Fragmentação da vegetação em região de área protegida no Cerrado
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16230Palavras-chave:
Fitofisionomias do Cerrado; Geotecnologias; Ikonos II; Sensoriamento Remoto; SIG.Resumo
A vegetação do bioma Cerrado vem sofrendo intensa degradação pelo avanço das fronteiras agrícolas e pela falta de áreas protegidas. Assim, estudos que auxiliam na tomada de decisão de manejo de áreas protegidas tornam-se cada vez mais importantes. Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho avaliar a fragmentação da vegetação na região do Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú-MS. A área de estudo faz parte do Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, demonstrando a importância de se analisar essa região utilizando as geotecnologias. Foi analisada a fragmentação da vegetação, sendo produzida a Carta de Cobertura do Solo (com a quantificação da área ocupada por cada uma das 10 classes de cobertura do solo), a Carta de Avaliação dos Fragmentos por Índice de Borda (que permitiu uma avaliação da forma das manchas de vegetação remanescente em uma escala de vulnerabilidade – 5 classes) e a Carta de Avaliação dos Fragmentos por Tamanho (mostrando que as pequenas manchas de vegetação nativa são numerosas, mas que ainda existem dois grandes fragmentos na paisagem). Todos esses dados descrevem a estrutura da paisagem da região e a relação do número, forma e tamanho dos remanescentes com biodiversidade, energia e matéria presente na região. Assim, através da utilização das geotecnologias foram produzidos resultados em uma região que possui uma Unidade de Conservação. A repetição do método apresentado neste estudo, em intervalos regulares de tempo, permite o monitoramento da situação ambiental da região desta importante unidade de conservação, servindo como ferramenta de gestão para os órgãos ambientais.
Referências
Alho, C. J. R. & Martins, E. S. (1995). De Grão em Grão o Cerrado Perde Espaço (Cerrado - Impactos do Processo de Ocupação). WWF – Fundo Mundial para a Natureza, Brasília. 66p.
Bierregaard Jr., R. O., Lovejoy, T. E., Kapos, V., Santos, A. S. & Hutchings, R. W. (1992). The biological dynamics of tropical rainforest fragments: a prospective comparison of fragments and continuous forest. BioScience, 42:859–866.
Campos, L. F. G. (1943). Mapa florestal do Brasil. Boletim Geográfico, 1, 9-27.
Costa, R. B., Salles, A. T. & Moura, H. H. S. (2003). Degradação de reservas florestais particulares e desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul. Revista Internacional de Desenvolvimento Local, 4(7): 41 – 46.
Definiens (2002). Ecognition (Software). Version 2.0. Munchen, Alemanha. 1 CD-ROM.
Forman, R. T. & Godron, M. (1986). Landscape Ecology. John Willey. 619 p.
Gamarra, R. M., Paranhos Filho, A. C., Teruya Júnior, H., Corrêa, L. C., Baronio, G. J. (2009). Classificação orientada a objetos na caracterização de paisagens fragmentadas – caso da região do Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú, Costa Rica, MS. In: Anais IX CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL E III CONGRESSO LATINO AMERICANO DE ECOLOGIA. 13 a 17 de setembro de 2009, São Lourenço-MG.
Gewin, V. (2004). Mapping opportunities. Nature, 427. p. 376-377. .
Innes, J. L. & Koch, B. (1998). Forest Biodiversity and its assessment by remote sensing. Global Ecology and Biogeography Letters, 7:397-419.
Klais, T. B. A., Dalmas, F. B., Morais, R. P., Atique, G., Lastoria, G. & Paranhos Filho, A. C. (2012). Vulnerabilidade natural e ambiental do município de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, Brasil. Revista Ambiente & Água. 7(2).
Klink, C. A. & Machado, R. (2005). Conservation of the Brazilian Cerrado. Conservation Biology, Boston 19: 707-713.
Metzger, J. P. (2003). Estrutura da paisagem: o uso adequado de métricas. In: Júnior, L. C., Pádua, C. V. & Rudran, R (org.). Métodos de estudos em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba, P.R. Editora da UFPR. Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. 667p.
