O uso do intensificador de imagem transoperatório na remoção de dente incluso devido lesão cística extensa: Relato de caso clínico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18517Palavras-chave:
Cistos odontogênicos; Fluoroscopia; Maxilares.Resumo
O diagnóstico tardio de lesões císticas odontogênicas é comum devido o seu crescimento assintomático. Dentre os tratamentos propostos na literatura, atualmente a descompressão ou a marsupialização é indicada para diminuir o tamanho do cisto, para posterior enucleação completa da lesão. A utilização do intensificador de imagem durante o transoperatório, é comumente realizado para orientação e localização de corpos estranhos, projéteis de arma de fogo ou agulhas fraturadas, sendo dificilmente relatado em estudos para auxílio no tratamento de cistos odontogênicos. O presente artigo tem como objetivo relatar um caso clínico de uma paciente jovem, diagnosticada com ceratorcisto odontogênico, a qual foi submetida ao tratamento de marsupialização e posterior enucleação cística. Durante o transoperatório, houve dificuldade localização do dente incluso associado a lesão, devido ao grande deslocamento para a base da mandíbula. Sendo assim utilizado o intensificador de imagem para a localização e remoção do dente. Complicações transoperatórias são comuns de ocorrer, principalmente tratando-se de lesões císticas extensas, devido o grau de dificuldade. A utilização de técnicas e equipamentos que favoreçam benefícios de facilitar e agilizar o procedimento cirúrgico acarretam a diminuição de morbidades ao paciente. A utilização do intensificador de imagem, apresenta-se viável em situações incomuns, tanto para localização de corpos estranhos, quanto dentes inclusos em localizações atípicas.
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