Incompletude dos dados do programa Hiperdia em Unidades Básicas de Saúde em Marabá, Pará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18040Palavras-chave:
Sistemas de Informação em Saúde; Hipertensão; Sistema Único de Saúde; Diabetes Mellitus; Notificação de doenças.Resumo
O programa Hiperdia é fundamental para que se ocorra o rastreamento, prevenção e tratamento da Hipertensão Arterial e da Diabetes Mellitus no Brasil. Para isso, é utilizada uma ficha de cadastramento com dados do paciente assistido pelo programa que são enviados ao Ministério da Saúde. Contudo, percebe-se que algumas fichas não contêm dados preenchidos em sua totalidade dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Por isso, o objetivo deste estudo é analisar a incompletude das fichas do Hiperdia em UBs na cidade de Marabá-PA. Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado em três UBSs. Foram analisadas 305 fichas cadastrais verificando seu índice de incompletude com o auxílio de um questionário online para coleta de dados. Em seguida, o programa EpiInfo foi utilizado para medir o grau de confiança e a tabulação dos dados foi feita no programa Microsoft Excel. A incompletude das categorias que compõem a ficha de cadastro recebeu critérios de classificação que variaram de “excelente” até “muito ruim”, sendo consideradas excelentes as categorias que possuíam menor índice de incompletude. Verificou-se que grande parte das categorias foram classificadas com “ruim” ou “muito ruim”. Tal resultado demonstra que o emprego do programa Hiperdia apresenta fragilidades na cidade de Marabá. Como consequência, a população da cidade que depende do programa acaba não tendo um acesso ideal à saúde, visto que o repasse incompleto dos seus dados ao Ministério da Saúde dificulta a criação de estratégias de saúde e diminui a oferta de medicamentos para os pacientes do município.
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