Benzocaína e eugenol como anestésico para juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17573Palavras-chave:
Aquicultura; Cultivo intensivo; Manejo de peixe; Aquicultura; Cultivo intensivo; Manejo de peixe.Resumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência das concentrações da benzocaína e eugenol como anestésico na indução e recuperação de juvenis de pacu (P. mesopotamicus). Foram utilizados 288 juvenis de pacu em um delineamento inteiramente casualizado constituído de 12 concentrações de benzocaína (12,5; 25; 37,5; 50; 62,5; 75; 87,5; 100; 112,5; 125; 137,5 e 150 mg.L-1) e 11 concentrações de eugenol (7,5; 15; 22,5; 30; 37,5; 45; 52,5; 60; 67,5; 75 e 82,5 mg.L-1) e um grupo controle. Os peixes foram divididos em 24 lotes, com 12 peixes escolhidos aleatoriamente e expostos individualmente para cada concentração de anestésico em um aquário de vidro com volume útil de 30L, mas contendo apenas 10L de água. A benzocaína mostrou-se eficiente para a anestesia em juvenis de pacu nas distintas concentrações, exceto para os valores 12,5 e 25 mg.L-1. O eugenol mostrou-se eficaz para a anestesia, exceto para os valores 7,5 e 15 mg.L-1. A melhor dose de benzocaína e eugenol para sedação e recuperação é de 75 mg.L-1 e 52,5 mg.L-1, respectivamente.
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