Percepção do homem sobre a paternidade no período da gestação ao puerpério
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1805Palavras-chave:
Pai; Gestantes; Assistência de Enfermagem.Resumo
A paternidade implica em transformações, o homem, nesse trajeto de sua vida, nunca conviveu de forma direta com as práticas de cuidar de uma mulher grávida, puérpera e, consequentemente, de um recém-nascido, excluindo-se de tais funções, deixando sob as responsabilidades da mulher, parentes e amigas. Asse sendo, o presente estudo teve como objetivo analisar as percepções do homem sobre suas atribuições de pai durante o período que vai da gestação ao puerpério. Trata-se de um estudo de campo exploratório-descritivo, com uma abordagem qualitativa, realizada com 11 pais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de São João do Sóter-MA. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com perguntas fechadas e abertas. Os dados foram analisados de acordo com a análise de conteúdo proposta por Bardin. Quantos aos resultados, a notícia da paternidade, para alguns homens, acaba sendo uma barreira de difícil transposição, pois para estes o ato de ser pai é simplesmente ser o provedor de recursos financeiros no elo familiar. A realidade mostra que a maioria dos pais não participa de forma ativa da gestação nos primeiros dias de vida de seu filho; e na busca de compreender o momento, o pai isola-se tentando responder suas indagações. O presente estudo possibilitou evidenciar a real concepção do homem/pai perante o processo gravídico/puerperal e sugere que os enfermeiros da Atenção Primária à Saúde reflitam sobre os achados desta pesquisa. Por fim, outros trabalhos afins tornam-se necessários para que haja uma maior compreensão do tema aqui estudado.
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