Oliveira, L. G. L. (2005). Elaboração e Aplicação de Modelo Digital de Elevação: O Estudo de Caso do Parque Municipal de Costa Rica, MS. Curso de Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Monografia, 35 p.
O'Neill, R. V., Krummel, J. R., Gardner, R. H., Sugihara, G., Jackson, B., Deangelis, D. L., Milne, B. T., Turner, M. G., Zygmunt, B., Christensen, S. W., Dale, V. H., Graham, R. L. (1988). Indices of landscape pattern. Landscape Ecology, vol. 1(3), p. 153-162.
Pagotto, T. C. S., Camilotti, D. C., Longo, J. M. & Souza, P. R. (2006). Bioma Cerrado. In: Pagotto, T.C.S. & Souza, P. R. (org.). Biodiversidade do Complexo Aporé-Sucuriú: subsídios à conservação e manejo do bioma Cerrado. Editora UFMS. Campo Grande, MS. p. 18-30.
Paranhos Filho, A. C. (2000). Análise Geo-Ambiental Multitemporal: O estudo de Caso da Região de Coxim e Bacia do Taquarizinho. Programa de Pós-Graduação em Geologia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Tese de doutorado, 213 p.
PCI. (2003). Geomatica (Software). Versão 9.1 for Windows. Ontário, Canadá. 16 de dezembro de 2003. 1 CD-ROM.
Pott, A. & Pott, V. J. (2003). Espécies de fragmentos florestais em Mato Grosso do Sul. In: Costa, R.B (org.). Fragmentação florestal e alternativas de desenvolvimento rural na região Centro-Oeste. UCDB. Campo Grande. 26 – 52 p.
Ribeiro, J. F. & Walter, B. M. T. (1998). Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In. Sano, S.M. & Almeida, S.P. (ed.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 556p.
Ribeiro, J. F., Gonzáles, M. I., Oliveira, P. E. A. M., Melo, J. T. de. (1982). Aspectos fenológicos de espécies nativas do Cerrado. In: Anais CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 32. 1981, Teresina, PI: Anais. Teresina: Sociedade Botânica do Brasil. p.181-198.
Rizzini, C. T. (1963). A flora do Cerrado, análise florística das savanas Centrais. In: Anais SIMPÓSIO SOBRE O CERRADO. Anais. São Paulo: EDUSP. p.125-177.
Scariot, A., Freitas, S. R., Neto, E. M., Nascimento, M. T., Oliveira, L. C., Sanaiotti, T., Sevilha, A. C. & Villela, D. M. (2005). Vegetação e Flora. In: RAMBALDI, D.M. & OLIVEIRA, D.A.S. (org.). Fragmentação de Ecossistemas: Causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Ministério do Meio Ambiente. (2a ed.), MMA/SBF. p. 103 - 123.
Silvano, D. L., Colli, G. R., Dixo, M. B. O., Pimenta, B. V. S. & Wiederhecker, H. C. (2005). Anfíbios e répteis. In: RAMBALDI, D.M. & OLIVEIRA, D.A.S. (org.). Fragmentação de Ecossistemas: Causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Ministério do Meio Ambiente. (2a ed.), MMA/SBF. p. 184 -199.
Space Imaging. (2003). Imagens do satélite Ikonos II. Canais 1, 2, 3, 4 e pan. CD-ROM.
Vogelmann, J. E. (1995). Assessment of Forest Fragmentation in Southern New England using Remote Sensing and Geographic Information Systems Technology. Conservation Biology. 9 (2): 439-449.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Roberto Macedo Gamarra ; Leandro Tsuneki Higa ; Mara Cristina Teixeira Gamarra ; Martha Gilka Gutiérrez Carrijo; Jaíza Santos Mota; Filipe Notari; Andrey Gaspar Sorrilha Rodrigues; Fabricio Bau Dalmas; Antonio Conceição Paranhos Filho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
