Medicamentos analgésicos: Qual a qualidade da informação presente na Internet?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17157Palavras-chave:
Internet; Uso de Medicamentos; Informação; Dor; Analgésicos.Resumo
A internet possibilita a busca por diversos tipos de assuntos, incluindo saúde e uso de medicamentos. Essas informações são difundidas geralmente sem confiabilidade e embasamento científico, o que pode estimular a automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos. Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio da aplicação de ferramentas, que avaliou a qualidade da informação global em saúde e o conteúdo específico sobre analgésicos em 98 sítios eletrônicos brasileiros. Dentre os medicamentos mais citados nos sítios eletrônicos, destacaram-se os anti-inflamatórios não esteroidais (83,67%), paracetamol (47,96%) e opioides (47,96%). Todos os sítios eletrônicos descreviam opções de tratamento farmacológico para a dor, no entanto, a maioria dos sítios eletrônicos não mencionava quaisquer reações adversas ou contra-indicações para o uso de analgésicos. Informações sobre dependência de opioides e risco de tolerância estavam presentes em apenas 18,37% dos sítios eletrônicos. Considerando todos os indicadores avaliados, nenhum sítio eletrônico foi considerado de boa qualidade, mesmo aqueles com selo de certificação de qualidade. Esses resultados evidenciaram deficiências importantes nas informações de saúde e medicamentos publicadas na internet, que podem levar ao uso inadequado de analgésicos, efeitos adversos e até eventos de intoxicação. Isso reforça a necessidade de controle dessas informações e da adoção de critérios mínimos de qualidade para os sites, visando minimizar os riscos à saúde, o uso irracional de medicamentos e contribuir para a segurança do público leigo.
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