Os desafios do complexo da tristeza parasitária bovina – TPB

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.16148

Palavras-chave:

Carrapatos

Resumo

Este artigo apresenta os principais desafios do complexo da Tristeza Parasitária Bovina (TPB), a partir de revisão literária sobre o tema. A TPB é um complexo de enfermidades causadas pelos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina combinados com a bactéria Anaplasma marginale, os quais são transmitidos pelo vetor Rhipicephalus (Boophilus) microplus (carrapato-do-boi) ao seu hospedeiro bovino, impactando negativamente a saúde do animal e acarretando milhões de prejuízos à economia rural, seja no combate e controle do parasito, ou em gastos com medicamentos, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e do IBGE. Os principais métodos de controle e tratamento às doenças causadas por B. bovis, B. bigemina e A. marginale, atualmente, se resumem no combate ao vetor com aplicação de produtos químicos, como os acaricidas, aos animais contaminados. Entretanto, os desafios desse método residem na prática de aplicação em sequência e com frequência desses produtos químicos na população bovina, o que provoca, geralmente, a configuração de carrapatos multirresistentes aos agentes químicos. Diversos estudos têm mostrado pequenos resultados com tratamentos homeopáticos e rotação de pastagem, tratamentos alternativos para o combate ao parasito Rhipicephalus microplus. Em 2020, o MAPA lançou obra orientativa com a metodologia Tratamento Bovino Seletivo (TBS), cujo objetivo é acompanhar caso a caso a população bovina contaminada para se fazer o processo seletivo dos animais, de modo que os animais doentes são tratados. Para garantir êxito, oferece-se o Programa de Controle Seletivo do Carrapato Bovino (PCSCB), criado pela Universidade Federal do Paraná.

Referências

Andrade, C. T., & Simplício, K. M. M. G. (2019). A importância do diagnóstico terapêutico a campo: relato de caso. Anais da VI Semana de Medicina Veterinária, UFAL.

Andreotti, R., Garcia, M. V., & Koller, W. W. Controle estratégico dos carrapatos nos bovinos. (2019). Recuperado de https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1107102/controle-estrategico-dos-carrapatos-nos-bovinos.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2020). Avaliação seletiva de bovinos para o controle do carrapato Rhipicephalus microplus. Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação. Brasília: MAPA.

Brito L. G. (2015). Diagnóstico de resistência às bases carrapaticidas em populações do carrapato dos bovinos. In: Veríssimo, C. J. (org.). Resistência e controle do carrapato-do-boi. Nova Odessa: Instituto de Zootecnia.

Brito, L. G., Barbieri, F. S., Ferreira, T. A. A., Carneiro, D. S., Amaral, T. M., Figueiró, M. R., & Oliveira, M. C. S. (2019) Transmissão congênita de Babesiabovis e Anaplasma marginale na epidemiologia da tristeza parasitária bovina. In: Circular técnica 48. Belém-PA: Embrapa, 2019.

Camargo, S. A. B., Severo, T. H., & Vidal, M. B. (2017). Controle biológico do carrapato bovino Rhipicephalus (boophilus) microplus por aves encontradas no bioma Pampa. Anais da 14ª Mostra de Iniciação Científica. Bagé: URCAMP, 53.

Cassol, D. M. S. (2020). Tristeza Parasitária Bovina (TPB) “Tristezinha”, “Pindura”, “Piroplasmose” ou “Mal da ponta”.

Gonçalves, F. (2000). Epidemiologia e controle da tristeza parasitária. Ciência Rural, 30(1), 187-194, 2.

Hellu, J. A. A., & Rezende, E. H. C. (2020). Tristeza parasitária bovina, como prevenir e tratar essa doença? Recuperado de: www.jasaudeanimal.com.br

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Rebanho bovino reduz em 2018, em ano de crescimento do abate e exportação.

Kemer, A., Machado, B. J. A., Comelli, D., Glienke, C. L., & Tavela, A. O. (2020). Manejo sanitário e a ocorrência de carrapatos em propriedades na região do planalto serrano Catarinense, Sul do Brasil. Braz. J. Anim. Environ. Res., 3(2), 602-615.

Martins, G. M. Tristeza parasitária bovina: à espreita do hospedeiro. 2020. Recuperado de: https://www.comprerural.com/tristeza-parasitaria-bovina-a-espreita-do-hospedeiro/

Milkpoint. (2020). Como diferenciar a tristeza parasitária da tripanosomose bovina? https://www.milkpoint.com.br/canais-empresariais/ceva/como-diferenciar-a-tristeza-parasitaria-da-tripanosomose-bovina-208694/

Molento, M. B. (2020). Avaliação seletiva de bovinos para controle do Rhipicephalus microplus. Ars Veterinária, , 36(1), 1-2.

Pasquali, A. K. S., Carmo, P. G., Sanguanini, G., Costa, J. D., Luiz, R. R., & Griebler, T. S. (2019). Presença do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus em bovino da raça mestiça. Seminário de Iniciação Científica e Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Quevedo, L. S., Quevedo, P. S. (2020). Aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos da babesiose bovina. Pubvet, 14(9), a650, 1-7.

RADIO CIDADE 670. (2019). UFPR cria programa sustentável para o controle de carrapato em bois.

Silva, T. F., Alves-sobrinho, A. V., Lima, L. F. S. de, Ziemniczak, H. M., Ferraz, H. T., Lopes, D. T., Silva, V. L. D. da, Braga, Ísis A., Saturnino, K. C., & Ramos, D. G. de S. (2021). Bovine parasite sadness: Review. Research, Society and Development, 10(1), e15410111631.

Ulsenheimer, B. C., Schvan, D. E., Shifer, J. L. L., Fontoura, R. P., & Teichmann, C. E. (2020). Uso da Enrofloxacina em surto de anaplasmose em bovinos leiteiros em Ijuí- RS: relato de caso. Pubvet, 14(3), a650, 1-7.

Downloads

Publicado

10/06/2021

Como Citar

COSTA, M. O. .; CARVALHO, M. R. .; GOMES, L. G. .; STOCCO, M. B. .; SPILLER, P. R. .; FARIA, E. F. .; NOGUEIRA, E. N. N. da C. .; DALL’ACQUA, P. C. .; PAULA, E. M. N. de .; MENDES, A. de C. M. . Os desafios do complexo da tristeza parasitária bovina – TPB. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 6, p. e58010616148, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i6.16148. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16148. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão