Efeito dos sistemas de manejo e do uso do solo na população de microrganismos do solo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17966Palavras-chave:
Gliricídia; População; Profundidade; Unidade formadora de colônia.Resumo
As avaliações quantitativas da densidade populacional na comunidade microbiana nos solos são importantes para estabelecer relações ecológicas que ocorrem no solo e identificar fatores que exercem influência no equilíbrio microbiológico. Objetivou-se quantificar os microrganismos do solo com potencial de uso agrícola presente em diferentes manejos de uso do solo. O experimento foi conduzido no Instituto Federal de Ciências e Tecnologia de Roraima - Campus Novo Paraíso, no município de Caracaraí, Roraima. O experimento foi realizado em três áreas, solo em sistemas de cultivo consorciados, área com gliricídia, laranja e banana, área com laranja e essência florestal e mata. Em cada área foi coletado amostras de solo nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm. A microbiota ativa do solo foi avaliada pela técnica de plaqueamento em superfície. A quantificação foi obtida por unidades formadoras de colônias por grama de solo (UFC g solo-1). As placas foram incubadas em estufa de crescimento a 28 ºC por 48 e 96 horas, após esse período foi realizada a contagens das unidades formadoras de colônias. A quantificação dos organismos amonificadores, celulolíticos e actinobactérias foi obtido pela suspensão do solo, utilizando meios de cultura específicos para cada organismo. Os resultados demostram que o solo com o consórcio gliricídia, laranja e banana apresenta uma maior população de microrganismos (total, celulolíticos, amonificadores e actinobactérias), mostrando ser uma alternativa para sistemas de consórcios com culturas agrícolas, proporcionando uma maior biodiversidade de microrganismos no solo, além de ajudar no fornecimento de nitrogênio para as espécies.
Referências
Araújo, R. S. (1993). Mutational analysis of the cell surface and nodulation competitiveness of rhizobium legumnosarrum biovar pphaseoli. Madison: University of Wisconsin.
Arifuzzaman, M; Khatun, M. R. & Rahman, H. (2010). Isolation and screening of actinomycetes from Sundarbans soil for antibacterial activity. African Journal of Biotechnology. 9, 4615- 9.
Bandick, A. K. & Dick, R. P. (1999). Fild management effects on soil enzyme activities. Soil Biology and Biochemistry. 31, 1471 - 9.
Barreto, A. C. & Fernandes, M. F. (2001). Cultivo de Gliricidia sepium e Leucaena leucocephala em alamedas visando a melhoria dos solos dos tabuleiros costeiros. Pesquisa agropecuária brasileira. Brasília. 36 (10), 1287-93.
Bell, T., Newman, J. A., Silverman, B. W., Turner, S. I. & Liley, A. K. (2005). The contribution of species richness and composition to bacterial services. Nature. 436, 1157- 60.
Brockwell, J., Pilka, A. Y. & Holliday, R. A. (1991). Soil pH is a major determinant of the numbers of naturally ocurring Rhizobium meliloti in non-cultivated soils in central New South Wales. Australian Journal of Experimental Agriculture. 31, 211 - 9.
Cardoso, A., Potter, O. R. & Dedecek, A. R. (1992). Estudo comparativo da degradação de solos pelo uso agrícola no Noroeste do Paraná. Pesquisa Agropecuária Brasileira. 27 (2), 349 - 53.
Cardoso, E. J. B. N. et al. (1992). Microbiologia do solo. Campinas: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 360
Carrer Filho, R. (2002). Actinomicetos como agentes de biocontrole de doenças e como promotores de crescimento do tomateiro. 78 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG.
Cherubin, M. R., Eitelwein, M. T., Fabbris, C., Weirich, S. W., Silva, R. F., Silva, V. R. & Basso, C. J. (2015). Qualidade física, química e biológica de um Latossolo com diferentes manejos e fertilizantes. Revista Brasileira Ciência do Solo. 39, 615 - 25.
Clark, F. E. Agarplate method for total microbial count. In: Black, C. A., Evans, D. D., Ensminger, L. E., White, J. L. & Clark, F. E. (1965). Methods of soil analysis. Madison: American Society of Agronomy.
Dionísio, J.A.; et al. (2016). Guia prático de biologia do solo. Curitiba:SBCS/NEPAR, 152
Espindola, J. A. A. et al. (2006). Bananeiras consorciadas com leguminosas herbáceas perenes utilizadas como coberturas vivas. Pesquisa agropecuária brasileira. Brasília. 41 (3), 415 - 20.
Ferreira, E. P. B., Stone, L. F. & Martin-Didonet, C. C. G. (2017). População e atividade microbiana do solo em sistema agroecológico de produção. Revista Ciência Agronômica. 48 (1), 22-31.
Giongo, A., Passaglia, L. M. P., Freire, J. R. J. & Sá, E.L.S. (2007). Genetic diversity and symbiotic efficiency of population of rhizobia of Phaseolus vulgaris L. in Brazil. Biol Fert Soils. 43, 593 - 8.
Jacobsen, C.S. & Hjelmsø, M. H. (2014). Agricultural soils, pesticides and microbial diversity, Cur. Op. Biot. 27, 1520.
