Epidemiologia de candidíase oral: uma pesquisa de base populacional em um município de tamanho médio no Amazonas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18664Palavras-chave:
Candida albicans; Candida não-albicans; Idosos; Candidíase oral.Resumo
Ocorreu um aumento do número de idosos no Brasil e juntamente com este fato houve um aumento da incidência da candidíase oral nesta população, por isto a identificação precoce da doença e do agente etiológico para uma intervenção eficaz é imprescindível. O objetivo do estudo foi descrever a prevalência de candidíase oral e suas manifestações clínicas, identificando as espécies de leveduras de Candida e sua prevalência na mucosa palatina e próteses dentária na mucosa palatina e próteses dentárias, comparando estes fatores em idosos rurais e urbanos deste município. O estudo foi realizado na cidade de Tefé, Amazonas, com idosos de 65 a 74 anos cadastrados em serviços de atenção primária à saúde da zona urbana e rural, onde através de cálculo amostral contamos com a amostra total de 484 idosos após perdas e recusas. Estes idosos foram selecionados aleatoriamente dentro de toda rede de serviço público, o qual possibilitou que as amostras fossem coletadas em todas as Unidades Básicas de Saúdes municipais. A coleta de dados incluiu exames clínicos orais (uso, duração e necessidade de prótese dentária) e coleta de material biológico com swabs, os quais foram armazenados em meio CHROMAgar™ Candida, durante visitas domiciliares para determinar a prevalência das espécies por meio de coloração e morfologia das colônias. A análise estatísticafoi realizada com o software Stata MP, por meio de frequências relativas e absolutas. A prevalência de candidíase oral foi encontrada em 20,7% dos idosos nas diferentes áreas de residências estudadas. Maior número de casos e manifestações clínicas da doença foi encontrado em idosos residentes em áreas urbanas (p <0,05). As razões de chance para desenvolver a doença foram maiores em mulheres, idosos desdentados e usuários de próteses dentárias. As espécies de Candida albicans foram prevalentes na infecção e colonização de próteses, enquanto a colonização bucal apresentou percentuais semelhantes entre as Candida não-albicans (p= 0.657). Quanto à prevalência das espécies em relação à área de residência estudada, a Candida albicans prevaleceu na área urbana e Candida não-albicans na área rural (p <0,05). Em conclusão, este estudo identificou alta prevalência de candidíase oral nos idosos participantes da pesquisa, que apresentaram possuir principalmente infecção por espécies de Candida albicans, porém ao comparar as zonas de moradia dos idosos, os que moravam na zona urbana possuíam colonização mais prevalente na zona urbana e Candida não-albicans na zona rural, portanto encontrada diferenciação de espécies quanto ao local que o idoso reside.
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