Dimensionamento de uma estrutura de contenção em muro reforçado com geossintético
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17217Palavras-chave:
Análise de estabilidade; Geossintéticos; Reforço.Resumo
Aproveitar áreas de taludes com inclinações acentuadas e grandes alturas muitas vezes significa adotar soluções mais elaboradas, como a aplicação de geossintéticos em muros reforçados. Este artigo apresenta o dimensionamento de um muro reforçado com geossintético para estabilização de uma encosta localizada na área do Reservatório do Jordão, Recife – Pernambuco, com objetivo de alterar o projeto inicial de contenção em muro de gabião do mesmo talude. O dimensionamento do muro reforçado é realizado considerando os critérios na análise da estabilidade externa e interna da estrutura, sendo também indicada a proposta de alteração no projeto inicial de drenagem superficial para que a estabilidade da encosta. Na análise da estabilidade externa, verificou-se um comprimento do reforço de 5,86 m, que atendia tanto ao fator de segurança ao deslizamento como ao tombamento. Na análise da estabilidade interna pelo método de Jewell (1991) obteve-se um comprimento de reforço de 5,28 m. Adotando-se então o maior comprimento de reforço entre os resultados das análises obedecendo os comprimentos mínimos exigidos em todos os critérios de estabilidade. Os resultados obtidos mostraram que o muro reforçado com geossintético para estabilização da encosta Laser Eletro e os parâmetros geotécnicos e geométricos envolvidos foram adequados ao projeto, sendo uma solução segura para faces dos muros ou taludes mais verticalizados.
Referências
ABNT. (2016) – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6457/2016 – Amostra de solo: Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização.
ABNT. (2009) – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11682/2009 – Estabilidade de Encostas.
Alheiros, M. M., Souza, M. A. A., Bitoun, J., Medeiros, S. M. G. M., & Amorim Júnior, W. M. A. (2003). Manual de ocupação dos morros da região metropolitana do Recife. Programa Viva o Morro. Recife: Fundação de Desenvolvimento Municipal.
Alves, Y. C. (2017). Projeto de contenção e drenagem em muro de arrimo com uso de geossintéticos. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Civil). Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia.
Bishop, A. W. (1955). The Use of the Slip Circle in the Stability Analysis of Earth Slopes. Geotéchnique, 5 (1), 7-17.
Castro-Moreira, F. C., & Vélez-Gilces, M. A. (2017). La importância de la topografia em las ingenierías y arquitectura. Polo del Conocimiento, 1071-1081.
COMPESA. (2017). Contenção, terraplanagem e Drenagem Superficial da estaca zero à estaca 7+0. Companhia Pernambucana de Saneamento.
DNIT. (2006). Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 2006 - Manual de pavimentação. Ministério dos Transportes.
DNIT. (2009). Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT – ES 108/2009 - Terraplenagem – Aterros – Especificação de Serviço. Ministério dos Transportes.
Ehrlich, M., & Becker, L. (2009). Muros e taludes de solo reforçado. Editora Oficina de Textos. São Paulo.
Geoslope International LTD. (2021). GeoStudio 2021 R2, módulo Slope.
Gerscovich, D. M. S. (2010). Estruturas de Contenção: Muros de Arrimo. FEUERJ, Rio de Janeiro.
Google Earth-Mapas (2018). http://mapas.google.com.
Gomes, J. H., Silva T. L. do V., Guerra, E. R. & Anastácio, D. T. D. (2012). Ocupação em Áreas de Risco de Deslizamento do Jenipapo, Recife, Pernambuco. Revista Brasileira de Geografia Física, 524-519.
IBGE. (2019). Suscetibilidade a Deslizamentos do Brasil: primeira aproximação. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Rio de Janeiro.
ITEP. (2017). Instituto de tecnologia de Pernambuco.
Jewell, R. A. (1991). Aplicantion of revised design charts for steep reinforced slops. Geotextiles and Geomembranes, 203-233.
Meyerhof, G. G. (1955). Influence of roughness of base and ground-water conditions on the ultimate bearing capacity of foundations. Geotechnique, 5 (3), 227-242.
Palmeira, E. M. & Ortigão, J. A. R. (2004). Aplicações em reforço – aterros sobre solos moles. In: Vertematti, J. C. (Ed.). Manual Brasileiro de Geossintéticos. São Paulo.
Pedrosa, A. de A., Almeida, S. M. de, & Lafayette, K. P. V. (2020). Risk analysis of hillside in Olinda-PE. Research, Society and Development. 9 (11), e3499119817.
Pereira, A. S.; Shitsuka, D. M.; Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UAB/NTE/UFSM.
PROJETEC. (2013). Análises de Estabilidade e Dimensionamento. Projetos Técnicos LTDA.
Santana J. K. R. de. (2019). Análise Evolutiva da Ocupação dos Morros da Cidade do Recife. XVI Simpósio Nacional de Geografia Urbana.
Spencer, E. E. (1967). A method of the analysis of the stability of embankments assuming parallel inter-slide forces. Géotechnique, 17, 11-26.
Terzaghi, K. & Peck, R. B. (1967). Soil mechanics in engineering practice. Jonh Willey & Sons.
Vertematti, J. C. (2015). Manual brasileiro de geossintéticos. São Paulo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Elton Douglas Galino Gomes; Fabiola de Souza Gomes; Maria Isabela Marques da Cunha Vieira Bello; Iálysson da Silva Medeiros; Martha Maria Bezerra Santos; Silvio Romero de Melo Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.