Experiência da maternidade e Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDIs)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1765Palavras-chave:
experiência da maternidade; desenvolvimento infantil; índices de risco.Resumo
O objetivo do presente artigo foi verificar as repercussões da experiência materna na interação mãe-filho, examinando suas implicações para o desenvolvimento da criança por meio dos IRDIs em uma amostra de mães de bebês nascidos em cidade de porte médio e arredores da região central do Rio Grande do Sul (RS). A amostra do estudo foi composta por díades mães - bebê (n=165) em Hospital Escola. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista para investigar informações socioeconômicas, demográficas, obstétricas, psicossociais e a experiência materna. Também foi utilizado os Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDIs). Quando se avaliou a associação entre a ausência/presença de risco para os bebês (IRDIs) e a ausência/presença de alteração emocional materna, encontrou-se resultado significativo. Há maior proporção de bebês com risco quando a mãe apresenta alteração emocional no período pós-parto.
Referências
Shriberg, LD et al. (2000). Risk for speech disorder associated with early recurrent otitis media with effusions: two retrospective studies. J Speech Lang Hear Res, 43(1): 79-99.
Alt, MB & Sivia, PC. (2008). Maternidade e depressão: impacto na trajetória de desenvolvimento. Psicol. Estud., 13(2), 389-94.
Azevedo, KR & Arrais, AR. (2006). O mito da mãe exclusiva e seu impacto na depressão pós-parto. Psicol. Reflex. Crit., 19 (2), 269-276.
Belsky, J, Yongblade, L & Pensky, E. (1989). Childrearing history, marital quality, and maternal affect: Intergenerational transmission in a low-risk sample. Development e Psychopathology, 1, 292-304.
Bernardino, LMF & Kupfer, MCM. (2008). A criança como mestre do gozo da família atual: desdobramentos da "pesquisa de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil". Rev. Mal-Estar Subj. , 8(3), 661-680.
Bowlby, J. (1989). Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas.
Bowlby, J. (1984). Apego e perda: separação. São Paulo: Martins Fontes.
Brazelton, TB & Cramer, B. (1992). As primeiras relações. São Paulo: Martins Fontes.
Conroy, S, Marks, MN, Schacht, R, Davies, HA & Moran, P. (2010). The impact of maternal depression and personality disorder on early infant care. Soc Psychiatry Epidemiol., 45(3), 285-92.
Crestani, AH, Rosa, F, Pretto, JP & Ramos, SAP. (2012). A Experiência da Maternidade e a Dialogia Mãe- Filho com Distúrbio de Linguagem. Rev. CEFAC , 14 (2), 350-360.
Crockenberg S, & Mccluskey. (1986). Change in maternal behavior during the baby’s first year of life. Child Development. , 57, 746-753.
Crockenberg S. (1981). Infant irritability, mother responsiveness, and social support influences on the security of infant-mother attachment. Child development. , 52, 857-865.
Debray, R. (1988). Bebês/Mães em revolta. Porto Alegre: Artes Médicas.
De Chateau, P. (1987).Parent-infant socialization in several western european countries. Em J. Osofsky (Ed.) Handbook of infant development. 2a ed. New York: Wiley-Interscience.
De Lemos, CTG. (1992). Los procesos metafóricos y metonímicos como mecanismos de cambio. Substratum I-1, 121-135.
Esteves, CM, Borges, ES. (2007). O resgate do vínculo mãe-bebê: estudo de caso de maus tratos. Psicol. cienc. Prof., 27(4), 760-775.
Ferrari, A, Piccinini, CA & Lopes, RCS. (2007). O bebê imaginado na gestação: Aspectos teóricos e empíricos. Psicologia em Estudo, 12 (2), 305-313.
Field, T. (2010). Postpartum depression effects on early interactions, parenting, and safety practices: a review.Infant Behav Dev., 33(1), 1-6.
Fonseca, VR et al. (2010). Relação entre depressão pós-parto e disponibilidade emocional materna. Cad. Saúde Pública, 26(4), 738-746.
Freud, S. (1996). Formulações sobre os dois princípios do funcionamento mental. (1911). Em: Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. V. 12, 237-244. Rio de Janeiro: Imago.
Furst, MCG, Schrroeder, AT, Valle, VH, Golbert, MB & Escosteguy, N. (2007). Depressão pós-parto e suas repercussões na interação precoce mãe-bebê. Acta méd., 28,496-506.
Gaertner, A & Gaertner, B. (1992). Schwangerschaftsprozesse: zwei Fallstudien im Kontrastiven Vergleich. Zeitschrift für Sexualforschung, 5 (4), 285-313.
Grossmann, K, Fremmer-Bombik, E, Rudolph, J & Grossmann, K. (1988). Maternal attachment representations as related to patterns of infant-mother attachment and maternal care during the first year. Em R. Hinde e J. Stevenson-Hinde (Eds.), Relationships within families: Mutual influences. Oxford: Clarendon Press.
Grossmann, K, Grossmann, E, Spangler, G, Sues, G, & Unzner L. (1985). Maternal sensivity and newborn orientation responses as related to quality of attachment in Northern Germany. Em I. Bretherton e E. Waters (Eds.), Growing points of attachment theory and research. Monographs of the Society for Research in Child Development, 50, 1-2.
