Método alternativo e sustentável para a realização de coloração bacteriana de Gram e Wirtz-Conklin: Relevância ambiental e econômica no ensino prático da microbiologia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17585Palavras-chave:
Coloração de Gram; Coloração de Wirtz-Conklin; Microrganismos; Microbiologia; Escherichia coli; Staphylococcus aureus; Alicyclobacillus acidoterrestris; Bacillus subtilis.Resumo
As preparações coradas são os exames microscópicos mais comumente empregados em microbiologia, pois proporcionam uma melhor visualização dos microrganismos. Tendo em vista que as técnicas de coloração de Gram e Wirtz-Conklin são comumente utilizadas na rotina de laboratórios de microbiologia e nas aulas de microscopias coradas, este projeto teve como objetivo comparar a técnica padrão de coloração em superfície das lâminas, com a técnica por imersão, que por sua vez pode evitar o desperdício de corantes, impacto ambiental e diminuir custos laboratoriais e no ensino. Dessa forma, foram feitos esfregaços bacterianos (Escherichia coli; Staphylococcus aureus; Alicyclobacillus acidoterrestris e Bacillus subtilis) em lâmina, seguidos de fixação em chama. Após esse procedimento as lâminas foram submetidas à coloração pela técnica de superfície e pela técnica de imersão. Posteriormente as lâminas foram visualizadas em microscópio óptico comum e a resolução das imagens e características tintoriais foram avaliadas e registradas. A técnica de coloração por imersão, tanto para a coloração de Gram quanto para Wirtz-Conklin, evitou desperdício dos corantes utilizados nas técnicas, bem como, a saturação das soluções após muitas passagens de lâminas. Assim, a técnica de coloração por imersão é favorável para o uso nas aulas ou nos laboratórios de microbiologia. A aplicação dessa técnica mostrou resultados significativos para a diminuição do desperdício e, consequentemente, os impactos ao meio ambiente e à economia das instituições de ensino.
Referências
Allgayer, N., Raupp, W. V., & Cantarelli, V. V. (2015). Estudo avalia o descarte de corantes e meios de cultivo utilizados na microbiologia. Allgayer, N., Raupp, W. V., & Cantarelli, V. V. (2015). Estudo avalia o descarte de corantes e meios de cultivo utilizados na microbiologia. Retrieved from https://www.labnetwork.com.br/noticias/descarte-de-corantes-e-meios-de-cultivo-utilizados-na-microbiologia/
Barbosa, F. H. F., & Barbosa, L. P. J. L. (2010). Alternativas metodológicas em Microbiologia: viabilizando atividades práticas. Revista de Biologia e Ciências da Terra, 10(2), 134-143. Retrieved from https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=50016922015
Cardoso, C. L., Nakamura, C. V., Dias Filho, B.P., Abreu Filho, B.A., Garcia, L.B., Ogatta, S.F.Y., & Nakamura, T.U. (2015). Manual de Aulas Práticas. Universidade Estadual de Maringá.
Castanho, M. E. L. M. (2000). A criatividade na sala de aula universitária. In I.P.A Veiga & M.E.L (Orgs) (.75-89). Campinas, SP: Papirus.
Chinelli, M. V., Pereira, G. R., & Aguiar, L. E. V. (2008). Equipamentos interativos: uma contribuição dos centros e museus de ciências contemporâneos para a educação científica formal. Revista Brasileira de Ensino de Física, 30(4), 4505. https://doi: 10.1590/S1806-11172008000400014
Crubellate, J. M., Samed, M. M. A., & Viudes, F. J. F. (2019). Base de dados 2019. http://www.cpr.uem.br/images/2019/pdf/BASE-DE-DADOS-2019-UEM.pdf
Elella, M. H. A., Sabaa, M. W., Elhafeez, E. A., & Mohamed, R. R. (2019). Crystal violet dye removal using crosslinked grafted xanthan gum. International Journal of Biological Macromolecules, 137, 1086-1101. https://doi.org/10.1016/j.ijbiomac.2019.06.243
Freitas, V.R., & Picoli, S. U. (2007). A Coloração de Gram e as Variações na sua Execução. Newslab, (82), 124-128. Retrieved from https://docs.ufpr.br/~microgeral/arquivos/pdf/pdf/Gram.pdf
Góes, M. C. C. (2013). Palha da carnaúba (Coperniciacerifera) como removedor dos corantes azul de metileno e cristal violeta. Dissertação de Mestrado. Programa de pós-graduação em Química da Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, Brasil. https://tedebc.ufma.br/jspui/bitstream/tede/961/1/Dissertacao%20Mauro.pdf
IBGE. Coordenação de População e Indicadores Sociais. (2016). Síntese de Indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Isenberg, H. D. (1922). Clinical Microbiology Procedures Handbook. American Society for Microbiology (2. ed.).
Lellis, B., Polonio, C. Z. F., Pamphile, J. A., & Polonio, J. C. (2019). Effects of textile dyes on health and the environment and bioremediation potential of living organisms. Biotechnology Research and Innovation, 3, 275-290. DOI: 10.1016/j.biori.2019.09.001
Madigan, M. T., Martinko J. M., Bender K. S., Buckley D. H., & Stahl D. A (2016). Microbiologia de Brock (14. ed.). Artmed.
Mani, S., & Bharagava, R. N. (2016). Exposure to Crystal Violet, Its Toxic, Genotoxic and Carcinogenic Effects on Environment and Its Degradation and Detoxification for Environmental Safety. Reviews of Environmental Contamination, 237, 71-104. DOI 10.1007/978-3-319-23573-8_4
Ministério da Saúde. (1997). Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS: Técnica de Coloração de Gram. Telelab.
Moreira, J. L. B., Carvalho, C. B.M., & Frota, C. C. (2015). Visualização bacteriana e colorações. Fortaleza, CE: Imprensa Universitária.
Nascimento, A. T. P., Dias, A. F., & Santos, E. M. A. (2012). Tratamento anaeróbio de água residuária sintética têxtil contendo o corante verde malaquita. In Anais, 7 Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, CONNEPI.
Ribeiro, M. C., & STELATO, M. M. (2011). Microbiologia Prática: Aplicações de Aprendizagem de Microbiologia Básica Bactérias (2. ed.). Editora Atheneu.
Silva, A. F., Soares, T. R. S., & Afonso, J. C. (2010). Gestão de Resíduos de Laboratório: Uma Abordagem para o Ensino Médio. Química Nova na Escola, 32(1), 37-41. Retrieved from http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/08-PE-9208.pdf
Silva, R. L., Almeida, E. dos S., Nascimento, E. S. do, & Prudêncio, C. A. V. (2019). Professores de Química em Formação Inicial: o que Pensam e Dizem sobre as Relações entre Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Sociedade. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação Em Ciências, 19, 537-563. doi: 10.28976/1984-2686rbpec2019u537563
Telke, A. A., Kadam, A. A., & Govindwar, S. P. (2014). Bacterial Enzymes and Their Role in Descolorization of Azo Dyes. Microbial Degradation of Synthetic Dyes in Wastewater. DOI: 10.1007/978-3-319-10942-8_7
Trento, A. (2018). Colorações usadas em microbiologia. (Monografia). Especialização em Microbiologia Clínica da Academia de Ciência e Tecnologia. Retrieved from http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/Artigos_cientificos/3-Coloracao_microbiologia.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Fabricio Ueda Reine; Lorena Aparecida Bianchi de Souza; Jéssica Lima de Menezes; Rosana Ferreira Carli Cangussu Gomes; Aline Campos Reis de Souza; Camila Alves Mota; Benício Alves de Abreu Filho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.