Análise temporal dos planos de saúde médicos e odontológicos do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15888Palavras-chave:
Saúde suplementar; Serviços de saúde; Planos de pré-pagamento em saúde.Resumo
Os planos de saúde médicos e odontológicos apresentam uma expansão significativa no Brasil, logo torna-se necessário analisar as características desse tipo de prestação de serviço, como parte de um modelo de atenção à saúde. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise descritiva das operadoras de planos de saúde médicos e odontológicos do Brasil e as características de seus beneficiários no período de 2009 a 2019. Trata-se de uma pesquisa realizada por meio de uma análise descritiva dos dados fornecidos pela plataforma de registro online da ANS. Foram analisadas as seguintes variáveis, no período de 2009 a 2019: número de operadoras e modalidades, faixa etária, tipo de plano e sexo dos beneficiários. Em 2009, havia 1498 operadoras de planos de saúde e em 2019, notaram-se 1022. Quanto aos beneficiários, havia 55 milhões de beneficiários em 2009 e em 2019 foram verificados 72 milhões, com predomínio do sexo feminino 53%, e faixa etária entre 34 a 38 anos e modalidade coletiva empresarial, para ambas coberturas assistenciais, médica e odontológica. Conclui-se que houve crescimento expressivo no número de beneficiários dos planos de saúde, entretanto ocorreu um decréscimo na quantidade de operadoras de 2009 a 2019.
Referências
Agência Nacional de Saúde Suplementar (2019). Quem somos. http://www.ans.gov.br/aans/quem-somos
Albuquerque, C., Piovesan, M. F., Santos, I. S., Martins, A. C. M., Fonseca, A. L., & Sasson, D. (2008). A situação atual do mercado da saúde suplementar no Brasil e apontamentos para o futuro. Ciência & Saúde Coletiva, 13(5), 1421-1430. https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000500008
Almeida, A. (2009). Newsletter Abramge http://www.abramge.com.br/imagens/banco/file/Clippings/InvestNews%20-%2006_02.pdf
Alves, N. C. C., Feitosa, K. M. A., Mendes, M. E. S., & Caminha, M. F. C. (2018). Complicações na gestação em mulheres com idade maior ou igual a 35 anos. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38(4), e2017-0042. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.04.2017-0042
Andrade, E. I. G., Freitas, R. M., Cherchiglia, M. L., & Lana, F. C. F. (2009). Análise dos modelos assistenciais praticados pelas operadoras de planos de saúde em Minas Gerais. In R. C. Pereira, R. M. Silvestre (Orgs.), Regulação e modelos assistenciais em saúde suplementar: produção cientifica da Rede de Centros Colaboradores da ANS – 2006/2008 (pp. 87-118). Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde.
Antunes, J. L. F., & Narvai, P. C. (2010). Políticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto sobre as desigualdades em saúde. Revista de Saúde Pública, 44(2), 360-365. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000002
Barbosa, C. J. L. (2014). Saúde do homem na atenção primária: mudanças necessárias no modelo de atenção. Revista Saúde e Desenvolvimento, 6(3), 99-114.
Barros, M. E. D., Lopes, G. C. F. R., Souza, M. R., Tamaki, E. M., & Teixeira, L. S. (2009). Mercado de saúde suplementar na região Centro- Oeste. In R. C. Pereira, R. M. Silvestre (Orgs.), Regulação e modelos assistenciais em saúde suplementar: produção cientifica da Rede de Centros Colaboradores da ANS – 2006/2008 (pp. 43-86). Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde.
Brasil (1990). Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
Brasil (1998). Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9656.htm
Cecílio, L. C. O., Aciole, G. G., Meneses, C. S., & Iriart, C. B. (2005). A microrregulação praticada pelas operadoras investigadas. In: Brasil. Duas faces da mesma moeda: microrregulação e modelos assistenciais na saúde suplementar (pp. 75-140). Rio de Janeiro: Ministério da Saúde.
Chaves, S. C. L., Cruz, D. N., Barros, S. G., & Figueiredo, A. C. L. (2011). Avaliação da oferta e utilização de especialidades odontológicas em serviços públicos de atenção secundária na Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 27(1), 143-154. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2011000100015
Costa, J. P. (2013). A reforma Obama e o sistema de saúde dos EUA. Arquivos de Medicina, 27(4), 158-167.
