Morfologia fenotípica de Bixa arborea e Bixa orellana (Bixaceae) em Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17706

Palavras-chave:

Palavras-chave: caracteres morfoagronômicos; urucum; colorau.; Colorau; Urucum.

Resumo

Bixa arborea e Bixa orellana, são duas espécies vegetais da família Bixaceae, com ampla distribuição na América do Sul e largamente usada pela população tradicional. As espécies do gênero Bixa apresentam um pigmento avermelhado nas sementes, que vem sendo utilizado pelas populações nativas por muito tempo. Os compostos fitoquímicos presentes nas sementes de Bixa orellana também são muito utilizados na indústria alimentícia e têxtil (como corante). Bixa arborea além do uso fitoterápico das folhas, também é muito empregada na restauração florestal e como fonte de madeira. Nesse contexto, é de extrema importância diferenciar B. arborea de B. orellana por meio de diagnoses morfológicas para compreender melhor os caracteres que separam as duas espécies. Também buscou analisar as diferenças morfológicas existentes entre os espécimes de B. arborea, para avaliar a existência de híbridos na população analisada. Para isso, foi realizado diagnoses morfológicas para as duas espécies. A partir disso, foi possível perceber que as duas espécies apresentam muitas semelhanças morfológicas, diferindo basicamente uma da outra pelo aspecto do fruto: B. arborea apresentou frutos papilosos ou parcialmente cobertos por espinhos não flexíveis com comprimento variando de 0,1-1,8 mm, enquanto B. orellana apresenta frutos totalmente cobertos por espinhos flexíveis e com comprimento variando de 4 a 9,6 mm. A quantidade média de sementes nos frutos de com B. orellana foi maior que o encontrado nos frutos de B. arborea. Portanto, nosso trabalho mostrou que as duas espécies apresentam diferenças fenotípicas, as quais podem ser utilizadas na identificação e diferenciação uma da outra.

Referências

Alonso, J. (2004). Tratado de fitofármacos y nutracêuticos. Corpus.

Amaral, E. V. E. J. (2012). Caracterização morfológica e identificação taxonômica de espécies de Campomanesia Ruiz & Pavon (Myrtaceae). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO, Brasil.

Antar, G. M. (2020). Bixaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasi l/FB62

APG – Angiosperm phylogeny Group (2016). An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society, 181, 1–20.

Arieira, J., & Cunha, C. N. (2006). Fitossociologia de uma floresta inundável monodominante de Vochysia divergens Pohl (Vochysiaceae), no Pantanal Norte, MT, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 20 (3), 569–580. https://doi.org/10.1590/S0102-33062006000300007

Baer, D. F. (1976). Systematics of the genus Bixa and geography of the cultivated annatto tree. PhD Thesis, University of California, Los Angeles, United States of America.

Barbosa-Filho, J. M., Barbosa-Filho, J., Silva-Filho, R. N., Lira, B. F., Macêdo, R. O. L., Silva, M. S., Chaves, M. C. O., Souza, M. F. V., Cunha, E. V. L., & Athayde-Filho, P. F. (1998). Teor de bixina em quatro variedades de Bixa orellana L. cultivadas na Paraíba. Revista brasileira de farmacognosia, 7-8 (1), 41–47. https://doi.org/10.1590/S0102-695X1998000100005

Barroso, G., Morim, M. P., Peixoto, A. L., & Ichasso, C. L. F. (1999). Frutos e sementes: morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas. Viçosa: Imprensa Universitária.

BFG – The Brazil Flora Group (2018). Brazilian Flora 2020: Innovation and collaboration to meet Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC). Rodriguésia, 69 (4), 1513–1527. https://doi.org/10.1590/2175-7860201869402

Borges, H. B. N., Silveira, E., & Vendramim, L. N. (2014). Flora arbórea de Mato Grosso: tipologias vegetais e suas espécies. Entrelinhas.

Castro, C. B., Martins, C. S., Falesi, I. C., Nazare, R. F. R., Kato, O. H., Benchimol, R. L., & Venturieri, M. M. (2009). A Cultura do Urucum. Brasília, Embrapa Informação Tecnológica.

Christenhusz, M. J. M. (2012). Bixaceae. In: Davidse, G., Sousa, M. & Chater, A.O. Flora Mesoamericana. Cidade do Universidad Nacional Autónoma de México, México.

Clement, C. R., Cristo-Araújo, M., D’Eeckenbrugge, G. C., Alves-Pereira, A., & Picanço-Rodrigues, D. (2010). Origin and domestication of native Amazonian crops. Diversity, 2 (1), 72–106. https://doi.org/10.3390/d2010072

Corrêa, M. P., & Penna, L. (1984). Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, 6, 358–359. https://doi.org/10.1002/9781118525258.ch02

Cushman, S. A., Mcrae, B. H., & Mcgarigal, K. (2016). Basics of Landscape Ecology: An Introduction to Landscapes and Population Processes for Landscape Geneticists. In: Balkenhol, N. et al., 191 Landscape Genetics: Concepts, Methods, Applications. Chichester: John Wiley & Sons.

Demczuk J. R. B., & Ribani, R. H. (2015). Atualidades sobre a química e a utilização do urucum (Bixa orellana L.). Revista Brasileira de Pesquisa em Alimentos, 6(1), 37–50. https://doi.org/10.14685/rebrapa.v6i1.144

Dequigiovanni, G., Ramos, S. L. F., Alves-Pereira, A., Fabri, E. G., Carvalho, P. R. N., Silva, M. G., Abdo, M. T. V. N., Martins, A. L. M., Clement, C. R., & Veasey, E. A. (2017). Genetic diversity and structure in a major Brazilian annatto (Bixa orellana) germplasm bank revealed by microsatellites and phytochemical compounds. Genetic Resources and Crop Evolution, 64, 1775–1788. https://doi.org/10.1007/s10722-017-0535-z

Dequigiovanni, G., Ramos, S. L. F., Lopes, M. T. G., Clement, C. R., Rodrigues, D. P., Fabri, E. G., Zucchi, M. I., & Veasey, E. A. (2018). New microsatellite loci for annatto (Bixa orellana), a source of natural dyes from Brazilian Amazonia. Crop Breeding and Applied Biotechnology, 18(1), 116–122. https://doi.org/10.1590/1984-70332018v18n1n18

Dias, N. O., Reboucas, T. N. H, São José, A. R., & Amaral, C. L. F. (2017). Morpho-agronomic characterization and estimates of genetic parameters in annatto plant. Horticultura Brasileira, 35(2). https://doi.org/10.1590/S0102-053620170214

Eichler, A. G. (1871). Bixaceae. In: Martius, C. F. P., Eichler, A. G. (eds.). Flora brasiliensis. Lipsiae, Frid. Fleischer, 13 (1), 421–516.

Faria, D. V., Correia, L. N. F., Souza, M. V. C., Ríos-Ríos, A. M., VitaL, C. E., Batista, D. S., Costa, M. G. C., & Otoni, W. C. (2019). Irradiance and light quality affect two annatto (Bixa orellana L.) cultivars with contrasting bixin production. Journal of Photochemistry and Photobiology B: Biology. 197.

Fenner, M. (1993). Seed ecology. London: Chapman & Hall.

Ferraz, R. M., Ragassi, C. F., Heinrich, A. G., Lima, M. F., Peixoto, J. R., & Reifschneider, F. J. B. (2016). Caracterização morfoagronômica preliminar de acessos de pimentas cumari. Horticultura Brasileira, 34(4), 498–506. https://doi.org/10.1590/S0102-053620160408

Ferreira-Filho, G. S. F. (2018). Cultivo de urucum sistema de produção. Rondônia: Emater.

Fidalgo, O., & Bononi, V. L. R. (1989). Técnicas de coleta, preservação e herborização do material botânico. Instituto de Botânica.

Franco, C. F. O., Fabri, E. G., Barreiro Neto, M., Manfiolli, M. H., Harder, M. N. C., & Rucker, N. C. A. (2008). Urucum: sistemas de produção para o Brasil. João Pessoa: EMEPA.

Franco, C. F. O., Silva, F. C. P., Cazé Filho, J., Barreiro Neto, M., José, A. R. S., Rebouças, T. N. H., & Fontinélli, I. S. C. (2002). Urucueiro: Agronegócio de corantes naturais. João Pessoa: Embrapa.

Garcia, C. E. R., Bolognesi, V. J., Dias, J. F. G., Miguel, O. G., & Costa, C. K. (2012). Carotenoides bixina e norbixina extraídos do urucum (Bixa orellana L.) como antioxidantes em produtos cárneos. Ciência Rural, 42(8), 1510–1517.

