Prevalência da administração de medicamentos sem a orientação do Médico Veterinário em animais de companhia na Cidade de Areia - PB
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17646Palavras-chave:
Animais; Automedicação; Intoxicação; Veterinário.Resumo
Os animais de companhia têm sido tratados como membros da família, estão habituados ao ambiente domiciliar, sendo criados como seres humanos e por isso foi criado um vínculo afetivo entre tutor e animal. Por esse motivo estão sujeitos a medicação sem prescrição de um profissional habilitado, visto que essa é uma prática comum dos humanos. Muitos tutores desconhecem o potencial tóxico que alguns fármacos apresentam se administrados em doses erradas. A dosagem incorreta de um medicamento pode levar ao diagnóstico inexato de doenças graves, problemas crônicos como insuficiência renal e hepática e, principalmente a intoxicações. Portanto, objetivou-se nessa pesquisa avaliar a prevalência dos casos de administração de medicamentos sem a orientação do médico veterinário, em animais de companhia, na cidade de Areia – PB, bem como identificar quais são os fármacos mais utilizados e o conhecimento da população a respeito dos riscos da automedicação e do potencial tóxico que alguns fármacos apresentam. Foram aplicados 46 questionários online, através do software Google Forms® e 8 questionários presenciais com tutores de animais, residentes na cidade de Areia – PB, no período de agosto a setembro de 2019, totalizando 54 questionários. A análise foi realizada com base nas respostas dos participantes que atenderam aos critérios de inclusão. Apesar de grande parte dos entrevistados conhecerem os riscos da automedicação, uma alta parcela dessas pessoas ainda realiza essa prática. Os resultados confirmam a necessidade de mais esclarecimento à população e leis em defesa da saúde animal.
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