Uso da simulação realística na segurança da equipe cirúrgica frente ao coronavírus: relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19017Palavras-chave:
Pessoal de saúde. Simulação. Segurança do paciente. Infecções por coronavírus.; Pessoal de saúde; Simulação; Segurança do paciente; Infecções por coronavírus.Resumo
O objetivo deste relato de experiência é descrever a prática e os resultados do uso da simulação realística in situ, a fim de simular o fluxo e atendimento do paciente cirúrgico com suspeita ou confirmação de contaminação do SARS-CoV-2 no período transoperatório. Participaram desse treinamento enfermeiros; técnicos de enfermagem; anestesistas; residentes de anestesia e enfermagem; maqueiros e profissionais de higienização. Utilizou-se a estratégia de simulação de alto rendimento através da Prática Deliberada de Ciclos Rápidos (PDCR). A memorização de cada participante foi repetida inúmeras vezes, a fim de reduzir o erro e objetivando atingir a maestria. Ao final do treinamento foi realizado o debriefing para extrair contribuições dos participantes e reforçar os pontos positivos, não valorizando o erro, mas mostrando a solução. Foi importante compreender os sentimentos de ansiedade e medo que os profissionais envolvidos tinham sobre o assunto, e esse fator colaborou e influenciou para a estratégia metodológica. Percebeu-se que todos os profissionais da linha de frente da cirurgia, que estavam envolvidos no processo da prática educativa de simulação realística, sentiram-se mais seguros e confiantes para o enfrentamento da cirurgia de emergência de pacientes suspeitos ou contaminados pelo novo coronavírus.
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