Coberturas vegetais na entressafra de culturas afetando o banco de sementes de plantas daninhas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.16057Palavras-chave:
Fitossociologia; Fluxo germinativo; Matocompetição.Resumo
O presente trabalho baseia-se na hipótese de que o cultivo de diferentes coberturas vegetais poderia suprimir o banco de sementes de plantas daninhas, além de melhorar as condições do solo e incrementar a produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o banco de sementes de plantas daninhas com diferentes coberturas vegetais. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com nove tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas coberturas vegetais: crotalária (Crotalaria juncea), milheto (Pennisetum americanum), nabo forrageiro (Raphanus sativus), sorgo (Sorghum bicolor), Urochloa brizantha, U. piatã, U. ruziziensis, mistura de sementes (nabo forrageiro + milheto) e o pousio. Foi avaliado o fluxo germinativo das plantas daninhas a partir de amostras de solo, retiradas das áreas onde semeou-se os tratamentos e levando-as para a casa de vegetação, onde foi realizada a quantificação e identificação das sementes de plantas daninhas germinadas. As famílias Asteraceae, Convolvulaceae e Fabaceae se destacaram com ocorrência em maior número de coberturas vegetais. O uso de coberturas vegetais propicia a redução do fluxo de emergência de plantas daninhas a partir do banco de sementes. As coberturas nabo, nabo+milheto e U. piatã foram as que mais reduziram o fluxo de germinação de plantas daninhas, enquanto o pousio, crotalária e Urochloa ruziziensis tiveram menor capacidade de reduzir esse fluxo.
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