Manejo da irrigação, inoculação e nitrogênio no feijoeiro de inverno
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17437Palavras-chave:
Eficiência do uso da água; Penman-Monteith; Phaseolus vulgaris L.; Rhizobium tropici; Tensiômetros.Resumo
Entre os fatores que influenciam na produtividade do feijoeiro, a precipitação e a nutrição são consideradas limitantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o manejo da irrigação, adubação nitrogenada e a inoculação de sementes, no feijoeiro de inverno, em Aquidauana - MS. O trabalho foi realizado na área experimental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, utilizando a cultivar TAA Dama com semeadura em 24 de maio de 2018. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema de parcelas subsubdivididas, com quatro repetições. As parcelas foram os manejos de irrigação Penman-Monteith e tensiometria. As subparcelas foram com e sem inoculação de Rhizobium tropici semia 4077 e, nas subsubparcelas, foram empregadas as doses de nitrogênio em cobertura (50, 100, 150 e 200 kg ha-1 e um com ausência de nitrogênio). Foram avaliados o número e massa seca de nódulos, número de vagens por planta, massa média de 100 grãos, número de grãos por vagens, produtividade de grãos, eficiência no uso da água. Maiores doses de adubação nitrogenada em cobertura proporcionam maiores produtividades de grãos e eficiência no uso da água pelo feijoeiro. A presença ou ausência de inoculação não influencia na produtividade de grãos do feijoeiro irrigado.
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