Renda do Petróleo: Uma revisão sistemática da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18320

Palavras-chave:

Renda do Petróleo; Bibliometria,; Redes; Abundância dos recursos naturais.

Resumo

A renda do petróleo exerce impacto sobre os mecanismos de desenvolvimento dos países. Considerando a relevância do tema, o objetivo deste estudo é a realização de uma revisão da bibliografia sobre a renda do petróleo, sistematizando o conhecimento estabelecido e as agendas de pesquisa. A amostra utilizada consiste em 182 artigos coletados na Web of Science, no período de 1978 a agosto de 2020. Os resultados indicam o crescimento de artigos publicados a partir de 2014, período coincidente com a queda do preço do petróleo, que impactou os países cujo eixo dinâmico da economia reside neste setor. Dez países em termos de nacionalidade dos autores concentram 58,24% dos autores dos artigos sobre o tema. O artigo com maior média de citação por ano é Regional Favoritism e Khalid Zaman foi identificado como o principal autor da amostra. As principais revistas científicas em termos de quantidade de artigos e de fator de impacto são, respectivamente, Resources Policy e Energy Economics. A rede de cocitação de autores indicou que os principais autores discutem as implicações relacionadas com a abundância dos recursos naturais. A rede de co-ocorrência de palavras-chave com a indicação de incidência em períodos recentes, evidenciou a direção dos estudos para temas relacionados aos impactos sobre o crescimento, a utilização de métodos empíricos para os estudos sobre o tema, discussão sobre a abundância, dependência e maldição dos recursos naturais, financiamento do desenvolvimento, relação entre capital humano e renda do petróleo, bem como temas ligados ao meio ambiente e sustentabilidade.

Referências

Acemoglu, D., Johnson, S., & Robinson, J. A. (2001). The colonial origins of comparative development: An empirical investigation. American economic review, 91(5), 1369-1401.

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP (2020). https://www.gov.br/anp/pt-br.

Andersen, J. J., & Ross, M. L. (2014). The big oil change: A closer look at the Haber–Menaldo analysis. Comparative Political Studies, 47(7), 993-1021.

Anser, M. K., Yousaf, Z., Zaman, K., Nassani, A. A., Alotaibi, S. M., Jambari, H., & Kabbani, A. (2020). Determination of resource curse hypothesis in mediation of financial development and clean energy sources: Go-for-green resource policies. Resources Policy, 66, 101640.

Auty, R. (2003). Natural resources and ‘gradual’reform in Uzbekistan and Turkmenistan. In Natural Resources Forum, 27, 255-266.

Auty, R. M. (Ed.). (2001). Resource abundance and economic development. Oxford University Press.

Aytaç, S. E., Mousseau, M., & Örsün, Ö. F. (2016). Why some countries are immune from the resource curse: The role of economic norms. Democratization, 23(1), 71-92.

Barbosa, J. S. K., & Reinert, M. (2014). Open Innovation: uma análise bibliométrica do período de 2003 a 2013. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 38.

BP (2020). Statistical Review of World Energy. https://www.bp.com/en/global/corporate/energy-economics/statistical-review-of-world-energy.html.

Brunnschweiler, C. N., & Bulte, E. H. (2008). The resource curse revisited and revised: A tale of paradoxes and red herrings. Journal of environmental economics and management, 55(3), 248-264.

Chain, C. P., Santos, A. C. D., Castro, L. G. D., & Prado, J. W. D. (2019). Bibliometric analysis of the quantitative methods applied to the measurement of industrial clusters. Journal of Economic Surveys, 33(1), 60-84.

Collier, P., & Hoeffler, A. (2009). Testing the neocon agenda: Democracy in resource-rich societies. European Economic Review, 53(3), 293-308.

Cruz, B. D. O., & Ribeiro, M. B. (2009). Sobre Maldições e Bênçãos: é possível gerir recursos naturais de forma sustentável? Uma análise sobre os royalties e as compensações financeiras no Brasil.

De Mesquita, B. B., & Smith, A. (2008). Retesting selectorate theory: Separating the effects of W from other elements of democracy. American Political Science Review, 393-400.

De Mesquita, B. B., & Smith, A. (2010). Leader survival, revolutions, and the nature of government finance. American journal of political science, 54(4), 936-950.

Djankov, S., Montalvo, J. G., & Reynal-Querol, M. (2008). The curse of aid. Journal of economic growth, 13(3), 169-194.

do Prado, J. W., de Castro Alcântara, V., de Melo Carvalho, F., Vieira, K. C., Machado, L. K. C., & Tonelli, D. F. (2016). Multivariate analysis of credit risk and bankruptcy research data: a bibliometric study involving different knowledge fields (1968–2014). Scientometrics, 106(3), 1007-1029.

