Percepção do homem sobre a paternidade no período da gestação ao puerpério

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1805

Palavras-chave:

Pai; Gestantes; Assistência de Enfermagem.

Resumo

A paternidade implica em transformações, o homem, nesse trajeto de sua vida, nunca conviveu de forma direta com as práticas de cuidar de uma mulher grávida, puérpera e, consequentemente, de um recém-nascido, excluindo-se de tais funções, deixando sob as responsabilidades da mulher, parentes e amigas. Asse sendo, o presente estudo teve como objetivo analisar as percepções do homem sobre suas atribuições de pai durante o período que vai da gestação ao puerpério. Trata-se de um estudo de campo exploratório-descritivo, com uma abordagem qualitativa, realizada com 11 pais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de São João do Sóter-MA. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com perguntas fechadas e abertas. Os dados foram analisados de acordo com a análise de conteúdo proposta por Bardin. Quantos aos resultados, a notícia da paternidade, para alguns homens, acaba sendo uma barreira de difícil transposição, pois para estes o ato de ser pai é simplesmente ser o provedor de recursos financeiros no elo familiar. A realidade mostra que a maioria dos pais não participa de forma ativa da gestação nos primeiros dias de vida de seu filho; e na busca de compreender o momento, o pai isola-se tentando responder suas indagações. O presente estudo possibilitou evidenciar a real concepção do homem/pai perante o processo gravídico/puerperal e sugere que os enfermeiros da Atenção Primária à Saúde reflitam sobre os achados desta pesquisa. Por fim, outros trabalhos afins tornam-se necessários para que haja uma maior compreensão do tema aqui estudado.

Referências

Almeida, N. M. S. de. (2014). Promoção, prevenção e assistência a mulher no puerpério em São Francisco do maranhão (Monografia), Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis.

Almeida, O. S. C., Gama, E. R., & Bahiana, P. M. (2015). Humanização do parto: a atuação dos enfermeiros. Revista Enfermagem Contemporânea, 4(1), 79-90.

Alves, C. V. M. (2015). Interação Paterna durante a gestação: Revisão Bibliografia (Monografia). Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão - FACEMA, Caxias-MA.

Andrade, C. J., Baccelli, M. S., & Banincasa, M. (2017). O vínculo mãe-bebê no período de puerpério: uma análise WINNICOTTIANA. Revista do Nesme, 14(1), 1-3.

Andrade, R. D., Santos, J. S., Maia, M. A. C., & Mello, D. F. de. (2015). Fatores relacionados à saúde da mulher no puerpério e repercussões na saúde infantil. Escola Anna Nery, 19(1), 181-186.

Antunes, J. T., Pereira, L. B., Vieira, M. A., & Lima, C. A. (2014). Presença paterna na sala de parto: expectativas, sentimentos e significados durante o nascimento. Revista de Enfermagem da UFSM, 4(3), 536-545.

Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. São Paulo: edições 70.

Bernardi, D. (2017). Paternidade e cuidado: “novos conceitos”, velhos discursos. Psic. Rev., 26(1), 59-80.

Biroli, F. (2014). Família: Novos Conceitos. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.

Brasil. (2016). Guia do Pré-natal do Parceiro para Profissionais de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado de https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/agosto/11/guia_PreNatal.pdf.

Caldeira, L. A., Ayres, L. F. A., Oliveira, L. V. A., & Henriques, B. D. (2017). A visão das gestantes acerca da participação do homem no processo gestacional. Revista de Enfermagem do Centro-oeste Mineiro, 7, 1-10.

Campanati, F. L. S. (2015). Participação paterna no ciclo gravídico puerperal: Vivências e sentimentos (Monografia). Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Ceilândia - DF.

Cardoso, V. E. P. S., Silva-Junior, A. J. da, Bonatti, A. F., Santos, G. W. S. dos, & Ribeiro, T. A. N. (2018). The Partner’s Involvement in the Prenatal Routine Through the Pregnant Women Perspective / A Participação do Parceiro na Rotina Pré-Natal Sob a Perspectiva da Mulher Gestante. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 10(3), 856-862.

Carnut, L., & Faquim, J. (2014). Conceitos de família e a tipologia familiar: aspectos teóricos para o trabalho da equipe de saúde bucal na estratégia de saúde da família. J Manag Prim Health Care, 5(1), 62-70.

Coutinho, E. C., Silva, C. B. da, Chaves, C. M. B., Nelas, P. A.B., Parreira, V. B.C., Amaral, M. O., & Duarte, J. C. (2014). Pregnancy and childbirth: What changes in the lifestyle of women who become mothers?. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 48(spe2), 17-24.

Coutinho, L. R. P., Barbieri, A. R., & Santos, M. L. M. dos. (2015). Acolhimento na Atenção Primária à Saúde: revisão integrativa. Saúde Debates, 39(105), 514-524.

Dodou, H. D., Rodrigues, D. P., Guerreiro, E. M., Guedes, M. V. C., Lago, P. N. do, & Mesquita, N. S. de. (2014). A contribuição do acompanhante para a humanização do parto e nascimento: percepções de puérperas. Escola Anna Nery, 18(2), 262-269.

Duarte, M. R., Chrizostimo, M. M., Christovam, B. P., Ferreira, S. C. M., Souza, D. F. de, & Rodrigues, D. P. (2014). Atuação do Enfermeiro no controle de infecção puerperal: revisão integrativa. Rev. Enferm. UFPE on line, 8(2), 433-41.

Freitas, F. D. S. de; Ferreira, M. A. Saberes de estudantes de enfermagem sobre a humanização. Revista Brasileira de Enfermagem, 69(2), 282-289.

Gonçalves, I. T. J. P., Souza, K. V., Amaral, M. A., Oliveira, A. R. S. de, & Ferreira, W. F. C. (2013). Prática do acolhimento na assistência pré-natal: limites, potencialidades e contribuições da enfermagem. Rev Rene, 14(3), 620-9, 2013.

Henz, G. S., Medeiros, C. R. G., & Salvadori, M. A. (2017). Inclusão paterna durante o pré-natal. Rev. Enf. e atenção à saúde, 6(1), 52-56.

Lima, J. P., Cazola, L. H. O., & Pícoli, R. P. (2017). A participação do pai no processo de amamentação. Cogitare Enfermagem, 22(1), 1-7, 22.

Maiolino, I., & Cardoso, L. (2014). A prorrogação da licença-maternidade considerações sobre a lei 11.770 de 2008. Caderno Virtual, 2(29), 1-17.

Martins, C.A., Abreu, W. J. C. P. de, & Figueiredo, M. C. A. B. de. (2014). Tornar-se pai e mãe: um papel socialmente construído. Revista de Enfermagem Referência, serIV(2), 121-131.

Matos, M. G. de, Magalhães, A. S., Féres-Carneiro, T., & Machado, R. N. (2017). Construindo o Vínculo Pai-Bebê: Uma Experiência dos Pais. Psico-USF , 22 (2), 261-271.

Medeiros, M. S. M. F., Carvalho, J. B. L., Teixeira, G. A., & Lopes, T. R. G. (2015). Humanização do trabalho de parto e nascimento: aplicação de estratégias não farmacológicas efetivas nesse processo. Rev. Enferm UFPE On Line, 9(7), 9133-9138.

Melo, R. M. de, Angelo, B. H. B., Pontes, C. M., & Brito, R.S. de. (2015). Conhecimento dos homens sobre trabalho de parto e parto. Escola Anna Nery, 19 (3), 454-459.

Mimayo, M. C. S., Deslandes, S. F., Cruz-Neto, O., & Gomes, R. (2010). Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. 21 ed. Petrópolis: Vozes.

Monteiro, E. (2013). Cadê o pai dessa Criança?: Paternidade em tempos difíceis. São Paulo: Summus Editorial.

Moraes, R. P. de. (2013). Família: uma construção histórica. PPGSS/PUCRS, 1-8.

Moreira, M.C. N., Gomes, R., & Ribeiro, C. R. (2016). E agora o homem vem?! Estratégias de atenção à saúde dos homens. Cadernos de Saúde Pública, 32(4), 1-10, 2016.

Moreira, M. A., Carvalho, L. L. de, & Ribeiro, P. S. (2016). Percepção de gestantes sobre a atuação da enfermeira na assistência pré-natal: estudo analítico. Arq. Ciênc. Saúde, 23(1), 78-82.

Nascimento, R. R. P. do, Arantes, S. L., Souza, E. D. C. de, Contrera, L., & Sales, A. P. A. (2015). Escolha do tipo de parto: fatores relatados por puérperas. Revista Gaúcha de Enfermagem, 36(spe), 119-126.

Nogueira, C. A. (2017). O pai e profissional no mundo contemporâneo: benefícios e conflitos da paternidade na carreira (Dissertação de Mestrado) Faculdade de Economia Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo.

Oliveira, D. C., & Mandú, E. N. T. (2015). Mulheres com gravidez de alto risco: experiências e percepções de necessidades e cuidados. Escola Anna Nery, 19 (1), 93-101.

Oliveira, T. M. S., & Souza, F. M. L. C. (2017). A participação do pai no ciclo gravídico puerperal. Revista Cultural e Científica do Unifacex, 15(1), 1-10.

Paula, U. N. de, Cabral, H. L. T. B., & Guimarães, D. N. (2016). A intervenção do estado no poder familiar. Revista Científica Interdisciplinar, 1(1), 99-191.

Petito, A. D. C., Cândido, A. C. F., Ribeiro, L. O., & Petito, G. (2014). A importância da participação do pai no ciclo gravídico puerperal: uma revisão bibliográfica. Revista Eletrônica da Faculdade de Ceres, v. 4, p.1-14.

Pinheiro, J. D. (2018). Perspectivas de evolução do Direito da Família em Portugal. Textos de Direito da Família, 347-366.

Reis, J. V. S. (2014). Onde está o pai?: O lugar do homem em familias "Matrifocais" pobres na cidade de São Paulo (Dissertação de Mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Ribeiro, J. P., Gomes, G. C., Silva, B. T. da, Cardoso, L. S., Silva, P. A. da, & Strefling, I. S. S. (2015). Participação do pai na gestação, parto e puerpério: refletindo as interfaces da assistência de enfermagem. Rev Espaço Para Saúde, 16(3), 73-82.

Rodrigues, F. R., Covos, J. S., Covos, J. F., & Rodrigues, B. C. (2018). Pré-natal humanizado: estratégias de enfermagem na preparação para o parto ativo. Revista Saúde em Foco, 9(10), 89-100.

Silva, B. T. da, & Silva, M. R. S. da. (2014). necessidades e preocupações dos pais em diferentes etapas do ciclo vital. revista brasileira de enfermagem, 67(6), 957-964.

Silva, E. M da, Marcolino E., Ganassin, G. S., Santos, A. L dos, & Marcon, S. S. (2016). Partner participation in mother and son care: perception of puerperal women. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 8(1), 3991-4003.

Souza, B. M. S., Souza, S. F. de, & Rodrigues, R. T. S. (2013). O puerpério e a mulher contemporânea: uma investigação sobre a vivência e os impactos da perda da autonomia. Rev. SBPH, 16(1), 106-184.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

MENDES, R. C.; SIQUEIRA, H. D. S.; SILVA, W. C. da; COSTA MIRANDA, L. S.; MOTA, L. da S.; SILVA, L. N. S.; SILVA, C. O. da. Percepção do homem sobre a paternidade no período da gestação ao puerpério. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 1, p. e136911805, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i1.1805. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1805. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde