Percepções dos fatores de risco associados à doença coronariana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.18339

Palavras-chave:

Doenças cardiovasculares; Fatores de risco de doenças cardíacas; Pesquisa qualitativa.

Resumo

Esse trabalho teve como objetivo analisar a percepção dos pacientes e a prevalência de fatores de risco sistêmicos e orais em pacientes com doença arterial coronariana (DAC). Trata-se de estudo quali-quantitativo em que 56 pacientes com DAC tiveram dados quantitativos e qualitativos coletados e analisados. Dos 56 pacientes que compuseram a amostra, 41 tiveram a cavidade oral examinada e 11 foram entrevistados. Desse total, 46.42% não tem instrução; 64,28% são desempregados; 72,41% possuem baixa renda familiar; 25% são fumantes; 17,85 são obesos; 76,78% tem hipertensão; 30,36% diabetes; e 64,29% admitiram ter hábitos alimentares inadequados. Na análise qualitativa, 4 (quatro) categorias emergiram das entrevistas e foi possível identificar, de um modo geral, o desconhecimento dos fatores de risco independentemente do nível de escolaridade. Observou-se que, neste trabalho, as condições sociais e demográficas e as taxas de morbidades da população estudada foram piores do que a média dos dados de registros regionais e nacionais. A percepção dos fatores de risco como causa da DAC foi baixa e independente da escolaridade. A população estudada apresentou maior prevalência de fatores de risco quando confrontadas as médias regionais e nacionais. Esses fatos podem ter aumentado a vulnerabilidade dos sujeitos e contribuído para o desenvolvimento da DAC.

Referências

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. 70, 229.

Barreto, S. M. & Figueiredo, R. (2009). Doença crônica, autoavaliação de saúde e comportamento de risco: diferença de gênero. Rev Saude Publica, 43(Supl 2), 38-47.

Barros, M. B. et al. (2011). Tendências das desigualdades sociais e demográficas na prevalência de doenças crônicas no Brasil, PNAD: 2003- 2008. Ciênc saúde coletiva, 16, 3755-68.

Beaglehole, R., Ebrahim, S., Reddy, S. et al. (2007). Prevention of chronic diseases: a call to action. Lancet, 370, 2152-7

Blane, D. N., Mackay, D., Guthrie, B. et al. (2017). Smoking cessation interventions for patients with coronary heart disease and comorbidities. Br J Gen, 67(655), e118-e129.

Brasil (2011). Plano Nacional de Saúde 2012-2015.

Brasil (2012). Saúde Brasil 2011 - Uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher. Ministério da Saúde.

Brasil (2016). Anuário Estatístico da Previdência Social. Base de dados históricos da Previdência Social.

Brasil (2018). Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/SUS).

Brasil (2018). Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Departamento de informática do SUS. SIHSUS - DATASUS.

Cesse, E. Â. P., Carvalho, E. F., Souza, W. V. et al. (2009). Tendência da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no Brasil: 1950 a 2000. Arq Bras Cardiol, 93(5), 490-7.

Dalstra, J., Kunst A., Borrell C. et al. (2005). Socioeconomic differences in the prevalence of common chronic diseases: an overview of eight European countries. Int J Epidemiol., 32(2), 316-26.

Group TAC (2008). Intensive Blood Glucose Control and Vascular Outcomes in Patients with Type 2 Diabetes. N Engl J Med, 358(24), 2560-72.

Grundy, S., Cleeman, J., Merz, C. et al. (2004). Implications of recent clinical trials for the National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III guidelines. Circulation, 227–239.

IBGE (2008). PNAD Contínua 2008. In: Pesquisa Nacional por amostra de domicílios contínua. IBGE.

IBGE (2018). PNAD Contínua 2017. In: Pesquisa Nacional por amostra de domicílios contínua. IBGE.

Lee, Y. L., Hu, H. Y., Chou, P. et al. (2015). Dental prophylaxis decreases the risk of acute myocardial infarction: a nationwide population-based study in Taiwan. Clin Interv Aging, 10, 175–82.

Lotufo, P. A., Lotufo, P. A. (2015). Non-communicable diseases in Brazil: a flood of data is coming! Sao Paulo Med J., 133(4), 283-5.

Marconi, M. D. A., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. (5a ed.), Atlas.

Markbreiter, J. (2016). CVD Advocacy Toolkit The Road to 2018. World Heart Federation.

Naghavi, M., Abajobir, A. A., Abbafati, C. et al. (2017). Global, regional, and national age-sex specifc mortality for 264 causes of death, 1980-2016: A systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet, 390(10100), 1151–210.

Simão, A., Precoma, D., Andrade, J. et al. (2013). Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Arq Bras Cardiol, 101(6), 1–63.

Sverre, E., Peersen, K., Husebye, E. et al. (2017). Fatores médicos e sociodemográficos predizem tabagismo persistente após eventos coronarianos. BMC Cardiovasc Disord, 17, 241.

Wang, H., Naghavi, M., Allen, C. et al. (2016) Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980–2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015. Lancet, 388(10053), 1459–544.

Wild, S., Roglic, G., Green, A. et al. (2004). Global prevalence of diabetes: estimates for the year 2000 and projections for 2030. Diabetes Care, 27(5), 1047-53.

Xu, S., Song, M, Xiong et al. (2017). The association between periodontal disease and the risk of myocardial infarction: A pooled analysis of observational studies. BMC Cardiovasc Disord, 17(1), 1-11.

Downloads

Publicado

01/01/2022

Como Citar

SANTOS JUNIOR, S. F. dos .; SANTOS JÚNIOR, C. J. dos .; SANTOS, N. B. dos .; RIBEIRO, M. C. .; MOUSINHO, K. C. . Percepções dos fatores de risco associados à doença coronariana. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e0211118339, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.18339. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18339. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde