMH do HC-UFMG/EBSERH

Graduação em Enfermagem pela Faculdade Estácio Fase- Aracaju. Epecialização em UTI, Urgência e Emargência, em Nefrologia, Gestão hospitalar e gestão de pessoas. Atuação com docência em enfermagem e enfermeira nefrologista no Hospital do Rim de Sergipe com paciente em tratamento dialítico. Atualmente é efetivo do HOSPITAL DAS CLINICAS DE MINAS GERAIS, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde e enfermagem.

Referências

Aparecida Maioli, N., Fernanda dos Santos Ferrari, A., Domingos dos Santos, T., & Cesar Barbosa Santos, H. (2018). Fast Hug: Uma Ferramenta Para Farmácia Clínica Na Atenção E Segurança Do Paciente Crítico. Colloquium Vitae, 10(2), 59–64. https://doi.org/10.5747/cv.2018.v10.n2.v233.

Arboit, É. L., Camponogara, S., Magnago, T. B. de S., Urbanetto, J. de S., Beck, C. L. C., & Silva, L. A. A. da. (2020). Factors contributing to the incident occurrence of security related to drug use in intensive care. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 12, 1030–1036. https://doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v12.7456.

Borges, M. D., Correia, D. M. S., Hipólto, R. L., Christovam, B. P., Santo, F. H. E., Debora, K. V., & Batista, D. C. S. (2017). Pesquisa-ação com foco em cardiotônicos e interações para prática segura de enfermagem. Saude Coletiva, 49(09), 1644–1650.

Brasil, M. da S. (2013). Portaria n.529, de 1o de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). In Diário Oficial da União. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jul. 2013. p. 32.

Cedraz, K. N., & Junior, M. C. dos S. (2014). Identification and characterization of drug interactions in prescriptions of the intensive care unit of a public hospital in the city of Feira de Santana, BA. Rev Soc Bras Clin Med, 12(2), 124–130.

Chapuis, C., Chanoine, S., Colombet, L., Calvino-Gunther, S., Tournegros, C., Terzi, N., Bedouch, P., & Schwebel, C. (2019).

Interprofessional safety reporting and review of adverse events and medication errors in critical care

. Therapeutics and Clinical Risk Management, Volume 15, 549–556. https://doi.org/10.2147/TCRM.S188185

De Mello, J. F., & Barbosa, S. de F. F. (2013). Cultura de segurança do paciente em terapia intensiva: Recomendações da enfermagem. Texto e Contexto Enfermagem, 22(4), 1124–1133. https://doi.org/10.1590/S0104-07072013000400031

Escrivá Gracia, J., Brage Serrano, R., & Fernández Garrido, J. (2019). Medication errors and drug knowledge gaps among critical-care nurses: A mixed multi-method study. BMC Health Services Research, 19(1), 1–9. https://doi.org/10.1186/s12913-019-4481-7

Farzi, S., Irajpour, A., Saghaei, M., & Ravaghi, H. (2017). Causes of medication errors in intensive care units from the perspective of healthcare professionals. Journal of Research in Pharmacy Practice, 6(3), 158. https://doi.org/10.4103/jrpp.jrpp_17_47

Fideles, G. M. A., De Alcântara-Neto, J. M., Júnior, A. A. P., De Souza-Neto, P. J., Tonete, T. L., Da Silva, J. E. G., & Neri, E. D. R. (2015). Pharmacist recommendations in an intensive care unit: Three-year clinical activities. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 27(2), 149–154. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20150026

Gomes, M. J. V. de M., & Reis, A. M. M. (2003). Ciências Farmacêuticas Uma Abordagem em Farmácia Hospitalar (1 ed.). Atheneu.

Guzzo, G. M., de Magalhães, A. M. M., de Moura, G. M. S. S., & Wegner, W. (2018). Medication safety in neonatology: Nursing in the perspective of the ecological restorative approach. Texto e Contexto Enfermagem, 27(3), 1–10. https://doi.org/10.1590/0104-070720180004500016

Li, X. X., Zheng, S. Q., Gu, J. H., Huang, T., Liu, F., Ge, Q. G., Liu, B., Li, C., Yi, M., Qin, Y. F., Zhao, R. S., & Shi, L. W. (2020). Drug-Related Problems Identified During Pharmacy Intervention and Consultation: Implementation of an Intensive Care Unit Pharmaceutical Care Model. Frontiers in Pharmacology, 11. https://doi.org/10.3389/fphar.2020.571906

Martins, R. R., Silva, L. T., & Lopes, F. M. (2019). Impact of medication therapy management on pharmacotherapy safety in an intensive care unit. International Journal of Clinical Pharmacy, 41(1), 179–188. https://doi.org/10.1007/s11096-018-0763-0

Mazzola, P. G., Rodrigues, A. T., Da Cruz, A. A., De Marialva, M., Granja, S., Battaglini, S. C. M., Falcao, A. L. E., & Moriel, P. (2011). Artigo Original PERFIL E MANEJO DE INTERAÇÕES DRUG INTERACTIONS IN ICU PRESCRIPTIONS. Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, 2, 15–19.

Milani, A. C., De Oliveira Araujo, E., & Guimarães Polisel, C. (2018). Pharmacotherapeutic problems and pharmaceutical interventions in critical hospitalized patients. O Mundo Da Saúde, 42, 369–292. https://doi.org/10.15343/0104-7809.20184202369392

Okumura, L. M., da Silva, D. M., & Comarella, L. (2016). Relation between safe use of medicines and Clinical Pharmacy Services at Pediatric Intensive Care Units. Revista Paulista de Pediatria (English Edition), 34(4), 397–402. https://doi.org/10.1016/j.rppede.2016.04.001

Pereira, A., Shitsuka, D., Parreira, F., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica. In Metodologia da Pesquisa Científica (1a ed.). https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 28 março 2020.

Pilau, R., Hegele, V., & Heineck, I. (2014). Atuação do Farmacêutico Clínico em Unidade de Terapia Intensiva Adulto: Uma Revisão da Literatura. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São Paulo, 5(1), 19–24.

Reis, G. A. X. dos, Hayakawa, L. Y., Murassaki, A. C. Y., Matsuda, L. M., Gabriel, C. S., & Oliveira, M. L. F. de. (2017). Nurse Manager Perceptions of Patient Safety Strategy Implementation. Texto & Contexto - Enfermagem, 26(2), 1–9. https://doi.org/10.1590/0104-07072017000340016

Reis, M. A. S. dos, Gabriel, C. S., Zanetti, A. C. B., Bernardes, A., Laus, A. M., & Pereira, L. R. L. (2018). Medicamentos Potencialmente Perigosos : Identificação De Potentially Hazardous Drugs : Identification of Risks and Error Prevention Barriers in Intensive Care. Texto & Contexto - Enfermagem, 27(2), 1–9.

Ribeiro, V. F., Sapucaia, K. C. G., Aragão, L. A. O., Bispo, I. C. da S., Oliveira, V. F., & Alves, B. L. (2015). Realização de intervenções farmacêuticas por meio de uma experiência em farmácia clínica. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde, 6(4), 18–22.

Siman, A. G., Tavares, A. T. D. V. B., Amaro, M. O. F., & Carvalho, C. A. de. (2021). Medication error: conceptions and behaviors of the nursing team members. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 109–116. https://doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v13.7853

Storpirtis, S., Mori, A. L. P. M., Yochiy, A., Ribeiro, E., & Porta, V. (2013). Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica (Atheneu (ed.)).

Yunes, L. P., Coelho, T. de A., & De Almeida, S. M. (2011). Principais interações medicamentosas em pacientes da Uti-adulto de um hospital privado de Minas Gerais. R. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São Paulo, 2 n.3(61), 23–26. http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/public/artigos/RBFHSSV2N3 artigo04.pdf

Downloads

Publicado

04/06/2021

Como Citar

FRANÇA, D. L.; CASTRO, T. N. de; NOBRE, V. N. N. Terapia medicamentosa segura: perspectivas da enfermagem e da farmácia no cuidado de paciente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 6, p. e38410615862, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i6.15862. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15862. Acesso em: 7 jul. 2024.

Edição

v. 10 n. 6

Seção

Ciências da Saúde

Licença

Copyright (c) 2021 Dayane Lins França; Tailaine Nascimento de Castro; Valdjane Nogueira Noleto Nobre

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.