Adesão a puericultura para o seguimento à saúde infantil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.16048Palavras-chave:
Crescimento; Desenvolvimento infantil; Saúde da criança; Enfermagem pediátrica; Atenção primária à saúde.Resumo
Objetivo: avaliar as ações desenvolvidas na puericultura e os fatores relacionados ao seguimento à saúde infantil. Método: pesquisa transversal, analítica, com coleta de dados entre 2017 e 2018, com primeiro contato no alojamento conjunto de maternidades, 24 horas após o parto; e nos domicílios após seis meses, com a participação de 280 mães. Para análise foi realizado o teste de associação Qui-Quadrado ou teste exato de Fischer, com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: a maioria das consultas de puericultura foi realizada por enfermeiros, de forma incompleta, entre 1 e 4 (46,1%), em unidades básicas de saúde. Baixa renda e maior número de filhos fragilizaram a realização das consultas (p<0,001). A imunização e as triagens neonatais mostraram resultados favoráveis; estratificação de risco e a visita domiciliar não aconteceram. A antropometria foi a ação prioritária na puericultura. Conclusão: fatores epidemiológicos e déficits na assistência de enfermagem contribuem para fragilizar a adesão na puericultura.
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