Kennedy, A. & Doran, J. (2002). Sustainable agriculture: role of microorganisms. In: Bitton, G. (Org.) Encyclopedia of Environmental Microbiology. New York: John Wiley & Sons. 3116 - 26.
Mangamuri, U. K., Vijayalakshmi, M. & Poda, S. (2014). Explorration of actinobacteria from mangrove ecosystems of Nizampatnam and Coringa for antimicrobial compounds and industrial enzymes. British Biotechnology Journal. 4 (2), 173 - 82.
Mathew, R. P., Feng, Y. C., Githinji, L., Ankumah, R. & Balkcom. K. S. (2012). Impact of no-tillage and conventional tillage systems on soil microbial communities. App. Env. S. Sc., 1-10.
Melo, V. F., Silva, D. T., Evald, A., Rocha, P. R. R. (2017). Chemical and biological quality of the soil in different systems of use in the savanna environment. Revista Agro@mbiente on-line. 11(2): 101-10.
Melloni, R., Pereira, E. G., Trannin, I. C. B., Santos, D. R., Moreira, F. M. S. & Siqueira, J. O. (2001). Características biológicas de solos sob mata ciliar e campo cerrado no sul de Minas Gerais. Ciência e Agrotecnologia, Lavras. 25, 7-13.
Moreira, A. & Costa, D. G. (2014). Dinâmica da matéria orgânica na recuperação de clareiras da floresta amazônica. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília. 39(10): 1013 - 9.
Moreira, F.M.S. & Siqueira, J.O. (2006). Microbiologia e bioquímica do solo. 2.ed. Lavras, Universidade Federal de Lavras – UFLA.
Moreira, F.M.S, Cares, J.E., Zanetti, R. & Stürmer, S. L. (2013). O Ecossistema solo: componentes, relações ecológicas e efeitos na produção vegetal. Editora UFLA – Lavras – MG, 352
Nair, A. & Ngouajio, M. (2012). Soil microbial biomass, functional microbial diversity, and nematode community structure as affected by cover crops and compost in an organic vegetable production system. App. S. Ec., 58, 4555.
Neder, R. N. (1992). Microbiologia: manual de laboratório. Nobel.
Paula, P. D. et al. (2015). Decomposição das podas das leguminosas arbóreas gliricídia sepium e acácia angustissima em um sistema agroflorestal. Ciência Florestal. Santa Maria. 25, 791-800.
Pereira A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Previati, R., Silva, J. R. R., Souza, C. R. & Janke, L. (2012). Isolamento e quantificação das populações de bactérias em geral e de Actinomicetos presentes no solo. UNIPAR, Umuarama. 15 (2), 155 - 60.
Pelczar, M, Reid, R. & Chan, E. C. S. (1980) Microbiologia. (1), MAKRON Books do Brasil Editora.
Ramos, M. L. G., Meneghin, M. F. S., Pedroso, C., Guimarães, C. & Konrad, M. L. F. (2012). Efeito dos sistemas de manejo e plantio sobre a densidade de grupos funcionais de microrganismos, em solo de cerrado. Bioscience Journal. 28 (1), 58-68.
Rodrigues, H. B. Ruivo, M. L., Lôla, A. C., Mello, I. F., Moura, Q. L. & Viana, R. S. (2010). Variabilidade quantitativa de populações microbiana observada em solo de floresta tropical úmida, associada às condições microclimáticas. Disponível em: http://www.cbmet2010.com/anais/artigos/76_91999.pdf. Acesso em: nov, 2020.
Ruegger, M. J. S. & Tauk-Tornisielo, S. M. (2004). Atividade da celulase de fungos isolados do solo da Estação Ecológica de Juréia-Itatins, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica. São Paulo. 27 (2), 205-211.
Silva, T. R. G., Costa, M. L. A., Farias, L. R. A., Santos, M. A., Rocha, J. J. L. & Silva, J. V. (2021). Fatores abióticos no crescimento e florescimento das plantas. Research, Society and Development. 10 (4), e19710413817, http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13817
Souza, G. M. (2005). Diversidade de bactérias endofíticas em cana-de-açúcar. Curitiba-PR.
Stöcker, C. M., Monteiro, A. B., Bamberg, A. L., Cardoso, J. H., Morselli, T. B. G. A.; Lima, A. C. R. (2017). Bioindicadores da qualidade do solo em sistemas agroflorestais. 14ª Jornada de Pós-Graduação e Pesquisa.
Tortora, G. J., Funke, B. R. & Case, C. L. (2000). Microbiologia. Artmed.
Van Bruggen, A. H. C. & Semenov, A. M. (2000). In search of biological indicators for soil health and disease suppression. App. S. Ec. 15:13-24.
Yang, J. K., Zhang, J. J., Yu, H. Y., Cheng, J.W. & Miao, L.H. (2014). Community composition and celulase activity of cellulolytic bactéria from forest soils planted with broad-leaved deciduous and evergreen trees. Applied Microbiology and Biotechnology. 98 (3), 1149 - 458.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Maria Lorrayne de Araújo Leal; Josimar da Silva Chaves; Jandiê Araújo da Silva; Lucas Souza da Silva; Ronielly Barbosa Soares; João Pedro Santos do Nascimento; Sandoval Menezes de Matos; Davair Lopes Teixeira Júnior; Alfredo Fernandes de Brito Neto
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.