Utilização do bagaço de cana-de-açúcar na adsorção de corantes têxteis em soluções aquosas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16974Palavras-chave:
Adsorção; Efluentes sintéticos; Bagaço de cana-de-açúcarResumo
Nesta pesquisa avaliou-se o potencial do bagaço da cana-de-açúcar como adsorvente natural do corante têxtil sintético. Na primeira etapa da pesquisa foi realizado a preparação e caracterização do adsorvente através da determinação do ponto de carga zero – pHPCZ e da Espectroscopia de infravermelho com transformação de Fourier (FTIR), verificou-se que o adsorvente possui um pHPCZ igual a 3,37 para o material seco à 60 °C. Na segunda etapa da pesquisa foram realizadas ativações ácida e alcalina do material adsorvente e um planejamento experimental do tipo Box-Behnken 25 para cada material adsorvente tendo como variáveis independentes a massa, concentração, pH, rotação e tempo sendo avaliadas as respostas quantidade adsorvida (qt) e redução na concentração de corante (%red). Os ensaios cinéticos foram realizados em pH 3,0 e concentração de 150 mg. L-1, sendo coletadas amostras a cada cinco minutos até 60 minutos, para os adsorventes in natura, ácido e alcalino. Os dados cinéticos foram ajustados aos modelos de pseudo-primeira ordem, pseudo-segunda ordem e equação de Elovich, sendo o modelo de Elovich o que melhor se ajustou aos ensaios. As isotermas foram construídas variando a concentração de 25 a 200 mg. L-1, com pH 3,0 e a isoterma de Sips obteve maior valor de R2 e Teste F. O bagaço da cana-de-açúcar mostrou-se atraente na remoção do corante direto Tupy® cor bordô 16, principalmente quando é realizado o tratamento do adsorvente com HCl.
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