Huber, J. (1910). Novitates Florae Amazonicae. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, 6(2), 60–90.

IBGE – Instituto brasileiro de geografia e estatística (2019). Cidades - Senso agropecuário. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pesquisa/24/76693

IBGE – Instituto brasileiro de geografia e estatística (2021). Cidades e Estados. https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mt/alta-floresta.html

Izidoro, M., Prates, A. R., Neves, C. S., Souza, E. P., Lossolli, N. A. B., & Bonfim, F. P. G. (2021). Functional and organoleptic properties of condiment plants: Review. Research, Society and Development, 10(6), e2010614958. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.14958.

Jesus, F. N., Machado, C. F., Souza, V. O., Matos, M. S. S., Silva, J. S., Ledo, C. A. S., & Faleiro, F. G. (2014). Caracterização morfoagronômica de acessos da coleção de maracujá da Embrapa Mandioca e Fruticultura. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 61, 1–26.

Kageyama, P. Y., & Gandara, F. B. (1998). Indicadores de sustentabilidade de florestas naturais. Série Técnica IPEF, 12(31), 79–84.

Linnaeus, C. (1753). Species Plantarum. Vol. 1. Imprensis Laurentii Salvii: Holmiae.

Lleras, E. (2012). Bixa arborea in Bixa (Bixaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB005744

Lorenzi, H., & Matos, F. J. A. (2008). Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum.

Machado, P. D. S. (2015) Caracterização do Uxi (Endopleura uchi) em três estádios de desenvolvimento. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil.

Mantovani, N. C., Grando, M. F., Xavier, A., & Otoni, V. C. (2013). Avaliação de genótipos de urucum (Bixa orellana L.) por meio da caracterização morfológica de frutos, produtividade de sementes e teor de bixina. Ciência Florestal, 23(2), 355-362. https://doi.org/10.5902/198050989281

Mercadante, A. Z., Steck, A., & Pfander, H. (1997). Isolation and identification of new apocarotenoids from annatto (Bixa orellana) seeds. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 45 (4), 1050–1054. https://doi.org/10.1021/jf960412k

Moreira, P. A., Lins, J., Dequigiovanni G., Veasey E., & Clement C. R. (2015). The Domestication of Annatto (Bixa orellana) from Bixa urucurana in Amazonia. Economic Botany, 69(2), 127–135.

Moreira, V. S. (2013). Atividade antioxidante e caracterização físico-química de variedades de urucueiros in natura e encapsulado. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual do Sudoete da Bahia, Itapetinga, BA, Brasil.

Newbold, T., Hudson, L., Hill, S., Contu, S., Lysenko, I., Senior, R., Börger, L., Bennett, D., Choimes, A., Collen, B., Day, J., De Palma, A., Diaz, S., Echeverria-Londono, S., Edgar, M., Feldman, A., Garon, M., Harrison, M., Alhusseini, T., & Purvis, A. (2015). Global effects of land use on local terrestrial biodiversity. Nature, 520, 45–50 (2015). https://doi.org/10.1038/nature14324

Oliveira, A. C. A. X., Silva, I. B., Manhàes-Rocha, D. A., & Paumgartten, F. J. R. (2003). Induction of liver monooxigenases by anatto and bixin in females rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 36(1), 113–118.

Oliveira, A. C., Endringer, D. C., Amorim, L. A., Graças, L. B. M., & Coelho, M. M. (2005). Effect of the extracts and fractions of Baccharis trimera and Syzygium cumini on glycaemia of diabetic and non-diabetic mice. Journal of Ethnopharmacology, 102, 465–469. https://doi.org/10.1016/j.jep.2005.06.025

Pillai, S., Soni, S., Dhulap, S., & Hirwani, R. R. (2018). Pharmacological and cosmeceutical applications of Bixa orellana L.: a reviw of the cscientific and patent literature. Indian Journal of Natural Products and Resources, 9(4), 281–289.

PMAF – Prefeitura municipal de Alta Floresta MT (2021). Geografia. https://www.gp.srv.br/transparencia_altafloresta/servlet/inf_div_detalhe?12

Poltronieri, M. C., Martins, C. S., Rodrigues, J. E., Costa, M. R., & Nazaré, R. F. R. (2001). Novas Cultivares de Urucum: Embrapa 36 e Embrapa 37. Embrapa Amazônia Oriental. Belém, 21.

Poppendieck, H. H. (1981). Cochlospermaceae. Flora Neotropica Monograph. 27 (s/n)1-33. https://doi.org/10.1590/2175-78602017683423

Primack, R. B., & Rodrigues, E. (2001). Biologia da Conservação. Editora Planta.

Raddatz-Mota, D., Pérez-Flores, L. J., Carrari, F., Mendozaespinoza, J. A., León-Sánchez, F. D., Pinzón-López, L. L., Godoy-Hernández, G., & Rivera-Cabrera, F. (2017). Achiote (Bixa orellana L.): a natural source of pigment and vitamin E. Journal of Food, Science and Technology, 54(6), 1729–1741. https://doi.org/10.1007/s13197-017-2579-7

Radford, A. E., Dickison, W. C., Massey, J. R., & Bell, C. R. (1974). Vascular plant systematics. Harper & Row.

Richter, H. G., & Dallwitz, M. J. (2000). Commercial timbers: descriptions, illustrations, identification, and information retrieval. In English, French, German, Portuguese, and Spanish. Version: 9th April 2019. https://www.delta-intkey.com/

Rivera-Madrid, R., Aguilar-Espinosa, M., Cárdenas-Conejo, Y., & Garza-Caligaris, L. E. (2016). Carotenoid derivates in Achiote (Bixa orellana) seeds: synthesis and health promoting properties. Frontiers in Plant Science, 7 (s/n). https://doi.org/10.3389/fpls.2016.01406

Sales, E. H., Rosa, P. V. S., Mafra, N. S. C., Soares, L. B. C., Duarte, R. V. S., Dias, A. A. S., Costa, A. T., Nunes, L. K. S., Sousa, T. L., Felizardo, M. G. A. C., Oliveira, J. P. M., & Everton, G. O. (2020). Influence of drying on the biological potentials of Bixa orellana L. essential oil. Research, Society and Development, 9(8), e737986371. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6371.

Silva, S. B., Sousa, V., Santos, C., Mariano, D., & Okumura, R. (2017). Levantamento florístico do componente arbustivo-arbóreo da vegetação ciliar de fragmento no rio Parauapebas. Revista Agroecossistemas, 9(1), 99–115. http://dx.doi.org/10.18542/ragros.v9i1.4780

Soares, V. L., Rodrigues, S. M., Oliveira, T. M., Queiroz, T. O., Lima, L. S., Hora Junior, B. T., Gramacho, K. P., Micheli, F., Cascardo, J. C. M., Otoni, W. C., Gesteira, A., & Costa, M. G. C. (2011). Unraveling new genes associated with seed development and metabolism in Bixa orellana L. by expressed sequence tag (EST) analysis. Molecular Biology Reporter, 38 (2), 1329–1340. https://doi.org/10.1007/s11033-010-0234-8

Souza, V. C., & Lorenzi, H. (2019). Botânica sistemática. Nova Odessa: Instituto Plantarum.

Stevens, P. F. (2021). Angiosperm Phylogeny Website. Version 14, July 2017 [and more or less continuously updated since]." will do. http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/

Suassuna, T. M, Freitas, F. O., & Matos, R. G. (2016). Caracterização de variedades de amendoim provenientes do Parque nacional do Xingu. In. Diálogos de saberes - relatos da Embrapa. Embrapa. https://doi.org/10.1016/j.bjp.2015.07.024

Van Der Valk, A. G. (1981). Succession in wetlands: a Gleasonian approach. Ecology, 62(3), 689–696. https://doi.org/10.2307/1937737

Zappi, D. C., Sasaki, D., Milliken, W., Piva, J., Henicka, G. S., Biggs, N., & Frisby, S. (2011). Plantas vasculares da região do Parque Estadual Cristalino, norte de Mato Grosso, Brasil. Manaus, Acta Amazonica, 41(1), 29–38. https://doi.org/10.1590/S0044-59672011000100004

Downloads

Publicado

17/07/2021

Como Citar

FURINI, T.; KARSBURG, I. V. .; FERNANDES, J. M. .; DOMINGUES, S. C. de O. .; BARROS , J. de O. .; SCHMITT, J. P. M. .; MOREIRA, E. S. .; SCATOLA, L. F. . Morfologia fenotípica de Bixa arborea e Bixa orellana (Bixaceae) em Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. e54110817706, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i8.17706. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17706. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas