Avaliação da força muscular periférica de pacientes hospitalizados com doenças respiratórias submetidos à mobilização precoce

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18045

Palavras-chave:

Exercício; Dinamômetro de força muscular.

Resumo

Objetivo: Avaliar o efeito agudo da força muscular periférica (FMP) de indivíduos hospitalizados com doenças respiratórias submetidos em um protocolo de mobilização precoce associado ou não ao cicloergômetro. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado envolvendo 16 pacientes hospitalizados com doenças respiratórias, dividido aleatoriamente em grupo Mobilização Precoce (MP), que realizou uma sessão de fisioterapia convencional, e grupo Mobilização Precoce associado ao Cicloergômetro (MP+C), submetidos a uma sessão de fisioterapia convencional e exercícios ativos em cicloergômetro. Foram avaliados os parâmetros cardiorrespiratórios e FMP, nos momentos pré e pós-intervenção, através do Teste de Argolas de 6 minutos (TA6) e teste de Força de Preensão Palmar (FPP).  Os dados foram expressos em (média e desvio-padrão) para dados paramétricos e (mediana e intervalo interquartil) para dados não paramétricos, pelo programa GraphPad Prism 8.0, foi calculado o percentual de variação delta e foram realizados teste t student (pareado e não pareado), Wilcoxon, one-way ANOVA e pós teste de tukey, Kruskal-Wallis e pós teste de Dunn, sendo o nível de significância adotado para o tratamento estatístico de (p<0,05). Resultados: O TA6 revelou diferença estatística quando comparados pré e pós-intervenção do grupo MP e MP+C, respectivamente (p=0,01) e (p=0,006). O teste de FPP revelou diferença estatística significativa quando comparados pré e pós- intervenção do grupo MP e MP+C, respectivamente (p=0,03) e (p=0,008). Conclusão: Os resultados sugerem que a mobilização precoce associada ou não ao cicloergômetro pode demonstrar aumento significativo da força muscular periférica, confirmado através do TA6 e FPP, que demonstraram serem métodos seguros e eficazes.

Referências

Akinremi A. A., Erinle O. A., & Hamzat T. K. (2019) ICU-acquired weakness: A multicentre survey of knowledge among ICU clinicians in South-Western Nigeria. Niger J Clin Pract, 22(9):1229-1235.

Appleton R. T., Kinsella J., & Quasim T.(2015) The incidence of intensive care unit-acquired weakness syndromes: A systematic review. J Intensive Care Soc, 16(2):126-136.

Dantas C. M., Silva P. F., Siqueira F. H., Pinto R. M., Matias S., Maciel C., & Tenório E. E. (2012). Influence of early mobilization on respiratory and peripheral muscle strength in critically ill patients. Ver Bras Ter Intensiva, 24(2):173-8.

Doiron K. A., Hoffmann T. C., & Beller E. M. (2018) Early intervention (mobilization or active exercise) for criticallyill adults in the intensive care unit. Cochrane DatabaseSyst Ver, 27;3:CD010754.

Dourado V. Z., Guerra R. L., Tanni S. E., Antunes L. C., & Godoy I. (2013) Reference values for the incremental shuttle walk test in healthy subjects: from the walk distance to physiological responses. J Bras Pneumol, 39(2):190-7.

Farhan H., Moreno-Duarte I., Latronico N., Zafonte R., & Eikermann M. (2016). Acquired Muscle Weakness in the Surgical Intensive Care Unit. Nosology, Epidemiology, Diagnosis, and Prevention. Anesthesiology, 124(1):207-34.

Fontela P. C., Lisboa T. C., Forgiarini-Júnior L. A., & Friedman G. (2018) Early mobilization practices of mechanically ventilated patients: a 1-day point-prevalence study in southern Brazil. Clinics, 29;73:e241.

Hoogendam Y. Y., Van Der Lijn F., Vernooij M. W., Hofman A., Niessen W. J., Van Der Lugt A., & Van Der Geest J. N. (2014) Older age relates to worsening of fi ne motor skills: a population-based study of middle-aged and elderly persons. Front Aging Neurosci., 6:259.

