Análise da velocidade da bola no chute realizado por meninas praticantes de futsal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18977Palavras-chave:
Futsal feminino; futsal feminino; chute; Chute; Análise de desempenho; análise de desempenho; Maturação sexual.; maturação sexualResumo
O objetivo foi analisar a velocidade da bola na ação realizada pelo chute por meninas praticantes de futsal no contexto escolar, bem como categorizar o lado dominante e o não dominante. Foram analisadas de forma transversal e quantitativamente 53 alunas, distribuídas em suas respectivas categorias: sub 11 (n=12), sub 13 (n=14), sub 15 (n=14) e sub 17 (n=13), participantes nas aulas de educação física em uma escola municipal na cidade de Tapejara-RS. Para tal, cada aluna efetuou três chutes com a perna dominante, e três chutes com a perna não dominante na marcação do tiro de 10m do futsal. Todas as categorias apresentaram menor velocidade média da bola no lado não dominante em relação ao lado dominante. Houve diferença significativa no lado dominante entre as categorias sub 17 e sub 11, sendo 22,7% maior na categoria sub 17 em relação a categoria sub 11 (p = 0,016). A detecção de maior velocidade na bola após o chute, para estudantes do sexo feminino, está ligada diretamente a assimetria de utilização e estímulo dado aos segmentos nas diferentes ações diárias e específicas do futsal. Os autores sugerem um maior incentivo na participação de meninas em atividades esportivas dentro das escolinhas de futsal, pois pode elevar a maturação biológica dentro da faixa etária cronológica analisada, diminuindo o atraso no amadurecimento e na qualificação motriz de meninas que apenas fazem atividades escolares.
Referências
Andreis, G. M.; Tannhauser, C. L.; Biegelmeyer, U. h.; Carmargo, M. E.; Bernardi, F. C. & Zanadrea, G. (2019). A inserção do público feminino no marketing esportivo. Revista Destaques Acadêmicos, 11 (2), 94-112.
Barbieri, F.A. (2005). Análise dos padrões cinemáticos do chute no futsal utilizando o membro dominante e o membro não dominante. (Monografia - Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Educação Física) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
Barbieri, F.A.; Gobbi, L.T.B.; Lima Junior, R.S. (2006). Aspectos da corrida de aproximação entre o chute realizado com o membro dominante e não dominante. Revista Motricidade, 2 (2), 80-90.
Barbieri, F. A.; Gobbi, L. T. B.; Santiago, P. R. & Cunha, S. A. (2010). Performance comparisons of the kicking of stationary and rolling balls in a futsal context.
Sports Biomechanics, 9, 1-15. http://dx.doi.org/10.1080/14763141003690211
Barbieri, F. A.; Santiago, P. R. P.; Gobbi, L. T. B. & Cunha, A. S. (2008). Análise cinemática da variabilidade do membro de suporte dominante e não dominante durante o chute no futsal. Revista Portuguesa de Ciência do Desporto, 8 (1), 68–76.
Brancher, E. A.; Leite, G. E. & Slomp, N. N. (2020). A origem dos gols em jogos de futsal feminino durante os jogos abertos de Santa Catarina 2019. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 12 (51), 705-712.
Culbert, K. M.; Burt, S. A.; Sisk, C.; Nigg, J. T. & Klump, K. L. (2014). The effects of circulating testosterone and pubertal maturation on risk for disordered eating symptoms in adolescent males. Psychological Medicine, 44 (11), 2271-2286. https://doi.org/10.1017/s0033291713003073
De Sousa, J.; Alves, M. A. R. & Pinheiro, M. H. N. P. (2020). Análise das ações ofensivas que resultaram em gols no quinto mundial universitário de futsal feminino de 2016. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 12 (49), 420-427. http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/975
Endres, E.; Belcaminho, G. C. T.; Soares, B. H. (2003). Variação da velocidade da bola após o chute, entre categorias no futsal. PRONSAU-UNC. Universidade do Contestado. Concórdia-SC.
Freitas, D. L.; Lausen, B.; Maia, J. A.; Lefevre, J.; Gouveia, E. R.; Thomis, M. & Malina, R. M. (2015). Skeletal maturation, fundamental motor skills and motor coordination in children 7-10 years. Journal of Sports Science, 33 (9), 924-934. https://doi.org/10.1080/02640414.2014.977935
Gill, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo. Editora Atlas.
Godoi Filho, J. R.M. & Farias, E. S. (2015). Aptidão física de escolares do sudoeste da Amazônia Ocidental em diferentes estágios de maturação sexual. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 29 (4), 631-639. https://doi.org/10.1590/1807-55092015000400631
Guedes, D. P. (2011). Crescimento e desenvolvimento aplicado à educação física e ao esporte. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 25 (supl), 127-140.
Galatti, R. L. & Paes, R. R. (2006). Fundamentos da pedagogia do esporte no cenário escolar. Movimento e Percepção, 6 (9), 16-25.
Haywood, K. M. & Getchell, N. (2004). Desenvolvimento Motor ao Longo da Vida. Porto Alegre. Artmed. p. 432.
Katis, A.; Giannadakis, E.; Kannas, T.; Amiridis, I.; Kellis, E. & Lees, A. (2013). Mechanisms that influence accuracy of the soccer kick. Journal of Electromyography and Kinesiology. 23, 125-31. https://doi.org/10.1016/j.jelekin.2012.08.020
Malina, R. M. (2014). Top 10 research questions related to growth and maturation of relevance to physical activity, performance, and fitness. Research Quarterly for Exercise and Sport, 85 (2), 157-173. https://doi.org/10.1080/02701367.2014.897592
Marenucci, N. R.; Oliveira, D. V.; Freire, G. L. M.; Nascimento Junior, J. R. A.; Bennemann, R. M. & Acencio, F. R. (2020). Ansiedade pré-competitiva, coesão de grupo e resiliência em atletas de futsal feminine. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 12 (48), 195-201.
Martins, R.M. & Ilha, F.R.S. (2020). The importance of futsal practice in the frequency and motivation of the students of the one special school. Research, Society and Development, 9 (8), 1-19. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5540
Matsudo, V. K. R.; Matsudo, S. M.; Rezende, L. F. M. d. & Raso, V. (2015). Handgrip strength as a predictor of physical fitness in children and adolescents. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, 17 (1), 1-10. https://doi.org/10.5007/1980-0037.2015v17n1p1
Ishii, H.; Yanagiya, T.; Naito, H.; Katamoto, S. & Maruyama, T. (2009). Numerical study of ball behavior in side-foot soccer kick based on impact dynamic theory. Journal of Biomechanics, 42, 2712-20.
Nunome, H.; Asai, T.; Ikegami, Y & Sakurai, S. (2002). Three-dimensional kinetic analysis of side-foot and instep soccer kicks. Medicine & Science in Sports & Exercise, 34 (12), 2028-2036. https://doi.org/10.1097/00005768-200212000-00025
Nunome, H.; Ikegami, Y.; Kozakai, R.; Apriantono, T. & Sano, S. (2006). Impact phase kinematics of instep kicking soccer. Journal of sports sciences, 24 (1), 11-22.
Rebelo, A.; Brito, J.; Maia, J.; Coelho-e-Silva, M. & Seabra, A. (2013). Anthropometric characteristics, physical fitness and technical performance of under-19 soccer players by competitive level and field position. International Journal of Sports Medicine, 34 (4), 312-317. https://doi.org/10.1055/s-0032-1323729
Reis, F. P. G. & Arruda, I. E. A. (2011). Uma história do futebol feminino brasileiro: superando preconceitos. Revista Digital EFDeportes, 16 (163), 1. https://www.efdeportes.com/efd163/uma-historia-do-futebol-feminino-brasileiro.htm
Rother, R. & Scalco, A. (2020). Análise da origem dos gols de uma equipe de futsal marcados em jogos como visitante e mandante. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 12 (51), 720-725.
Santiago, P. R. P. (2006). Comparação do padrão cinemático do chute no futebol entre jogadores de dois países. (Mestrado em Motricidade Humana) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
Santiago, P. R. P.; Moura, F. A.; Barbieri, F. A.; Lima Júnior, R. S. & Cunha, S. A. Relação do padrão cinemático de movimento com desempenho do chute em cobranças de falta no futebol. Revista Brasileira de Biomecânica, 8, 15-60.
Santos, M. M.; Ferreira, A. H. S.; Costa, M. C.; Guimarães, F. J. S. & Ritti-Dias, R. M. (2011). Contribuição da massa muscular na força de preensão manual em diferentes estágios maturacionais. ConScientiae Saúde, 10 (3), 487-493.
Slimani, M.; Bragazzi, N. L.; Tod, D.; Dellal, A.; Hue, O. & Cheour, F. (2016). Do cognitive training strategies improve motor and positive psychological skills development in soccer players? Insights from a systematic review. Journal of Sports Sciences, 34, 2338–2349. https://doi.org/10.1080/02640414.2016.1254809
Silva, M. V. S.; Caríssimo, J. M. N.; Silva, C. M. & Silva, Silva, S. A. (2020). Análise da incidência de gols e suas características nas fases finais da liga nacional de futsal do Brasil de 2019. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 12 (51), 765-771. http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/1049
Teixeira, F. G. (2004). Comparações dos padrões cinemáticos de chute realizados por participantes de 15 e 17 anos. (Mestrado em Motricidade Humana) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
Voser, R. C. (2019). Futsal: princípios técnicos e táticos. Canoas: Editora da Ulbra.
Zanatta, A.M.; Soares, B.; Pasqualotti, A. (2020). Velocidade da bola após o chute, nas categorias de base no futsal feminino. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 12 (48), 187-194.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Ben Hur Soares ; Ana Maria Zanatta; Adriano Paqualotti ; Josiane Aparecida de Jesus; Rudy José Nodari Júnior ; Sergio Adriano Gomes; Mylena Aparecida Rodrigues Alves; Mateus Medeiros Leite; Carlos Ernesto Santos Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
