Investigação espacial da resistência do solo à penetração e seus impactos em cultivo de banana ‘BRS Princesa’
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15972Palavras-chave:
Bananicultura; Compactação; Subsolagem localizada.Resumo
O presente estudo teve como objetivo investigar a variabilidade espacial da resistência do solo a penetração (RSP) em áreas de cultivo da banana ‘BRS Princesa’, avaliar seus efeitos nos atributos químicos e físicos do solo e indicar manejo localizado. O experimento foi realizado na UFRRJ, Seropédica-RJ, em área de cultivo da banana ‘BRS Princesa’, no qual realizou-se a coleta de 60 pontos georreferenciados. A RSP foi mensurada a partir do índice de cone até a profundidade de 0,40 m utilizando-se um penetrômetro de impacto. Realizou-se a coleta de amostras de terra deformadas nas profundidades de 0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m e obtidos os atributos do solo pH, Ca, Mg, Al, Na, K, P, H + Al, SB, Valor T, V%, areia e argila total, silte, COT, COp, COam e umidade gravimétrica. Os dados foram submetidos a estatística descritiva, correlação linear de Pearson e análise geoestatística. Os valores da RSP em profundidade sugerem maior compactação em subsuperfície e as correlações significativas com os atributos do solo indicam prejuízos as bananeiras, devendo ser realizados manejos localizados. Verificou-se que 46,7% da área total do bananal não necessita ser descompactado, sendo indicada a subsolagem localizada em profundidade variada nas demais regiões.
Referências
Abreu, R. L. (2021). Map locator of Rio de Janeiro's Seropédica city. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:RiodeJaneiro_Municip_Seropedica.svg
Aguirre, S. E., Piraneque, N. V., & Menjivar, J. C. (2012). Relación entre las propiedades edafoclimáticas y la incidencia de Sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis Morelet) en la zona bananera del Magdalena-Colombia. Revista de investigación agraria y ambiental, 3 (2), 13-25.
Batista, P. H. D., Montenegro, A. A. A., Almeida, G. L.P., Tavares, U. E., & Rodrigues, R. A. S. (2019). Variabilidade espacial da resistência à penetração e teor de água em Neossolo cultivado com banana no agreste pernambucano. Revista Engenharia na Agricultura, 27 (1), 54-60. https://doi.org/10.13083/reveng.v27i1.881.
Beutler, A. N., Silva, M. L. N., Curi, N., Ferreira, M. M., Cruz, J. C., & Pereira Filho, I. A. (2001). Resistência à penetração e permeabilidade de Latossolo Vermelho distrófico típico sob sistemas de manejo na região dos cerrados. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 25 (1), 167-177. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832001000100018.
Borges, A. L. & Cordeiro, Z. J. M. (2021). Cultivo de bananeiras tipo maçã - ‘BRS Princesa’ e ‘BRS Tropical’. Cruz das Almas, BA: Embrapa Mandioca e Fruticultura, Sistema de Produção, 43. https://www.spo.cnptia.embrapa.br/conteudo?p_p_id=conteudoportlet_WAR_sistemasdeproducaolf6_1ga1ceportlet&p_p_lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-3&p_p_col_count=1&p_r_p_-76293187_sistemaProducaoId=9212&p_r_p_-996514994_topicoId=10671
Borges, A. L. & Souza, L. S. (2004). O cultivo da bananeira. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura. 279p. https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1005043/1/LivroBanana.pdf.
Cambardella, C. A., Moorman, T. B., Novak, J. M., Parkin, T. B., Karlen, D. L., Turco, R. F., & Konopka, A. E. (1994). Field-scale variability of soil properties in central Iowa soils. Soil Science Society of America Journal, 58 (5), 1501-1511. https://doi.org/10.2136/sssaj1994.03615995005800050033x.
Cambardella, C. A. & Elliott, E. T. (1992). Particulate soil organic-matter changes across a grassland cultivation sequence. Soil Science Society of America Journal, 56 (3), 777-783. https://doi.org/10.2136/sssaj1992.03615995005600030017x.
Cortez, L. A., Marques Júnior, J., Peluco, R. G., Siqueira, D. S., Siansi, F. L., Barbosa, R. S., Furlani, C. E. A., Camargo, L. A., Silva, L. S., & Gomes, R. P. (2020). Subsoiling of an oxisol at fixed and varying depth in áreas under sugarcane. Precision Agriculture, 21, 1351-1365. https://doi.org/10.1007/s11119-020-09724-4.
Food And Agriculture Organization Of The United Nations – FAO. (2021). Markets and trade: Bananas. http://www.fao.org/economic/est/est-commodities/bananas/en/.
Food And Agriculture Organization Of The United Nations – FAO. (2020). Medium-term Outlook: Prospects for global production and trade in bananas and tropical fruits 2019 to 2028. http://www.fao.org/3/ca7568en/ca7568en.pdf.
Food And Agriculture Organization Of The United Nations – FAO. (2018). Food Outlook: Biannual Report on Global Food Markets – November 2018. http://www.fao.org/3/CA2320EN/ca2320en.pdf.
Google. (2021). Google Earth. https://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE. (2019). Indicadores IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola Estatística da Produção Agrícola/dezembro 2019. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/2415/epag_2019_dez.pdf>.
Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. (2020). INMET Tempo. https://tempo.inmet.gov.br/GraficosDiarios/A601.
Iori, P., Dias Júnior, M. S., & Silva, R. B. (2012). Resistência do solo à penetração e ao cisalhamento em diversos usos do solo em áreas de preservação permanente. Bioscience Journal, 28 (Supplement 1), 185-195.
Lanza, T. R., Machado, A. F. L., & Martelleto, L. A. P. (2017). Effect of planting densities of “BRS Princess” banana tree in the suppression of weeds. Planta daninha, 35 (e017162958). https://doi.org/10.1590/s0100-83582017350100054.
Machado, T. M., Lanças, K. P., Fiorese, D. A., Fernandes, B. B., & Testa, J. V. P. (2015). Estimativa de gasto energético da operação de subsolagem em profundidades. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 19 (11), 1121-1125. https://doi.org/10.1590/1807-1929/agriambi.v19n11p1121-1125.
Melo, V. F. & Alleoni, L. R. F. (2019). Química e Mineralogia do Solo - Conceitos Básicos e Aplicações. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 1381p.
Miotti, A. A., Costa, M. C. G., Ferreira, T. O., & Romero, R. E. (2013). Profundidade e atributos físicos do solo e seus impactos nas raízes de bananeiras. Revista Brasileira de Fruticultura, 35 (2), 536-545. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-29452013000200024.
Olivares, B. O., Araya-Alman, M., Acevedo-Opazo, C., Rey, J. C., Cañete-Salinas, P., Kurina, F. G., Balzarini, M., Lobo, D., Navas-Cortés, J. A., Landa, B. B., & Gómez, J. A. (2020). Relationship Between Soil Properties and Banana Productivity in the Two Main Cultivation Areas in Venezuela. Journal of Soil Science and Plant Nutrition, 20, 2512-2524. https://doi.org/10.1007/s42729-020-00317-8.
Ribeiro, M. A. V., Novais, R. F., Faquin, V., Ferreira, M. M., Furtini Neto, A. E., Lima, J. M., & Villani, E. M. A. (2010). Resposta da soja e do eucalipto ao aumento da densidade do solo e a doses de fósforo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 34 (4), 1157-1164. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832010000400015.
Santos, H. G., Jacomine, P. K. T., Anjos, L. H. C., Oliveira, V. A., Lumbreras, J. F., Coelho, M. R., Almeida, J. A., Araujo Filho, J. C., Oliveira, J. B., & Cunha, T. J. F. (2018). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília, DF: Embrapa. 356p.
Santos, R. D., Santos, H. G., Ker, J. C., Anjos, L. H. C., & Shimizu, S. H. (2015). Manual de descrição e coleta de solo no campo. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do solo. 101p.
Silveira, D. C., Melo Filho, J. F., Sacramento, J. A. A. S., & Silveira, E. C. P. (2010). Relação umidade versus resistência à penetração para um Argissolo Amarelo distrocoeso no recôncavo da Bahia. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 34 (3), 659-667. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832010000300007.
Soil Survey Staff. (1993). Soil Survey Manual. Washington: USDA-SCS. U.S. Gov. Print. Office. 437p. (Handbook, 18).
Stolf, R., Fernandes, J., & Furlani Neto, V. L. (1983). Recomendação para uso do penetrômetro de impacto, modelo IAA/Planalsucar – Stolf. São Paulo: MIC/IAA/PNMCA – Planalsucar. 8p. (Série Penetrômetro de Impacto – Boletim, 1).
Teixeira, P. C., Donagemma, G. K., Fontana, A., & Teixeira, W. G. (2017). Manual de métodos de análise de solo. Brasília, DF: Embrapa. 573p.
Tiecher, T. (Org.). (2016). Manejo e conservação do solo e da água em pequenas propriedades rurais no Sul do Brasil: Práticas alternativas de manejo visando a conservação do solo e da água. Porto Alegre: UFGRS. 186p.
Villarreal-Núñez, J., Pla-Sentis, I., Agudo-Martínez, L., Villaláz-Perez, J., Rosales, F., & Pocasangre, L. (2013). Soil quality indexes in areas cultivated with banana in Panama. Agronomía Mesoamericana, 24 (2), 301-315. http://dx.doi.org/10.15517/AM.V24I2.12530.
Warrick, A. W. & Nielsen, D. R. (1980). Spatial variability of soil physical properties in the field. In: HILLEL, D. (Ed.). Applications of soil physics. New York: Academic press. Cap.2, p.319-344.
Yeomans, J. C. & Bremner, J. M. (1988). A rapid and precise method for routine determination of organic carbon in soil. Communications in Soil Science and Plant Analysis, 19 (13), 1467-1476.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Eudocio Rafael Otavio da Silva; Marcos Gervasio Pereira; Murilo Machado de Barros; Gabriele Oliveira Silva; Patrícia Oliveira Tavares; André Felipe de Sousa Vaz
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
