Riscos ergonômicos no cotidiano dos profissionais de enfermagem dos hospitais brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16257

Palavras-chave:

Hospitais; Ergonomia; Saúde do trabalhador; Enfermagem.

Resumo

Objetivou-se, identificar as causas e ameaças mais frequentes aos profissionais de enfermagem do setor hospitalar, no que diz respeito ao risco de saúde ocupacional. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, a busca ocorreu no mês de junho/2019, e foram avaliados materiais digitais no banco de dados do Observatório de segurança e saúde do trabalho, tais como: documentos do Ministério da Economia, Secretária e Inspeção do trabalho e, documento do Ministério da Saúde. Também foram selecionados, 10 estudos relacionados a ergonomia em profissionais de enfermagem. Análise dos materiais mostram dados relativos a Distribuição Geográfica das Comunicações de Acidentes de Trabalho; Estimativa de subnotificação de acidentes de trabalho; Setores econômicos com maiores números de notificações; Ocupações dentro do setor hospitalar; Despesas previdenciárias-auxílio doença por acidentes de trabalho; Lesões mais frequentes; Partes do corpo mais frequentemente atingidas; Partes do corpo mais frequentemente atingidas pelo esforço físico; e, o Afastamento do ambiente laboral conforme a classificação Internacional de doenças. Identificou-se que aproximadamente 60% dos casos de acidentes ergonômicos dentro da unidade hospitalar são sofridos por profissionais de enfermagem. Quanto as causas mais frequentes de afastamentos dos profissionais do ambiente hospitalar, destacaram-se as lesões osteomusculares e de tecido conjuntivo, seguida de fraturas, doenças mentais e comportamentais, bem como luxações. Quanto as partes do corpo mais frequentemente atingidas, destacaram-se os dedos. Assim, faz-se necessário maior ênfase na sensibilização dos gestores e dos trabalhadores sobre riscos ocupacionais e suas consequências, com vistas a reduzir a exposição a riscos e possíveis danos à saúde.

Biografia do Autor

Thales Eduardo Rodrigues Alpi, Universidade Franciscana

Engenheiro Químico. Especialista em engenharia do trabalho, Universidade Franciscana- UFN. Santa Maria, RS, BR.

Pabline Pivetta de Olivera, Universidade Franciscana

Graduanda do curso de enfermagem e bolsista PROBIC da Universidade Franciscana-UFN, Santa Maria, RS. Membro do GIPES.

Regina Gema Santini Costenaro, Universidade Franciscana

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora adjunta da Universidade Franciscana, Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Saúde Materna e Infantil. Santa Maria, RS, BR

Rosiane Filipin Rangel, Universidade Franciscana

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora adjunta da Universidade Franciscana, Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Saúde Materna e Infantil. Santa Maria, RS, BR.

Silomar Ilha, Universidade Franciscana

Enfermeiro. Doutor em Enfermagem. Professor adjunto da Universidade Franciscana, Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Ciências da Saúde e da Vida. Santa Maria, RS, BR.

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Publicado

21/06/2021

Como Citar

ALPI, T. E. R. .; OLIVERA, P. P. de .; COSTENARO, R. G. S. .; RANGEL, R. F. .; ILHA, S. Riscos ergonômicos no cotidiano dos profissionais de enfermagem dos hospitais brasileiros . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7, p. e27410716257, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i7.16257. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16257. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão