Educação em saúde no controle do Aedes aegypti – da teoria à prática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17912Palavras-chave:
Educação em saúde; Tríplice epidemia; Antropofilía; Pesquisa-ação; Ensino.Resumo
Os surtos epidêmicos de dengue no Brasil têm sido cada vez mais frequentes. No ano de 2020 a pandemia de COVID19 associada aos casos de dengue, zika e chikungunya expuseram a capacidade finita do sistema de saúde, o que torna o tema dengue ainda mais urgente. Todos os anos somos alertados sobre a importância de se eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti (Linnaeus, 1762), por meio de campanhas educativas nas mídias locais, nas redes sociais, entre outros. A partir desse cenário, nesse trabalho buscamos elencar os principais motivos apresentados por alguns autores para essa baixa adesão da população, bem como, apresentar as principais soluções apontadas na literatura científica. Foram apontadas diretrizes gerais a fim de que os profissionais de saúde e educação desenvolvam alternativas capazes de integrar a saúde e educação, além de promover um maior engajamento da população às práticas de controle do vetor.
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