Benefícios do protocolo de manuseio mínimo em pacientes pré-termos extremos: percepção da equipe multiprofissional
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.17870Palavras-chave:
Recém-Nascido; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Enfermagem NeonatalResumo
O protocolo considera o princípio de Levine, a respeito da conservação de energia, integridade estrutural, pessoal e social, proporcionando suporte terapêutico com menos estresse para RNs de alto risco. A pesquisa objetiva conhecer a compreensão dos profissionais envolvidos na sistematização do Protocolo de Manuseio Mínimo (PMM) e investigar, no olhar da equipe, a influência do PMM na vida atual e a longo prazo no RN prematuro extremo durante a assistência, conhecer como é constituído o PMM na instituição e descrever os sentimentos dos profissionais quanto à capacitação para as boas práticas da realização adequada do método. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Foi realizada com a equipe multiprofissional da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), do Hospital Municipal de Canoas/RS. Os profissionais entrevistados foram médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e profissionais formados em nível técnico de enfermagem que utilizaram em algum momento o PMM no RN extremo ou de alto risco. A coleta de dados deu-se através de uma entrevista semiestruturada com cinco perguntas abertas, que formaram as pré-categorias: constituição do PMM na instituição, benefícios a curto prazo e longo prazo, capacitação para a realização do manuseio mínimo. Os critérios de exclusão foram os profissionais desse hospital que recusaram-se a participar ou ausentavam-se. O principal benefício encontrado no trabalho foi a prevenção de hemorragia craniana através do PMM e do baixo estímulo foto, todavia evidenciou-se o indicie aquém do necessário de treinamentos da equipe. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética sob parecer nº 3.361.742 e CAAE 09495519.4.0000.5349.
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