Percepção dos cirurgiões-dentistas sobre atendimento a pacientes infectados pelo HIV
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17304Palavras-chave:
HIV; Odontologia; Percepção.Resumo
Introdução: Estudo observacional transversal foi realizado com 314 cirurgiões-dentistas de Teresina, Piauí. Objetivo: Avaliar a percepção de cirurgiões-dentistas no atendimento de pacientes infectados pelo HIV. Material e método: Os profissionais responderam ao questionário contendo dados referentes à formação profissional, capacidade para atendimento, medidas de prevenção, riscos ocupacionais e experiências profissionais com indivíduos infectados pelo HIV. Foi considerada percepção positiva quando a resposta era "estar apto" e "não ter receio" de atender pacientes infectado pelo HIV. Para análise dos dados, foi aplicado o teste Qui-Quadrado de Pearson, com intervalo de confiança de 95% e nível de significância α=5. Resultados: Foi observada percepção positiva em 54,8% dos profissionais. A maioria dos dentistas (85%) declarou-se apta ao atendimento, entretanto, 41,1% relatou ter receio de atender pacientes HIV positivos. Os profissionais que se consideraram inaptos ao atendimento atribuíram a incapacidade à falta de fundamentação teórica e prática durante a graduação e pós-graduação (82%) ou condições de trabalho deficientes (5,1%). Aqueles que cursaram pós-graduação demonstraram melhor percepção quanto ao atendimento de pacientes HIV positivos (ƿ=0,002). Conclusão: Percepção positiva pode ser atribuída à educação continuada dos profissionais.
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