Conhecimento dos cirurgiões-dentistas da capital de um estado do nordeste brasileiro sobre a utilização de agentes químicos como coadjuvantes na terapia periodontal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18084Palavras-chave:
Doenças periodontais; Antissépticos bucais; Higiene bucal; Conhecimento.Resumo
Introdução: O biofilme dental é formado pela fixação e proliferação de bactérias na película adquirida existente nas superfícies dos dentes e existe uma relação direta entre o nível de higiene oral, quantidade/qualidade desse biofilme e a prevalência da doença periodontal e sua gravidade. Contudo, a imperícia da escovação adequada conduziu à procura de agentes químicos que aperfeiçoassem o controle do biofilme. Objetivos: Investigar o grau de conhecimento dos cirurgiões-dentistas acerca do uso desses agentes como coadjuvantes na terapia periodontal. Metodologia: Foi aplicado um questionário com 164 cirurgiões-dentistas da capital de um estado do nordeste brasileiro, contendo perguntas como: idade, gênero, grau acadêmico, especialidade, área de atuação, forma de atualização profissional e perguntas sobre agentes químicos prescritos tanto na forma de dentifrício como de enxaguatórios bucais. Resultados: A Clorexidina foi a preferência de grande parte dos entrevistados quanto aos enxaguatórios e Triclosan e Citrato de Zinco foram as substâncias mais escolhidas quanto aos dentifrícios. Conclusão: O conhecimento acerca dos agentes químicos como coadjuvantes na terapia periodontal por parte dos cirurgiões-dentistas se mostrou limitado, o que pode implicar em prescrições incorretas.
Referências
Alshehri, F. A. (2018). The use of mouthwash containing essential oils (LISTERINE_) to improve oral health: A systematic review. Saudi Dental Journal, 30, 2–6.
Amini, P., Araujo, M. W. B., Mei-miau, W., Charles, C. A., & Sharma, N. C. (2009). Comparative antiplaque and antigingivitis efficacy of three antiseptic mouthrinses: a two week randomized clinical trial. Braz Oral Res., 23(3), 319-325.
Andrade, E., Weidlich, P., Angst, P. D. M., Gomes, S. C. & Oppermann, R. V. (2015). Efficacy of a triclosan formula in controlling early subgingival biofilm formation: a randomized trial. Braz Oral Res., 29(1), 1-8.
Araujo, D. B., Campos, E. J., Bastos, I. H. A., Paula, D. M., Tenório Junior, E. R. & Araujo, R. P. C. (2012). Mouthrinses: active ingredients, pharmacological properties and indications. Revista Gaúcha de Odontologia, 60(3), 349-357.
Azevedo, E. P., Ferreira N. M. C., Pereira S. L. S. & Lima, D. L. F. (2013). Informações dos fabricantes e representantes de produtos de higiene bucal sobre composição de enxaguatórios bucais. Perionews, 7, 588-592.
Barbosa, F. D. S. et al. (2017) Princípios ativos de enxaguatórios bucais comercializados em fortaleza, seus tipos e suas informações. Braz J Periodontol., 27(3), 07-15
Bozkurt, F. Y., Ozturk, M. & Yetkin, Z. (2005). The Effects of Three Oral Sprays on Plaque and Gingival Inflammation. J Periodontol., 76(10), 1645-1660.
Brignardello-Petersen, R. et al. (2014) A practical approach to evidence-based dentistry - How to search for evidence to inform clinical decisions. JADA, 145(12), 1262-1267.
Carneiro, S. D. R. M. et al. (2014) Identificação dos ingredientes ativos em enxaguatórios bucais, por cirurgiões-dentistas e acadêmicos. Perionews. 8, 470-414.
Charles, C. A. McGuir, J. A. Sharma, N. C. Qaqish, J. (2011). Comparative efficacy of two daily use mouthrinses: randomized clinical trial using an experimental gingivitis model. Braz Oral Res., 25(4), 338-344.
Cieplik, F. et al. (2019). Resistance Toward Chlorhexidine in Oral Bacteria - is there cause for concern? Frontiers in Microbiology, 10(587), 1-11.
Costa, L. F. N. P., Amaral, C. S. F., Barbirato, D. S. Leão, A. T. T. & Fogacci, MF. (2017). Chlorhexidine mouthwash as an adjunct to mechanical therapy in chronic periodontitis - A meta-analysis. JADA, 1-11.Cieplik, F., Jakubovics, N. S., Buchalla, W., Maisch, T., Hellwig, E. & Al-Ahmad, A. (2019). Resistance Toward Chlorhexidine in Oral Bacteria - is there cause for concern? Frontiers in Microbiology, 10(587), 1-11.
Demathé, A., Silva, A. R. S Carli, J. P, Goiato, M. C. & Miyahara, G. I. (2012). Odontologia baseada em evidências: otimizando a prática e a pesquisa. RFO., 17(1), 96-100.
Domingues, J. J., Oliveira, L. T. A., Costa, M. D. M. A., Silva, L. A. M., Nascimento, F., Dietrich, L. (2021). Uso de fitoterápicos e demais componentes vegetais e minerais na fabricação de produtos odontológicos naturais: Revisão de literatura. Research, Society and Development, 10(3), 1-10.
Eilwood, R. P., Worthington, H. V., Blinkhorn, A. S. B, Volpe, A. R. & Davies R. M. (1998). Effeet of a triclosan/copolymer dentifrice on the incidence of periodontal attachment loss in adolescents J Ciin Periodontol., 25, 363-367.
Farias, B. C., et al. (2011). Redução do índice de cálculo supragengival: dentifrício anticálculo versus dentifrício convencional. R. Periodontia, 21(1), 49-54.
Filogônio, C. F. N., Soares, R. M., Horta, C. R, Penido, C. V. C. R. & Cruz, R. A. (2011). Effect of vegetable oil (Brazil nut oil) and mineral oil (liquid petrolatum) on dental biofilm control. Braz Oral Res., 25(6), 556-61.
Goes, P. E. M., Lima, V. N., Carvalho, F. S. R., Queiroz, S. B. F., & Camargo, I. B. (2013). Sialolito gigante em ducto de Wharton: um caso distinto e revisão da literatura. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. 13(4), 81-88.
Gonçalves, E. M. et al. (2009). Investigação dos ingredientes ativos presentes nos colutórios e dentifrícios encontrados no mercado brasileiro. R. Periodontia, 19(1), 52-57.
Gonçalves, E. M., Filho, E. P. P., Aragão, P. R. C., Segundo, T. C. P. & Lima, D. L. F. (2010). Grau de conhecimento dos cirurgiões-dentistas na prescrição de colutórios e dentifrícios. R. Periodontia, 20(4), 51-55.
Gunsolley, J. C. (2006) A meta-analysis of six-month studies of antiplaque and antigingivitis agents. The Journal of the American Dental Association. 37(12), 1649-1657.
Haas, A. N. et al. (2016). Essential oils-containing mouthwashes for gingivitis and plaque: Meta-analyses and meta-regression. Journal of Dentistry, 1-9.
Haas, A. N., Flores, M. F., Pelino, J. & Gatta, A. D. (2010). Dental Students’ Overall Knowledge Regarding Oral Antiseptics. R. Periodontia, 0(3), 47-52.
Herrera, D. et al. (2005). Efficacy of a 0.15% benzydamine hydrochloride and 0.05% cetylpyridinium chloride mouthrinse on 4-day de novo plaque formation. J Clin Periodontol., 32, 595–603.
Miranda, S. L. F., Damaceno, J. T., Feveri, M., Figueiredo, L. C., Soares, G. M. S., Feres, M. & Bueno-Silva, B. (2020). In Vitro Antimicrobial Effect of Cetylpyridinium Chloride on Complex Multispecies Subgingival Biofilm. Braz. Dent. J., 31(2), 103-108.
Nascimento, M. M., Gordan, V. V., Garvan, C. W., Browngardt, C. M. & Burne RA. (2009). Correlations of oral bacterial arginine and urea catabolism with caries experience. Oral Microbiol Immunol., 24, 89–95.
Oliveira, S. M. A, Torres, T. C., Pereira, S; L; S., Mota, O. M. L. & Carlos, M. X. (2008). Effect of a dentifrice containing Aloe Vera on plaque and gingivitis control. A double-blind clinical study in humans. J Appl Oral Sci., 16(4), 293-296.
Pannuti, C. M., Mattos, J. P., Ranoya, P. N., Jessus, A. M., Lotufo, R. F. M. & Romito, GA. (2003). Clinical effect of a herbal dentifrice on the control of plaque and gingivitis. A double-blind study. Pesqui Odontol Bras., 17(4), 314-318.
Silva, A. F., Silva, E. T. C., Costa, S. R. R., Bezerra, P. L., Lourenço, A. H. A. & Bernardino, I. M. (2021). O uso do aloe vera como coadjuvante no tratamento periodontal. Research, Society and Development, 10(1), 1-6.
Sousa, A. M., Pochapski, M. T., Santos, F. A. & Pilatti, GL. (2009). Estudo clínico sobre a influência do dentifrício na efetividade da clorexidina no controle do biofilme dental. R. Periodontia, 19(1), 71-75.
Sreenivasan, P. K., Haraszthy, V. I. & Zambon, J. J. (2012). Antimicrobial efficacy of 005% cetylpyridinium chloride mouthrinses. Letters in Applied Microbiology, 56, 14-20.
Tartaglia, G. M., Tadakamadla, S. K., Connelly, S. T., Sforza, C. & Martín, C. (2019). Adverse events associated with home use of mouthrinses: a systematic review. Ther Adv Drug Saf, 10, 1-29.
Villalpando, K. T., Casarin, R. C. V., Pimentel, S. P., Cirano, F. R. & Casati, M. Z. (2010). A randomized clinical evaluation of Triclosan containing dentifrice and mouthwash association in the control of plaque and gingivitis. Quintessence International, 41(10), 855-861.
Zarandia, A., Salahaddin, S. & Faramarzi, M. (2016). Efficacy of Different Concentrations of Chlorhexidine Mouthwash on Plaque Accumulation and Periodontal Parameters. Journal of Periodontology & Implant Dentistry, 18(1), 8-11.
Zhang, J., Malik, N. A., McGrath, C. & Lam, O. L. T. (2018). The effect of antiseptic oral sprays on dental plaque and gingival inflammation: A systematic review and meta-analysis. Int J Dent Hygiene, 1–11.
Zina, L. G. & Moimaz, S. A. S. (2012). Odontologia baseada em evidência: etapas e métodos de uma revisão sistemática. Arq Odontol., 48(3), 188-199.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Kattyélen Luzyane de Farias; Maylla Albina dos Santos; Danielly Melo Gomes; Jessika Nathalia Victor Lucas; Wanderson Thalles de Souza Braga; Arianne Kimberly Barbosa da Matta; Natália Karol de Andrade
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.