Grupo de Pesquisa em Infância, Desenvolvimento e Psicopatologia, & Núcleo de Infância e Família. (2003g). Entrevista sobre experiência da maternidade. Manuscrito não-publicado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Psicologia, Porto Alegre, RS.
Heinicke, CM. (1984). Impact of pre-birth parent personality and marital functioning on family development: A framework and suggestions for further study. Developmental Psychology, 20, 1044-1053.
Heinicke, CM, Diskin SD, Ramsey-klee, D & Given, K. (1983). Pre-birth parent characteristics and family development in the first year of life. Child Development, 54,194-208.
Kupfer, MCM et al. (2010). Predictive value of clinical risk indicators in child development: final results of a study based on psychoanalytic theory. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 13(1), 31-52.
Kupfer, MCM, Jerusalinsky, A, Wanderley, D, Infante, D, Salles, L, Bernardino, L. Et al. (2003). Pesquisa multicêntrica de indicadores clínicos para a detecção precoce de riscos no desenvolvimento infantil. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 6 (2), 7-25.
Laznik, MC. (2004). Introdução. In M. C. Laznik, A voz da sereia: O autismo e os impasses na constituição do sujeito (pp.13-17). Salvador, BA: Ágalma.
Lerner, J & Galambos, N. (1985). Maternal role satisfaction, mother-child interaction, and child temperament: A process model. Developmental Psychology, 21, 1153- 1164.
Lopes, RCS, Prochnow, LP & Piccinini, CA. (2010). A relação da mãe com suas figuras de apoio femininas e os sentimentos em relação à maternidade. Psicologia em Estudo, 15, 295-304.
Maldonado, M.T. (2002). Psicologia da Gravidez – parto e puerpério. 16ºed. São Paulo: Saraiva.
Mclaren, L, Kuh, D, Hardy, R & Mishra, G. (2007). Postnatal depression and the original mother-child relationship: a prospective cohort study. J Affect Disord. , 100(1-3), 211-9.
Motta, M, Lucion, A & Manfro, G. (2005). Efeitos da depressão materna no desenvolvimento neurobiológico e psicológico da criança. Revista de Psiquiatria, 27 (2), 165-76.
Oberman, Y & Josselson, R. (1996).Matrix of tensions: A model of mothering. Psychology of Women Quarterly, 20(3), 341-349.
OMS. (2001). Salude mental: nuevos conecimientos, nuevas esperanzas. Informe sobre la salud en el mundo.
Pessoa, L & Moura, MLS. (2008). Características pragmáticas da fala materna em díades mãe-bebê. Arq. bras. psicol. , 60(1), 82-95.
Piccinini, CA, Gomes, AG, Nardi, TC, & Lopes, RCS. (2008). Gestação e a constituição da maternidade. Psicologia em Estudo, 13 (1), 63-72.
Queiroz, EF. (2006). O olhar do outro primordial. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 9(4), 598-610.
Rechia, IC & Souza, APR. (2010). Dialogia e função materna em casos de limitações práxicas verbais. Psicologia em Estudo, 15(2), 315-323.
Sameroff, AJ. (1984). Necessidades Psicológicas da mãe em interações precoces mãe-filho. Em G. Avery, (Ed.) Neonatologia. Rio de Janeiro: MEDSI.
Saraiva, ERA & Coutinho, MPL. (2008). O sofrimento psíquico no puerpério: um estudo psicossociológico. Rev. Mal-Estar Subj., 8(2), 505-527.
Schmidt, E, Piccoloto, N, Muller, M. (2005). Depressão pós-parto: fatores de risco e repercussões no desenvolvimento infantil. Psico USF 10, 61-68.
Schwengber, DDS & Piccinini, CA. (2005). A experiência da maternidade no contexto da depressão materna no final do primeiro ano de vida do bebê. Estud. psicol. (Campinas), 22(2), 143-156.
Schwengber, DDS & Piccinini, CA. (2003). O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. Estud. psicol. (Natal), 8(3), 403-411.
Soifer, R.(1992). Psicologia da Gravidez, parto e puerpério. 6º ed. Porto Alegre: ArtMed.
Small, R, Astbury, J, Brown, S & Lumley, J. (1994). Depression after childbirth: Does social context matter? The Medical Journal of Austrália, 161, 473-477.
Spitz, RA. (1983). O primeiro ano de vida: um estudo psicanalítico do desenvolvimento normal e anômalo das relações objetais. 3a ed. São Paulo: Martins Fontes.
Stern, D. (1997). A constelação da maternidade. Porto Alegre: Artes Médicas.
Tudge, J, Marin, AH, Frizzo, GB & Lopes, RCS. (2010). The impact of socio-demographic variables, social support and child sex on mother-infant interaction. Interamerican Journal of Psychology, 44, 203-212.
Valsiner, J. (1989). Human development and culture: the social nature of personality and its status. Massachusetts: Lexington Books.
Wan, MW & Green, J. (2009). The impact of maternal psychopathology on child-mother attachment. Arch Womens Ment Health, 12(3), 123-34.
Wedel, HE, Wall, ML & Maftum, MA. (2008). Sentimentos da mulher na transição gestação-puerpério. Nursing, 11(126), 501-506.
Winnicott, DW. (2000). Da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro: Imago.
Winnicott, DW. (1988). Textos selecionados: Da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
