Análise Crítica da Pesquisa Narrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17743

Palavras-chave:

Pesquisa Narrativa; Abordagem Narrativa; Análise crítica da pesquisa narrativa.

Resumo

O contínuo desenvolvimento de abordagens teóricas e metodológicas permitem novas ideias sobre a realidade empírica. A abordagem narrativa permite captar os atores relevantes, suas múltiplas motivações, interesses, atividades e uma interação entre os vários elementos contextuais, fornecendo, assim, um elemento essencial para a compreensão dos vários tipos de processos. É necessária uma base de evidência sobre como os métodos de narrativa podem agregar valor para as formas mais convencionais de pesquisa. A presente pesquisa identifica-se como estratégia associada à abordagem qualitativa, pois estuda-se sobre a pesquisa narrativa a partir de uma análise crítica do levantamento bibliográfico realizado em livros e revistas internacionais. Assim, procurou-se demonstrar a profundidade e o alcance da contribuição da pesquisa narrativa. Esta pesquisa aborda como tema-chave o que caracteriza o desenvolvimento da pesquisa narrativa, perfazendo uma conceituação histórica e tratando sobre a abordagem da pesquisa narrativa, os tipos de coletas de dados e uma análise crítica da pesquisa narrativa.

Biografia do Autor

Tássio Mascarenhas de Carvalho, Centro Universitário Campo Limpo Paulista

Doutorando e Mestre em Administração das Micro e Pequenas Empresas pelo Centro Universitário Campo Limpo Paulista - UNIFACCAMP, Brasil. Bacharel em Administração pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI (2020). Bacharel em Direito pelo CEUT (2010). Especialista em Gestão Pública pela UFPI (2014). Especialista em Docência do Ensino Superior pela UESPI (2014). Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera-Uniderp (2012). Docente da Faculdade Estácio Teresina nos cursos: Bacharelado em Administração, Bacharelado em Contábeis e Gestão de Recursos Humanos. Professor Tutor à Distância no Curso Bacharelado em Administração da UFPI. Secretario de Curso na Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia (Facto).

Cristiane Rodrigues da Silva, Centro Universitário Campo Limpo Paulista

Doutoranda em Administração das Micro e Pequenas Empresas pela UNIFACCAMP. Mestre em Administração das Micro e Pequenas Empresas pela UNIFACCAMP. Possui graduação em Administração com Habilitação em Administração Hospitalar pelo Centro Universitário Fundação Santo André (1997). Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração Pública

Eliane Maria Pires Giavina Bianchi, Centro Universitário Campo Limpo Paulista

Doutora em Ciências e Mestre em Administração com ênfase em Gestão de Pessoas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo. Engenheira de Produção pela Escola Politécnica (POLI), também da Universidade de São Paulo. Realizou outros cursos de extensão com foco em gestão estratégica de pessoas (Stanford University and Fundação Getúlio Vargas). Qualificada e certificada nos instrumentos de assessment individual MBTI, MBTI II, Birkman, EQI 2.0 e certificada em Neuro Coaching pela Results Coaching System. Professora do corpo permanente da UNIFACCAMP para o Mestrado Profissional e Doutorado em Administração. Ministra disciplinas de Gestão Estratégica de Pessoas, Comportamento Organizacional, Cultura Organizacional e Análise e Transformação das Organizações em programas de MBA, pós-MBA, de educação executiva em entidades conceituadas no Brasil. Mais de 25 anos de experiência em Gestão Estratégica de Pessoas, desenvolvimento e mudança organizacional com atuações como Diretora de Recursos Humanos no Grupo Ultra, Thomson Reuters e Grupo Abril, além de experiências como consultora de gestão e mudanças na Monitor, Accenture e, atualmente, na Giavina-Bianchi. Atualmente, pesquisa temas ligados a gestão estratégica de pessoas, estratégia empresarial e de gestão de pessoas e empreendedorismo. 

Referências

Bartel, C. A.; Garud, R. (2009). The role of narratives in sustaining organizational innovation. Organization Science, 20(1), 107–117.

Boje, D. M. (2001) Narrative Methods for Organizational and Communication Research. London: Sage.

Boyce, M. E. (1996) Organizational story and story-telling: a critical review. Journal of Organizational Change Management, 9, 5-26.

Bruner, J. (1986) Actual minds, possible words. Cambridge: Harvard University Press.

Bruner, J. (1990) Acts of meaning. Cambridge, MA: Harvard Univer- sity Press.

Bruner, J. (2002) Making stories. Law, Literature, Life. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Chase, S. (2005). Narrative inquiry: Multiple lenses approaches, voices. In N. K. Denzin and Y. S. Lincoln (Eds.), The Sage handbook of qualitative research (3rd ed, pp. 651-680). Thousand Oaks, CA: Sage.

Clandinin, D. J., & Connelly, F. M. (2000). Narrative inquiry: Experience and story in qualitative research. San Francisco: Jossey-Bass.

Clark, B. R. (1972) The organizational saga in higher education. Administrative Science Quarterly, 17, 178-184.

Coffey, A., & Atkinson, P. (1996) Making sense of qualitative data. Complementary research strategies. Thousand Oaks: Sage Publications.

Cortazzi, M. (1993) Narrative analysis. London: Falmer Press.

Creswell, J. (2007) Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Bookman.

Curtis, R. (1994). Narrative form and normative force: Baconian story-telling in popular science. Social Studies of Science, 24(3), 419–461.

Czarniawska, B. (1998). A Narrative Approach to Organization Studies. Thousand Oaks, CA: Sage.

Czarniawska, B. (2004). Narratives in social science research. Thousand Oaks, CA: Sage.

Daiute, C., & Lightfoot, C. (2004). Narrative analysis: Studying the development of individuals in society. Thousand Oaks, CA: Sage.

Denzin, N. K. (1989). Interpretive Biography. London: Sage.

De Waard, A. (2010). From Proteins to Fairytales: Directions in Semantic Publishing, Intelligent Systems, IEEE, 25(2), 83-88.

Eastmond, M. (2007). Stories as lived experience: narratives in forced migration research. J Refug Stud. 20(2):248-64.

Elliiot, J. (2005). Using narrative in social research: Qualitative and quantitative approaches. London: Sage.

Flick, U. (2002). An introduction to qualitative research. London: Sage.

Gabriel, Y. (1998). The use of stories. In Symon, G. and Cassell, C. (eds), Qualitative Methods and Analysis in Organizational Research: A Practical Guide. Thousand Oaks, CA: Sage, pp. 135 –160.

Gabriel, Y. (2000). Storytelling in Organizations, Facts, Fictions, and Fantasies. Oxford: Oxford University Press.

Gergen, K. (1994). Realities and relationships: Soundings in social construction. Cambridge, l1A: Harvard University Press.

Greenhalgh, T. (2016). Cultural contexts of health: the use of narrative research in the health sector. Copenhagen: WHO Regional Office for Europe.

Greenhalgh, T., & Hurwitz, B. (1999). Why study narrative? BMJ. 318(7175):48–50.

Juho, A., Mainela, T., & Pernu, E. (2010). Levels of processes, intertwining actions and network change. Paper presented at the. 26th IMP Conference, September 2–4, 2010, Budapest, Hungary.

Kjellberg, H., & Andersson, P. (2003). Where is the action? The reconstruction of action in business narratives. In A. Woodside (Ed.), Advances in Business Marketing and Purchasing, Evaluating marketing actions and outcomes (pp. 13–58). Oxford: Elsevier Science.

Labov, W., & Waletzky, J. (1967). Narrative analysis: Oral versions of personal experience. In J. Helm (Ed.), Essays on the verbal and visual arts (pp. 12-44). Seattle: University of Washington Press.

Langley, A. (1999). Strategies for theorizing from process data. The Academy of Management Review, 24(4), 691–710.

Linde, C. (2001). Narrative and social tacit knowledge. Journal of Knowledge Management, 5(2), 160-170.

Lieblich, A., Tuval-Mashiach, R., & Zilber, T. (1998). Narrative research: Reading, analysis, and interpretation. Thousand Oaks, CA: Sage.

Mishler, E. G. Research interviewing. Cambridge (MA): Harvard University Press, 1991.

Mitroff, I. I.; Kilmann, R. H. Methodological Approaches to Social Science. London: Jossey-Bass, 1978.

Mitroff, I. I., & Kilmann, R. H. (1976). On organizational stories: an approach to the design and analysis of organizations through myths and stories. In Kilmann, R.H., Pondy, L.R. & Slevin, D.P. The Management of Organizational Design, Vol. 1. New York: North-Holland, pp. 189 –207.

Parker, M. (2002). Against management: Organisation in the Age of Managerialism. Cam- bridge: Polity.

Pentland, B. T. (1999). Building process theory with narrative: from description to explanation. Academy of Management Review, 24, 711–724.

Pinnegar, S., & Daynes, J. G. (2006). Locating narrative inquiry historically: Thematics in the turn to narrative. In D. J. Clandinin (Ed.), Handbook of narrative inquiry. Thousand Oaks, CA: Sage.

Polkinghorne, D. E. (1995). Narrative configuration in qualitative analysis. Qualitative Studies in Education, 8, 5-23.

Polkinghorne, D. E. (1988). Narrative Knowing and the Human Sciences. Albany: State University of New York.

Riessman, C. K. (1993). Narrative analysis. Newbury Park, CA: Sage.

Riessman, C. K. (2002). Analysis of personal narratives. In J. F. Gubrium, & J. A. Holstein (Eds.), Handbook of interview research (pp. 695–709). Thousand Oaks, CA: Sage Publications.

Ricoeur, P. (1983). Time and Narrative, Vol. 1 (trans. K. McLaughlin and D. Pellauer). Chicago: University of Chicago Press.

Schau, H. P., & Mun˜iz, A. M. (2006). A tale of tales: The Apple Newton narratives. Journal of Strategic Marketing, 14, 19-33.

Sheehan, J., & Rode, S. (1999). On scientific narrative: Stories of light by Newton and Einstein. Journal of Business and Technical Communication, 13 (3), p. 336-358.

Soin, K., & Scheytt, T. (2006). Making the case for narrative methods in cross-cultural organizational research. Organizational Research Methods, 9 (1), 55-77.

Van Buskirk, W., & Mcgrath, D. (1992). Organizational stories as a window on affect in organizations. Journal of Organizational Change Management, 5, 9–24.

Watson, T. J. (2009). Narrative, life story and manager identity: A case study in autobiographical identity work. Human Relations, 62(3), 425-452.

Weick, K. E. (1969). The social psychology of organizing. Addison-Wesley Publishing Company, Reading.

Wengraf T. (2001). Qualitative research interviewing: biographic narrative and semi- structured methods. London: Sage.

White, M. (2007). Maps of narrative practice. New York: WW Norton.

Downloads

Publicado

09/07/2021

Como Citar

CARVALHO, T. M. de .; SILVA, C. R. da .; BIANCHI, E. M. P. G. Análise Crítica da Pesquisa Narrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. e54510817743, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i8.17743. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17743. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

v. 10 n. 8

Seção

Ciências Humanas e Sociais

Licença

Copyright (c) 2021 Tássio Mascarenhas de Carvalho; Cristiane Rodrigues da Silva; Eliane Maria Pires Giavina Bianchi

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.