Emissão de poeira em pátio de estocagem de minério de ferro: uma abordagem ambiental e ocupacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1873

Palavras-chave:

Poeira; Minério; Ferro; Ocupacional; Ambiental.

Resumo

A mineração provoca inúmeros impactos ao meio ambiente, e a poluição do ar causada principalmente pela poeira resultante de seus processos é um dos fatores que mais causam doenças respiratórias ocupacionais entre os trabalhadores expostos. No Brasil, áreas importantes não são cobertas pelo monitoramento ambiental da qualidade do ar, estando com a iniciativa privada estas informações. Este é o caso do Estado do Maranhão, acerca do Distrito Industrial de São Luís – DISAL. Em 2018 foi publicado um artigo com dados de um monitoramento obtido por meio de uma Rede Automática de Monitoramento da Qualidade de Ar, de uma empresa privada instalada no DISAL, cujo resultado ultrapassava os limites impostos pela legislação ambiental vigente, diante destas informações, tornou-se nosso objeto principal, avaliar quantitativamente a emissão de Poeira Respirável Ocupacional nesta mesma área, adotando uma metodologia comparativa, observando os padrões da legislação trabalhista brasileira, pois ali, trabalham muitas pessoas expostas a estas condições, em um pátio de estocagem de minério de ferro de uma grande mineradora, para posteriormente estabelecer possíveis relações entre ambas, pois, apesar do resultado ambiental ter ultrapassado os limites de tolerância referenciados, o resultado da avaliação ocupacional, classificou está mesma área como apta ao trabalho.  Concluimos então, que a legislação ambiental foi mais restritiva que a trabalhista e considerando apenas este estudo, podemos afirmar que no tocante a poluição atmosférica, para uma área ser classificada como SALUBRE ocupacionalmente, independe do resultado ambiental desta mesma área.

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Publicado

01/01/2020

Como Citar

FARIA, L. P. C.; BLANCO, C. J. C. Emissão de poeira em pátio de estocagem de minério de ferro: uma abordagem ambiental e ocupacional. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e05921873, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i1.1873. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1873. Acesso em: 17 ago. 2024.

Edição

Seção

Engenharias