Caracterização físico-química da polpa e da casca da pitomba brasileira (Talisia esculenta (A. St.-Hill.) Radlk)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1774

Palavras-chave:

Talisia esculenta; minerais; carotenoides; vitamina C.

Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar a composição físico-química e os compostos bioativos da polpa e da casca da pitomba provenientes do estado de Sergipe / Brasil. Foram determinados o rendimento, a caracterização físico-química, o conteúdo mineral, vitamina C e os carotenóides da polpa e da casca da pitomba. A casca apresentou um rendimento de 44,60% da fruta. Observou-se uma quantidade significativa de vitamina C (20,68 ± 2,93 mg / 100g de amostra fresca) e carotenóides (43,56 ± 2,04 μg / mL do extrato) na polpa, enquanto a casca apresentou elevado conteúdo de minerais, principalmente de potássio (223,00 ± 2,00 mg / 100g), cálcio (78,90 ± 0,40 mg / 100g) e magnésio (47,50 ± 0,90 mg / 100g). O conhecimento dos constituintes da casca e da polpa da pitomba in natura contribui para agregação de valor ao fruto, uma vez que busca incentivar o seu melhor aproveitamento, considerando que normalmente a casca é descartada, sendo apenas a polpa destinada ao consume humano.

Referências

Alves, E.U., Silva, B., Gonçalves, E.P., Cardoso, E,A., & Alves, A.U. (2009). Germinação e vigor de sementes de Talisia esculenta (St. Hil) Radlk em função de diferentes períodos de fermentação. Semina: Ciências Agrárias, 30(4), 761-770.

Andrade, R.A. (2008). Caracterização morfológica e química de frutos de rambutan. Revista Brasileira de Fruticultura, 30(4), 958-963.

AOAC. (1995). Official Methods of Analysis of AOAC (16a ed.). Washington, DC: Association of Official Analytical Chemists.

AOAC. (1998). Peer-verified methods program. Manual on polices and procedures (1a ed.). Washington, DC: Association of Official Analytical Chemists.

Bligh, E.G., & Dyer, W.J. (1959). A rapid method of total lipid extraction and purification. Canadian Journal of Biochemistry ans Physiology, 37(8), 911-917.

Bonfim, L.F.C., Costa, I.V.G., & Benvenuti, S.N.P. (2002). Projeto Cadastro da Infra-Estrutura Hídrica do Nordeste: Estado de Sergipe. Diagnóstico do Município de Areia Branca. Aracaju: CPRM.

BRASIL. (2016). Ministério da Saúde. Na cozinha com as frutas, legumes e verduras. Brasília, DF.

BRASIL. (2018). Ministério do meio ambiente. Biodiversidade. [accessed 2018 Feb 04]. http://www.mma.gov.br/biodiversidade.

Christmann, V., Gradussen, C.J.W., Kornmann, M.N., Roeleveld, N., Roeleveld, N., Goudoever, J.B.V., & Heijst, A.F.J. (2016). Changes in Biochemical Parameters of the CalciumPhosphorus Homeostasis in Relation to Nutritional Intake in Very Low-Birth-Weight Infants. Nutrients, 8(12), 1-12.

Chitarra, M.I.F., Chitarra, A.B. (2005). Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio (2a ed.). Lavras: UFLA.

Coradin, L., Siminski, A., & Reis, A. (2011). Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial. Brasília.

Couto, M.A.L., & Canniatti-Brazaca, A.G. (2010). Quantificação de vitamina C e capacidade antioxidante de variedades cítricas. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 30(1), 15-19.

Denardin, C.C., Hirsch, E.G., Rocha, R.F., Vizzotto, M., Henriques, A.T., Moreira, J.C.F., Guma, F.T.C.R., & Emanuelli, T. (2015). Antioxidant capacity and bioactive compounds of four Brazilian native fruits. Journal of Food and Drug Analyses, 23(3), 387-398.

Freire, M., Souza, I.A., Silva, A.C., Macedo, M.L., Lima, M.S., Tamashiro, W.M., Antunes, E., & Marangoni, S. (2003). Inflammatory responses induced in mice by lectin from Talisia esculenta seeds. Toxiconomy, 42(3), 275-280.

Galani, J.H.Y., Patel, J.S., & Patel, J.N. (2017). Storage of Fruits and Vegetables in Refrigerator Increases their Phenolic Acids but Decreases the Total Phenolics, Anthocyanins and Vitamin C with Subsequent Loss of their Antioxidant Capacity. Antioxidants, 6(3), 1-19.

Giulietti, A.M., Bocage-Neta, A.L., & Castro, A.A.J. (2004). Diagnóstico da vegetação nativa do bioma Caatinga. In: Biodiversidade da Caatinga: ações prioritárias para conservação. Recife: JMMA.

Gobbo, N.L., & Lopes, N.P. (2007). Medicinal plants: factors of influence on the content of secondary metabolites. Química Nova, 30(2), 374-381.

Institute of Medicine. (2000). Dietary reference intakes for vitamin C, vitamin E, elenium, and carotenoids. Washington (DC): National Academy Press.

Lichtenthaler HK. (1987). Chlorophylls and carotenoids: pigments of photosynthetic biomembranes. In: PACKER, L., DOUCE, R. (Eds.) Methods in Enzimology. London: Academic Press, 148, 362-385.

Macedo, E.M.C., Amorim, M.A.F., Silva, A.C.S., & Castro, C.M.M.B. (2010). Efeitos da deficiência de cobre, zinco e magnésio sobre o sistema imune de crianças com desnutrição grave. Revista Paulista de Pediatria, 28 (3), 329-336.

Manhaes, L.R.T., & Sabaa-Srur, A.U.O. (2011). Centesimal composition and bioactive compounds in fruits of buriti collected in Pará. Food Science and Technology, 3(4), 856-863.

Marin, A.M., Siqueira, E.M., & Arruda, S.F. (2009). Minerals, phytic acid and tannin contents of 278 18 fruits from the Brazilian savanna. International Journal of Food Science and Nutrition, 60(7), 180-190.

Martins, E.M., Jodas, G., Voltera, A.F., Milton, G., Osvaldo, K.J., Cesaretti, A.N.C., & Ribeiro, M.L. (2014). Efeito do exercício e suplementação de potássio sobre a PA, metabolismo glicídico e albuminuria de ratos hipertensos. Brazilian Journal of Nephrology, 36(3), 271-279.

Merril, A.L., & Watt, B.K. (1973). Energy value of foods: basis and derivation. Washington, DC: USDA.

Neri-Numa, I.A., Silva, L.B.C., & Ferreira, J.E.M. (2014). Preliminary of antioxidant, antiproliferative and antimutagenic activities of pitomba (Talisia Esculenta). LWT - Food Science and Technology, 59(2), 1233-1238.

TACO. Tabela brasileira de composição dos alimentos. (2011). Núcleo de Estudos e pesquisas em Alimentação. (4a ed.). Campinas: UNICAMP.

Pereira, G.A.P., Genaro, P.S., Pinheiro, M.M., Szeinfeld, V.L., & Martini, L.A. (2009). Cálcio dietético – estratégias para otimizar o consumo. Revista Brasileira de Reumatologia, 49(2), 164-171.

Queiroz, E.R., Abreu, C.M.P., & Oliveira, K.S. (2012). Constituintes químicos das frações de lichia in natura e submetidas à secagem: potencial nutricional dos subprodutos. Revista Brasileira de Fruticultura, 34(4), 1174-1179.

Queiroz, E.R., Abreu, C.M.P., Oliveira, K.S., Ramos, V.O., & Fráguas, R.M. (2015). Bioactive phytochemicals and antioxidant activity in fresh and dried lychee fractions. Revista Ciência Agronômica, 46(1), 163-169.

Rodrigues-Amaya, D.B., Kimura, M., & Amaya-Farfan, J. (2008). Fontes brasileiras de carotenóides: tabela brasileira de composição de carotenóides em alimentos. Brasília: MMA/SBF.

Santos, T.C., & Prata, A.P.N. (2012). Frutos da Caatinga de Sergipe utilizados na alimentação humana. Scientia Plena, 8(4), 1-7.

Silva, M.R., Lacerda, D.B.C.L., Santos, S.G.G., & Martins, D.M.O. (2008). Chemical characterization of native species of fruits from savanna ecosystem. Ciência Rural, 38(6), 1790-1793.

Sousa, P.B., Silva, E.F., & Lima, M.A. (2012). Avaliação físico-química de lichias (Litchi chinensis Sonn.) comercializadas em Teresina-Piauí. VII CONNEPI.

Wall, M.M. (2006). Ascorbic acid and mineral composition of longan (Dimocarpus longan), lychee (Litchi chinensis) and rambutan (Nephelium lappaceum) cultivars grown in Hawaii. Journal of Food Composition and Analyses, 19(6), 655-663.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

FRAGA, L. N.; OLIVEIRA, A. K. de S.; ARAGÃO, B. P.; SILVA, A. M. de O. e; WARTHA, E. R. S. de A.; BACCI, L.; LOBATO, L. P.; CARVALHO, I. M. M. de. Caracterização físico-química da polpa e da casca da pitomba brasileira (Talisia esculenta (A. St.-Hill.) Radlk). Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 1, p. e122911774, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i1.1774. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1774. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas