Impactos da maloclusão na qualidade de vida de crianças e adolescentes: Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.16910Palavras-chave:
Má oclusão; Qualidade de vida; Articulação temporomandibular; Crianças; Adolescente.Resumo
As más oclusões possuem etiologia multifatorial, e são caracterizadas pela presença de irregularidades no alinhamento dentário e por desarmonias esqueléticas, que acabam comprometendo a estética do sorriso dos indivíduos, assim como, a qualidade de vida, especialmente nos aspectos psicossociais e nas limitações funcionais. A revisão teve por objetivo proporcionar a síntese de conhecimento sobre a prevalência e as consequências da maloclusão na qualidade de vida de crianças e adolescentes, analisando a literatura no que se refere a casos que venham mostrar a problemática da maloclusão e a intervenção do cirurgião-dentista, visando uma melhor qualidade de vida ao paciente. O presente artigo trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura com caráter qualitativo, onde foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases LILACS, SciELO e PubMed, para pesquisa dos artigos foram utilizados os descritores “Má oclusão”, “Qualidade de vida”, “Articulação temporomandibular”, “Crianças” e “Adolescente”. Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram artigos publicados em português e inglês, disponíveis na íntegra, entre 2010 e 2020, que retratassem a temática em estudo. Foram identificados cinquenta e um artigos e após a leitura foram selecionados dezessete que atenderam a temática do estudo. A análise da literatura aponta que além de uma possível alteração no desenvolvimento craniofacial, há uma associação da má oclusão aos fatores socioeconômicos, demográficos e cotidianos aos quais interferem em funções biológicas do indivíduo. Nesse sentido, a pesquisa busca apontar a harmonia entre a saúde bucal e o bem-estar do paciente.
Referências
Boeck, E. M., Pizzol, K. E., Barbosa, E. G. P., Pires, N. C. A. & Lunardi, N. (2013). Prevalência de má oclusão em crianças de 3 a 6 anos portadoras de hábito de sucção de dedo e/ou chupeta. Rev. odontol. UNESP. 42(2). 110-116. https://www.scielo.br/j/rounesp/a/JpCsnFz9QBn6PLcKdsy4xDx/abstract/?lang=pt
Carminatti, M., Lavra, B. P., Franzon, R., Rodrigues, J. A., Araújo, F. B. & Gomes, E. (2017). Impacto da cárie dentária, maloclusão e hábitos orais na qualidade de vida relacionada à saúde oral em crianças pré-escolares. Audiol. Commun. Res. 22:e1801. 1-8. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2016-1801
Gomes e Silva, L. F., Thomaz, E. B. A. F., Freitas, H. V., Pereira, A. L. P., Ribeiro, C. C. C. & Alves, C. M. C. (2016). Impact of Malocclusion on the Quality of Life of Brazilian Adolescents: A Population-Based Study. PLoS ONE. 11 (9): e0162715. 1-13. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0162715
Guimarães, S. P. A., Jorge, K. O., Fontes M. J. F., Ramos-Jorge, M. L., Araújo, C. T. P., Ferreira, E. F., Melgaço, C. A., Zarzar, P. M. (2018). Impact of malocclusion on oral health-related quality of life among schoolchildren. Braz. oral. res. 32:e95. 1-9. https://doi.org/10.1590/1807-3107bor-2018.vol32.0095
Johanns, C. M., Silverio, K., Furkim, A. M. & Marchesan, I. (2011). Há relação de hábitos orais deletérios com a tipologia facial e a oclusão dentária?. Rev. CEFAC. 13(6). 1095-1102. https://doi.org/10.1590/S1516-18462011005000060
Kolawole, K. A. & Folayan, M. O. (2019). Association between malocclusion, caries and oral hygiene in children 6 to 12 years old resident in suburban Nigeria. BMC Oral Health. 19(1). 1-9. https://doi.org/10.1186/s12903-019-0959-2
Martins, L. P., Bittencourt, J. M., Bendo, C. B., Vale, M. P. & Paiva, S. M. (2019). Má oclusão e vulnerabilidade social: estudo representativo de adolescentes de Belo Horizonte, Brasil. Ciênc. saúde colet. 24(2). 393-400. https://doi.org/10.1590/1413-81232018242.33082016
Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P. & Galvão, C. M. (2008). Revisão Integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 17(4). 758-764. https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018
Moreira, A. F., Pinto, L. S., Pinto, K. V. A., Côrreia, P. G., Jeziorski, S. A. Z., Velasque K. S. & Rosa, D. P. (2015) Impacto da má oclusão na dentição decídua e permanente na qualidade de vida de crianças e adolescentes: revisão de literatura. Rev. bras. odontol. 72(1-2). 70-75. http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72722015000100014
Muller, R. A., Feres, M. A., Portella, M. Q. & Feres, R. (2010). As má-oclusões e as desordens da articulação temporomandibular. Rev. Ortodontia. 43(4). 369-374. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-711938
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica (1. ed.). Santa Maria, RS: UFSM, NTE. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Peres, K. G., Frazão, P. & Roncalli, A. G. (2013). Padrão epidemiológico das oclusopatias muito graves em adolescentes brasileiros. Revista de Saúde Pública. 47(3). 109-117. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004366
Rebouças, A. G., Zanin, L., Ambrosano, G. M, & Flório, F. M. (2017). Fatores individuais associados à má oclusão em adolescentes. Ciênc. Saúde coletiva. 22(11). 3723-3732. https://doi.org/10.1590/1413-812320172211.04972016
Sharma, A., Mathur, A., Batra, M., Makkar, D. K., Aggarwal, V. P., Goyal, N. & Kaur, P. (2017). Avaliação objetiva e subjetiva da necessidade de tratamento ortodôntico do adolescente e seu impacto sobre a autoestima. Rev. paul. pediatr. 35(1). 86-91. https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2017;35;1;00003
Silva, A. L. Ó & Padilha, W. W. N. (2018). Abordagens da produção científica odontológica brasileira sobre os efeitos da má oclusão e seus tratamentos na qualidade de vida. Rev. bras. ciênc. saúde. 22(4). 299-306. https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6032.2018v22n4.36231
Silveira, M. F., Freire, R. S., Nepomuceno, M. O., Martins, A. M. E., Marcopito, L. F. (2016). Gravidade da maloclusão em adolescentes: estudo de base populacional no norte de Minas Gerais, Brasil. Rev. Saúde Pública. 50(11). 1-10. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050005861
Sousa, J. P. & Sousa, S. A. (2013). Prevalência de má oclusão em escolares de 7 a 9 anos de idade do Polo 1 da Rede Municipal de Ensino em João Pessoa-PB. Rev. Odontol. UNESP. 42(2). 117-123 https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-674674
Spezzia, S., Porto, L. C., Oliveira, P. O. & Weiler, R. M. (2014). Disfunção Temporomandibular na Adolescência. Portal Metodista: Odonto. 22(43-44). 53–61. https://doi.org/10.15603/2176-1000/odonto.v22n43-44p53-61
Tristão, S. K., Magno, M. B., Pintor, A. V. B., Christovam, I. F. O., Ferreira, D. M. T. P., Maia, L. C. & Souza, I. P. R. (2020). Is there a relationship between malocclusion and bullying? A systematic review. Progress in orthodontics. 21:26. 1-13. https://doi.org/10.1186/s40510-020-00323-7
Trize, D. M., Calabria, M. P., Franzolin, S. O. B., Cunha, C. O. & Marta, S. N. (2018). A disfunção temporomandibular afeta a qualidade de vida?. Einstein (São Paulo). 16(4). 1-6. https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2018AO4339
Viana, M. O., Lima, E. I., Menezes, J. N. R. & Olegario, N. B. C. (2015). Avaliação de sinais e sintomas da disfunção temporomandibular e sua relação com a postura cervical. Rev. odontol. UNESP. 44(3). 125-130. https://doi.org/10.1590/1807-2577.1071
Zou, J., Meng, M., Law, C. S., Rao, Y. & Zhou, X. (2018) Common dental diseases in children and malocclusion. Int. J. Oral Sci. 10(1). 1-7. http://doi.org/10.1038/s41368-018-0012-3
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Savana Ranyella Correia da Silva; Vanessa Silva de Moura; Laryssa Kelly Barbosa Ferro Oliveira; Anne Myrelle da Cruz Andrade; Luana Ranna Silva Santos; Jhenyffer Magarida de Lima Silva; Anselmo Souza Rastelli; José Eduardo Melo dos Santos Passos; Dayse Andrade Romão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