Figueira, M. C. S., Silva, W. P., & Silva, E. M. (2018). Acesso aos serviços da Atenção Primária em Saúde: revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem, 71(3), 1178-1188. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0441
Garcia-Subirats, I., Vargas, I., Mogollón-Pérez, A. S., De Paepe, P., Silva, M. R., Unger, J. P., Borrell, C., & Vázquez, M. L. (2014). Inequities in access to health care in different health systems: a study in municipalities of central Colombia and north-eastern Brazil. International Journal for Equity in Health, 13, 10. https://doi.org/10.1186/1475-9276-13-10
IBGE aponta que 71,5% da população brasileira depende do SUS (2020). http://atarde.uol.com.br/saude/noticias/2137933-ibge-aponta-que-715-da-populacao-brasileira-depende-do-sus#:~:text=O%20Instituto%20Brasileiro%20de%20Geografia,havia%20chegado%20ainda%20no%20pa%C3%ADs
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2007). http://www.ibge.com.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/contagem_final/tabela1_1.pdf
Lo, E. C., Lin, H. C., Wang, Z. J., Wong, M. C., & Schwarz, E. (2001). Utilization of dental services in Southern China. Journal of dental research, 80(5), 1471–1474. https://doi.org/10.1177/00220345010800051701
Malta, D. C., Cecílio, L. C. O., Merhy, E. E., Franco, T. B., Jorge, A. O., & Costa, M. A. (2004). Perspectivas da regulação na saúde suplementar diante dos modelos assistenciais. Ciência & Saúde Coletiva, 9(2), 433-444. https://doi.org/10.1590/S1413-81232004000200019
Manski, R. J., Moeller, J. F., & Chen, H. (2014). Dental care coverage and use: modeling limitations and opportunities. American Journal of Public Health, 104(2), e80–e87. https://doi.org/10.2105/AJPH.2013.301693
Mendes, H. J. (2005). A relação entre cirurgiões-dentistas e as operadoras de planos de saúde no município de Bauru-SP (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru.
Moimaz, S. A. S., Marques, J. A. M., Saliba, O., Garbin, C. A. S., Zina, L. G., & Saliba, N. A. (2010). Satisfação e percepção do usuário do SUS sobre o serviço público de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 20(4), 1419-1440. https://doi.org/10.1590/S0103-73312010000400019
Moraes, J. R., Moreira, J. P. L., & Luiz, R. R. (2011). Associação entre o estado de saúde autorreferido de adul - tos e a área de localização do domicílio: uma análise de regressão logística ordinal usando a PNAD 2008. Ciência & Saúde Coletiva, 16(9), 3769-3780. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001000013
Morris, A. J., & Burke, F. J. (2001). Primary and secondary dental care: how ideal is the interface?. British dental journal, 191(12), 666–670. https://doi.org/10.1038/sj.bdj.4801263
Nuttall, N. M., Steed, M. S., & Donachie, M. A. (2002). Referral for secondary restorative dental care in rural and urban areas of Scotland: findings from the Highlands Et Islands Teledentistry Project. British Dental Journal, 192(4), 224–228. https://doi.org/10.1038/sj.bdj.4801339
Oliveira, A. P. C., Gabriel, M., Poz, M. R. D., & Dussault, G. (2017). Desafios para assegurar a disponibilidade e acessibilidade à assistência médica no Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 22(4), 1165-1180. https://doi.org/10.1590/1413-81232017224.31382016
Pereira A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Porto, S. M., Ugá, M. A., & Moreira, R. S. (2011). Uma análise da utilização de serviços de saúde por sistema de financiamento: Brasil 1998-2008. Ciência & Saúde Coletiva; 16(9), 3795-3806. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001000015
Scott, G., Brodeur, J. M., Olivier, M., & Benigeri, M. (2002). Parental factors associated with regular use of dental services by second-year secondary school students in Quebec. Journal Canadian Dental Association, 68(10), 604–608.
Teusner, D. N., Brennan, D. S., & Spencer, A. J. (2015). Associations between level of private dental insurance cover and favourable dental visiting by household income. Australian Dental Journal, 60(4), 479–489. https://doi.org/10.1111/adj.12268
Traverso-Yépez, M., & Morais, N. A. (2004). Reivindicando a subjetividade dos usuários da Rede Básica de Saúde: para uma humanização fazer atendimento. Cadernos de Saúde Pública, 20(1):80-88. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2004000100022
Vieira Junior, W., & Martins, M. (2015). Idosos e planos de saúde no Brasil: análise das reclamações recebidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Ciência & Saúde Coletiva, 20(12), 3817-3826. https://doi.org/10.1590/1413-812320152012.11082014
Yamamoto, T. S., Machado, M. T. C., & Silva Junior, A. G. (2015). Educação permanente em saúde como prática avaliativa amistosa à integralidade em Teresópolis, Rio de Janeiro. Trabalho, Educação e Saúde, 13(3), 617-637. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sip00058
Zanetti, C. H. G. (1999). A crise da odontologia brasileira: as mudanças estruturais do mercado de serviços e o esgotamento do modo de regulação curativo de massa. Revista Ação Coletiva, 2(3), 11–24.
Ziroldo, R. R., Gimenes, R. O., & Castelo Jr, C. (2013). A importância da saúde suplementar na demanda da prestação dos serviços assistenciais no Brasil. Mundo Saúde, 37(2), 216-221.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Suzely Adas Saliba Moimaz; Julio Martinez Alves Oliveira; Giovani Hugo Rocha Botan; Clea Adas Saliba Garbin; Tânia Adas Saliba
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.