Educação ambiental como fonte remediadora entre a interferência humana e a Flona de Nísia Floresta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17524

Palavras-chave:

Unidades de conservação; Percepção ambiental; Conscientização.

Resumo

A ocupação de áreas circunvizinhas a Unidades de Conservação não deve pôr em risco a prioridade dos objetivos da conservação. Para garantir essa prioridade, se faz necessário compatibilizar o uso dos recursos naturais e a conservação da área. Nesse contexto, ferramentas de Educação Ambiental podem auxiliar a manutenção do uso sustentável dessas áreas.  Objetivou-se iniciar um trabalho de Educação Ambiental com os moradores circunvizinhos da Unidade de Conservação, revelando sua importância, como a sociedade pode interagir e promover caminhos para a conscientização ambiental local, respeitando-se as características coletivas e mostrando-se o quanto sua participação é essencial e efetiva para o sucesso, a longo prazo, na estratégia de conservação. Avaliou-se a percepção ambiental dos moradores da comunidade circunvizinha a Unidade, a qual situa-se na Área de Proteção Ambiental Bonfim/Guaraíra e realizou-se um levantamento de dados socioambiental através de questionários e visitas técnicas juntamente com a realização de uma ação de educação ambiental. Através da análise dos dados obtidos, contatou-se a falta de conhecimento dos moradores a respeito de conceitos básicos sobre o Meio Ambiente e que muitos ainda desconhecem a Unidade de Conservação Floresta Nacional de Nísia Floresta. Realizou-se atividades de cunho educacionais. Desta forma, compreendeu-se o quanto a percepção ambiental é um instrumento importante para interceptar a interação das comunidades que vivem no entorno das Unidades de Conservação e que a mesma deve ser amplamente utilizada como ferramenta de avaliação.

Biografia do Autor

Isis Luana Torquato de Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Engenheira Ambiental

Referências

Alvares, C. A. (2014). Koppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift. 22(6), 711–28.

Ambiental, Coordenadoria de Educação. Programa de educação ambiental. (2011). <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/programa s_ambienta is/programa_de_educacao_ambiental_-_ceam_(sp).html>.

Araújo, A. (2017). Cartilha de Reciclagem de Lixo. Planeta melhor. http://www.planetamelhor.com.br/site/cartilha_reciclagem/cartilha_reciclagem_web.pdf

Brasil. (2011). Decreto n° 7499, de 16 de junho de 2011. Regulamenta dispositivos da Lei n° 11.977, de 7 de julho de 2009, que dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 16 de Junho de 2011. https://legis.senado.leg .br/norma/592918

Brasil. (2001). Decreto n° 9334, de 27 de setembro de 2001. Criação da Floresta Nacional de Nísia Floresta, no Estado do Rio Grande do Norte, e dá outras providências. Diário oficial, Brasília, 27 de setembro de 2001. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/DNN/2001/Dnn9334.htm

Brasil. (1998). Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 12 de fevereiro de 1998. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm

Brasil. (1999). Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999. Dispõe Sobre A Educação Ambiental, Institui A Política Nacional de Educação Ambiental e Dá Outras Providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 27 abril 1999. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm

Brasil. (2000). Lei nº 9.985, de 18 de Julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 18 de Julho de 2000. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm

Brasil. (2007). Lei nº 11.516, de 28 de Agosto de 2007. Dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes; altera as Leis nos 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de março de 2006, 9.985, de 18 de julho de 2000, 10.410, de 11 de janeiro de 2002, 11.156, de 29 de julho de 2005, 11.357, de 19 de outubro de 2006, e 7.957, de 20 de dezembro de 1989; revoga dispositivos da Lei no 8.028, de 12 de abril de 1990, e da Medida Provisória no 2.216-37, de 31 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 28 de Agosto de 2007. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11516.htm

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (2008). Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. Os diferentes matizes da educação ambiental no Brasil: 1997-2007. Brasília. (Séries desafios da Educação Ambiental), 290p, Texto: Silvia Czapski.

Carvalho, R. D. (2006). Formação docente: Educação Ambiental na Engenharia Ambiental.

Carregosa, E. A., & Silva, S. L. da E.; Kunhavalik, J. P. (2015). Unidade de Conservação e comunidade local: uma relação em construção. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 35, 305-319.

Clemente, F. M. V. T., & Heaber, L. L. (2012). Horta em pequenos espaços. EMBRAPA, 57.

Cunha, J. R. (2008). Problemas e Expectativas do Morador do Parque Municipal da Lagoa do Peri: Subsídios para uma ação de Educação Ambiental como suporte à gestão participativa. (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Dalle, S. P., & Potvin, C. (2004). Conservação de plantas úteis: uma avaliação das prioridades locais de duas comunidades indígenas no leste do Panamá. Botânica econômica, 58(1), 38-57.

Embrapa. Mapa Exploratório-Reconhecimento de Solos do município de Nísia Floresta, RN. 1991. http://www.uep.cnps.embrapa.br/solos/rn/nisiafloresta.pdf

Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T. (2009). Métodos de pesquisa. Coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Henriques, R. (2007). Educação Ambiental: aprendizes de sustentabilidade. Brasília: Ministério de Educação, 109.

Hirama, A. M., & Silva, S. S. (2009). Coleta seletiva de lixo: uma análise da experiência do município de Maringá – PR. Revista Tecnológica, 18, 11-24.

ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (2007). Brasil. http://www.icmbio.gov.br/portal

Jesus, G. R., & Bedritichuk, A. G. A. (2018). Autoavaliação institucional: construção e validação de um questionário para o professor. Avaliação. 23(3), 628-647.

Lima, L.M.Q. (1995). Tratamento de lixo e remediação de áreas degradadas. São Paulo: OLYMPIO, José. Manual de reciclagem: coisas simples que você pode fazer. Rio de Janeiro.

Loureiro, C. F. B., & Cunha, C. C. (2008). Educação ambiental e gestão participativa de unidades de conservação: elementos para se pensar a sustentabilidade democrática. Ambiente & Sociedade 11, 237-253.

Maroti, P. S. (2002). Educação e interpretação ambiental junto à comunidade do entorno de uma Unidade de Conservação. 2002. 145f. Dissertação (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais) - Centro de Ciências Biológicas e Saúde, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Marques, D. S., & Coutinho, J. B. (2008). Área de amortecimento do Parque Estadual das sete Passagens: as percepções dos moradores como subsídio à Educação Ambiental. (Trabalho de conclusão de curso), Universidade do Estado da Bahia- UNEB, Jacobina, Bahia, Brasil.

Medina, N. M. (2006). Educação Ambiental e Participação Comunitária. 274 f. Tese (Doutorado) - Curso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos em Áreas Urbanas, Universidade Federal de Santa Catarina- Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Santa Catarina.

Milano, M.S. (2000). Mitos no manejo de unidades de conservação no Brasil, ou a verdadeira ameaça. In: I Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. Anais. Curitiba: IAP/UNILIVRE: rede Pró-Unidades de Conservação, v.I, p.11-25.

Minayo, M. C. S. (2008). O desafio do conhecimento. Editora. Hucitec.

Minayo, M.C.S. (2015). O desafio do conhecimento. Editora. Hucitec.

Minayo, M. C. S., & Costa, A. P (2018). Fundamentos Teóricos das Técnicas de Investigação Qualitativa. Revista Lusófona de Educação. 139-153

Ministério do Meio Ambiente (2004). Áreas Protegidas. Gestão Participativa do SNUC.

Ministério do Meio Ambiente (2017). http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/o-que-sao.

Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (2012). Plano de Manejo da Floresta Nacional de Nísia Floresta, Nísia Floresta. Volume I/Diagnóstico. 182p.

Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (2012). Plano de Manejo da Floresta Nacional de Nísia Floresta, Nísia Floresta. Volume II/Planejamento. 89p.

Novaes, A. K. (2019). Produção de mudas: Diagnóstico e situação atual nos viveiros do município de Rondonópolis- MT. (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Federal de Rondonópolis- UFR, Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil.

Richardson, R. J. (2014). Pesquisa social: métodos e técnicas. (3) Atlas.

Rodrigues, I. de S. R. (2019). Um estudo de caso sobre educação ambiental na educação infantil e ensino fundamental: Papel dos agentes multiplicadores (Trabalho de Conclusão de Curso). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- IFPI. Campus Corrente, Piauí, Brasil.

Sampaio J., Santos G.C., Agostini M., & Salvador A.S. (2014). Limites e potencialidades das rodas de conversa no cuidado em saúde: Uma experiência com jovens no sertão pernambucano. Interface. 18, 1299-1312.

Souza, C. W. S., Nascimento, L. M. B., & Ennes, M. A. (2015). Parque Nacional Serra de Itabaiana: Implementação e gestão de uma Unidade Conservação e os moradores dos povoados de seu entorno. Desafio Online, 3(3).

Tabanez, M. F., Pádua, S. M., & Souza, M. G. (1997). Avaliação de trilhas interpretativas para educação ambiental. Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. IPE.

Torres, D. F., & Oliveira, E. S. de. (2008). Percepção ambiental: Instrumento para educação ambiental em Unidades de Conservação. Revista eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 21, 227-235.

Vasco, A. P., & Zakrzevski, S. B. B. (2010). O estado da arte das pesquisas sobre percepção ambiental no Brasil. Perspectiva, 34 (125) 17-28.

Pinto, Q. C., Borges, P., & Kortmann, G. M. L. (2015, Outubro). Educação Ambiental e Resíduos sólidos. SEFIC 2015 Unilasalle.

Downloads

Publicado

21/07/2021

Como Citar

LIMA, I. L. T. de .; ARAUJO, R. C. M. T. de . Educação ambiental como fonte remediadora entre a interferência humana e a Flona de Nísia Floresta . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 9, p. e7010917524, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i9.17524. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17524. Acesso em: 8 jul. 2024.

Edição

Seção

Engenharias