Hu Y., Hu X., Xiao J., & Li D. (2019) Effect of early mobilization on the physical function of patients in intensive care unit: a Meta-analysis. Zhonghua Wei Zhong Bing Ji Jiu Yi Xue, 31(4):458-463.

Karvonen J. J., Kentala E., & Mustala O. (1957) The effects of training on heart rate: a “longitudinal” study. Ann Med Exp Biol Fenn, 35: 307-15.

Koukourikos K., Tsaloglidou A., & Kourkouta L. (2014) Muscle atrophy in intensive care unit patients. Acta Inform Med. 2014;22(6):406-10.

Kress J. P., Hall J. B. (2014) ICU – acquired weakness and recovery from criticalillness. NEngl J Med, 24;370(17):1626-35.

Lima V. P., Almeida F. D., Janaudis-Ferreira T., Carmona B., Ribeiro-Samora G. A. Giane A., & Velloso M. (2018). Valores de referência para o pegboard de seis minutos e o teste do anel em adultos saudáveis no Brasil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 44 (3), 190-194.

Machado A. D. S., Pires-Neto R. C., Carvalho M. T. X., Soares J. C., Cardoso D. M., & Albuquerque I. M. (2017) Effects that passive cycling exercise have on muscle strength, duration of mechanical ventilation, and length of hospital stay in critically ill patients: a randomized clinical trial. J Bras Pneumol, 43(2):134-139.

Morishita S., Wakasugi T., Tanaka T., Harada T., Kaida K., Ikegame K., & Domen K. (2018) Changes in Borg scale for resistance training and test of exercise tolerance in patients undergoing allogeneic hematopoietic stem cell transplantation. Support Care Cancer, 26(9):3217-3223.

Nyberg A., Törnberg A., & Wadell K. (2016) Correlation between limb muscle endurance, strength, and functional capacity in people with chronic obstructive pulmonary disease. Physiother Can, 68(1):46-53.

Nydahl P., Sricharoenchai T., Chandra S., Kundt F.S., Huang M., Fischill M., & Needham D. M. (2017) Safety of Patient Mobilization and Rehabilitation in the Intensive Care Unit. Systematic Review with Meta-Analysis. Ann Am Thorac Soc, 14(5):766-777.

Samosawala N. R., Vaishali K., & Kalyana B. C. (2016) Measurement of muscle strength with handheld dynamometer in Intensive Care Unit. Indian J Crit Care Med, 20(1):21-6.

Santos W. C., Vancini-Campanharo C. R., Lopes M. C. B. T., Okuno M. F. P., & Batista R. E. A. (2016) Assessment of nurse’s knowledge about Glasgow coma scale at a university hospital. Einstein, 14(2): 213-218.

Seifi S., Khatony A., Moradi G., Abdi A., & Najafi F. (2018) Accuracy of pulse oximetry in detection of oxygen saturation in patients admitted to the intensive care unit of heart surgery: comparison of finger, toe, forehead and earlobe probes. BMC Nurs, 17:17:15.

Viveiro L. A. P., Almeida A. S., Meira D. M., Lavoura P. H., Carmo C. M., Silva J. M. Janete M., & Tanaka C. (2014) Declínio de atividades instrumentais de vida diária associado à perda de força de preensão palmar em idosos internados em enfermaria geriátrica. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, 17(2): 235-242.

Wollersheim T., Grunow J. J., Carbon N. M., Haas K., Malleike J., Ramme S. F., & Weber-Carstens S. (2019) Muscle wasting and function after muscle activation and early protocol-based physiotherapy: an explorative trial. J Cachexia Sarcopenia Muscle,10(4):734-747.

Yayla A., & Özer N.(2019) Effects of early mobilization protocol performed after cardiac surgery on patient care outcomes. Int J Nurs Pract, 16:e12784

Downloads

Publicado

25/07/2021

Como Citar

PIQUIONE, F. S.; NASCIMENTO, F. V. D. do; SENEDEZ, D. D. .; SILVA, P. . V. T.; FERREIRA, A. D.; PISSULIN, F. D. M. . Avaliação da força muscular periférica de pacientes hospitalizados com doenças respiratórias submetidos à mobilização precoce. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 9, p. e27310918045, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i9.18045. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18045. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde