Aspectos radiográficos de cães expostos à fumaça do tabaco
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18559Palavras-chave:
Caninos; Radiografia; Pulmão; Tabagismo.Resumo
O conhecimento dos efeitos deletérios do fumo passivo em cães é inconclusivo e escasso. O presente estudo investigou aspectos radiográficos pulmonares de cães expostos à fumaça de cigarro diariamente. Foram utilizados 30 cães (15 de domicílios onde fumar foi relatado e 15 cães de domicílios onde não havia fumo), com mais de dois anos, independentemente do sexo, raça, composição do crânio e sinais clínicos de setembro de 2014 a junho de 2015. Radiografias de tórax foram analisadas em todos os cães para caracterização de possíveis lesões pulmonares com análise realizada em estudo duplo-cego e questionário aplicado aos tutores. Pela análise dos dados foi possível observar que 33,33% dos cães fumantes passivos apresentassem sinais clínicos semelhantes aos observados em humanos fumantes passivos, embora não houvesse associação significativa entre os fatores de risco. Lesões pulmonares foram observadas em todos os cães fumantes passivos. A ligação entre os cães, seus tutores fumantes e as doenças respiratórias é difícil. Este estudo demonstra que alterações radiográficas pulmonares sugestivas de doença pulmonar brônquica foram observadas em 100% dos cães fumantes passivos. Assim, podemos concluir que, independentemente do tempo de exposição à fumaça, morar com os responsáveis pelos fumantes é um risco à saúde dos animais. Nossos resultados sugerem a ação nociva da exposição à fumaça do cigarro como fator de risco para a saúde pulmonar em cães.
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