Práticas integrativas e complementares: uma estratégia na promoção da saúde da mulher
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.18147Palavras-chave:
Medicina tradicional; Medicina integrativa; Saúde da mulher; Terapias complementares.Resumo
Por possuir especificidades decorrentes de sua condição de gênero e de sexo, a população feminina demanda uma assistência cada vez menos intervencionista, medicamentosa e centrada na doença. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar a utilização das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) como estratégia de promoção da Saúde da Mulher, verificando as PICs mais utilizadas, o contexto da vida da mulher em que são aplicadas e quais benefícios elas trazem a esse público. Este estudo configura-se como uma revisão integrativa da literatura desenvolvida nas seguintes bases de dados: LILACS, MEDLINE e BDENF, utilizando operadores booleanos combinados com os descritores da saúde a partir do DeCS nas seguintes combinações: “Terapias Complementares” AND Saúde da Mulher”; “Medicina Integrativa” AND “Saúde da Mulher”; “Medicina Tradicional” AND “Saúde da Mulher” e pelo nome de cada PIC existente no SUS atualmente AND “Saúde da Mulher”. A amostra final foi composta por 16 artigos, sendo 10 da MEDLINE e 6 da LILACS. Os estudos abordavam a utilização de terapias como musicoterapia, acupuntura e suas técnicas, ioga, relaxamento guiado, hidroterapia, técnicas de respiração, entre outras. As PICs foram aplicadas em mulheres experienciando gestação, trabalho de parto, SOP, trabalho, tabagismo, câncer, climatério e terceira idade. As terapias alternativas se mostraram uma opção viável no tratamento e na promoção da saúde atuando de forma complementar à medicina convencional.
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