Prevalência de alterações radiológicas nas articulações do tarso em equinos com sobrepeso da raça crioula em manejo extensivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17185Palavras-chave:
Osteoartrite juvenil; Sobrepeso; Tarso; Raça crioula.Resumo
A busca intensiva por um manejo nutricional eficaz fez com que animais de diferentes categorias apresentassem sinais de sobrepeso. A obesidade é citada em diferentes raças como a causa de inúmeros problemas ortopédicos como laminite, osteocondrite dissecante e osteoartrite juvenil. O objetivo deste trabalho é avaliar por meio da avaliação radiográfica, a presença de alterações nas articulações do tarso de animais nascidos e criados em manejo extensivo em um criatório da raça Crioula, e que se mantinham em sobrepeso durante o ano todo. Foi realizado um estudo retrospectivo de coorte em condições de campo de fêmeas com sobrepeso e/ou obesidade desde o nascimento, até a idade adulta. Foram avaliadas 37 fêmeas equinas da raça Crioula, nascidas e criadas nesta mesma propriedade. Foi realizada a pesagem com fita e mensuração da gordura da base da cauda com a utilização de aparelho de ultrassonografia. As projeções radiográficas foram confeccionadas na região do tarso em ambos membros pélvicos. As éguas apresentaram média de escore de condição corporal 8, média de peso 557,29 +13,66 kg, gordura da base da cauda de 30,54 +3,17 mm. Cerca de 62,16% dos equinos apresentaram achados radiológicos, com alterações de diminuição de espaço articular, proliferações ósseas e osteófitos classificadas em grau 2, 3 e 4. Nos animais de um ano de idade (12 meses), foi observado 70% de alterações articulares nos ossos do tarso. Tanto a obesidade nas éguas em reprodução, quanto o sobrepeso nos animais em desenvolvimento, podem ser fatores etiológicos importantes para o desenvolvimento desta doença na raça Crioula.
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