Efeitos do uso de gliricídia e rocha fosfatada no crescimento e nos teores de N, P e K nas culturas do quiabo e pepino
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15939Palavras-chave:
Agricultura orgânica; Agroecologia; Sustentabilidade.Resumo
As exigências nutricionais das hortaliças têm causado aos pequenos e médios produtores familiares prejuízos, com relação à redução da produtividade e a segurança alimentar da sociedade. Neste sentido, objetivou-se avaliar o desenvolvimento de plantas de quiabo (Abelmoschus escurentes L.) e de pepino (Cucumis sativus L.), utilizando esterco de ovinos associado com rocha fosfatada e a leguminosa gliricídia e a quantificação dos teores de N, P e K nas estruturas das plantas. O experimento foi conduzido no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Roraima - Campus Novo Paraíso, em casa de vegetação, utilizando-se vasos com capacidade de 6 L-¹, preenchidos com solo (Neosolo) coletado da camada de 0-20 cm. O delineamento experimental foi em bloco ao acaso, com os tratamentos arranjados em fatorial 2x2, composto por dois níveis de gliricídia (sem gliricídia (S/G) e (com gliricídia (C/G) e, dois níveis de rocha fosfatada (sem rocha (S/R) e (com rocha (C/R), com quatro repetições, sendo distribuídos nos blocos de forma inteiramente casualizados. Foi adicionado aos vasos uma dose de esterco de ovinos, correspondente a 25 t ha-1. As variáveis determinadas no estudo foram: altura de planta (cm), espessura de caule (mm), número de folhas, diâmetro do fruto (mm), comprimento de fruto (cm), peso de fruto (g) e os teores de N, P e K na planta e nos frutos. Os resultados encontrados para os diferentes tratamentos não apresentaram diferenças. Observou-se que a padronização da fertilidade dos vasos interferiu diretamente nos resultados estatísticos. Desta forma, os agricultores podem renunciar ao uso da folha da gliricídia e da rocha fosfatada, desde que ele tenha esterco de ovinos disponível.
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