Farzanegan, M. R., & Thum, M. (2020). Does oil rents dependency reduce the quality of education? Empirical Economics, 58(4), 1863-1911.

Gylfason, T. (2001). Natural resources, education, and economic development. European economic review, 45(4-6), 847-859.

Hartwick, J. M. (1977). Intergenerational equity and the investing of rents from exhaustible resources. The american economic review, 67(5), 972-974.

Hassan, S. U., Haddawy, P., & Zhu, J. (2014). A bibliometric study of the world’s research activity in sustainable development and its sub-areas using scientific literature. Scientometrics, 99(2), 549-579.

Hodler, R., & Raschky, P. A. (2014). Regional favoritism. The Quarterly Journal of Economics, 129(2), 995-1033.

Hotelling, H. (1931). The economics of exhaustible resources. Journal of political Economy, 39(2), 137-175.

Humphreys, M., Sachs, J. D., Stiglitz, J. E., Soros, G., & Humphreys, M. (2007). Escaping the resource curse. Columbia University Press.

Instituto Brasileiro de Petróleo – IBP (2020). Observatório do Setor de Petróleo e Gás. https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/.

International Energy Agency – IEA (2020). World Energy Outlook 2020. https://www.iea.org/reports/world-energy-outlook-2020.

Khan, M. M., Zaman, K., Irfan, D., Awan, U., Ali, G., Kyophilavong, P., & Naseem, I. (2016). Triangular relationship among energy consumption, air pollution and water resources in Pakistan. Journal of cleaner production, 112, 1375-1385.

Mehlum, H., Moene, K., & Torvik, R. (2006). Institutions and the resource curse. The economic journal, 116(508), 1-20.

Okada, K., & Samreth, S. (2017). Corruption and natural resource rents: evidence from quantile regression. Applied Economics Letters, 24(20), 1490-1493.

Ozturk, I. (2017). Measuring the impact of alternative and nuclear energy consumption, carbon dioxide emissions and oil rents on specific growth factors in the panel of Latin American countries. Progress in Nuclear Energy, 100, 71-81.

Pamplona, J. B., & Cacciamali, M. C. (2017). O paradoxo da abundância: recursos naturais e desenvolvimento na América Latina. Estudos Avançados, 31(89), 251-270.

Postali, F. A. S., & Nishijima, M. (2011). Distribuição das rendas do petróleo e indicadores de desenvolvimento municipal no Brasil nos anos 2000S. Estudos Econômicos (São Paulo), 41(2), 463-485.

Ramos‐Rodríguez, A. R., & Ruíz‐Navarro, J. (2004). Changes in the intellectual structure of strategic management research: A bibliometric study of the Strategic Management Journal, 1980–2000. Strategic management journal, 25(10), 981-1004.

REIS, C. D. B. (2012). Recursos naturais e desenvolvimento econômico: da especialização à diversificação produtiva e exportadora nos Seanic’s. 232f (Doctoral dissertation, Tese (Doutorado)–Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Robinson, J. A., Torvik, R., & Verdier, T. (2006). Political foundations of the resource curse. Journal of development Economics, 79(2), 447-468.

Sachs, J. D. (2007). How to handle the macroeconomics of oil wealth. Escaping the resource curse, 180.

Shahbaz, M., Destek, M. A., Okumus, I., & Sinha, A. (2019). An empirical note on comparison between resource abundance and resource dependence in resource abundant countries. Resources Policy, 60, 47-55.

Thies, C. G. (2010). Of rulers, rebels, and revenue: State capacity, civil war onset, and primary commodities. Journal of peace research, 47(3), 321-332.

Udi, J., Bekun, F. V., & Adedoyin, F. F. (2020). Modeling the nexus between coal consumption, FDI inflow and economic expansion: does industrialization matter in South Africa? Environmental Science and Pollution Research, 1-12.

Van der Ploeg, F. (2011). Natural resources: curse or blessing? Journal of Economic literature, 49(2), 366-420.

Van Eck, N. J., & Waltman, L. (2010). Software survey: VOSviewer, a computer program for bibliometric mapping. scientometrics, 84(2), 523-538.

Van Eck, N. J., & Waltman, L. (2014). Visualizing bibliometric networks. In Measuring scholarly impact (pp. 285-320). Springer, Cham.

Van Eck, N. J., Waltman, L., Dekker, R., & van den Berg, J. (2010). A comparison of two techniques for bibliometric mapping: Multidimensional scaling and VOS. Journal of the American Society for Information Science and Technology, 61(12), 2405-2416.

Downloads

Publicado

28/07/2021

Como Citar

MACIEL, F.; CRUZ, M.; VASCONCELOS, V.; OLIVEIRA, B. F. de .; FREITAG, A. E. B. .; NICOLAY , R. T. da F. . Renda do Petróleo: Uma revisão sistemática da literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 9, p. e38110918320, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i9.18320. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18320. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão