Efeito do treinamento combinado de baixa intensidade e o controle da glicemia em idosos diabéticos tipo 2
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19032Palavras-chave:
Diabetes mellitus; Gerenciamento da glicemia; Exercício físico.Resumo
O objetivo foi investigar o efeito do treinamento combinado de baixa intensidade duas vezes por semana sobre a glicemia de idosos diabéticos tipo 2. Trata-se de um estudo semi-experimental, longitudinal, quantitativo, de dados primários que fez uma comparação entre momentos pré-intervenção com momentos pós-intervenção. Foi selecionado de maneira conveniente um grupo voluntário de 26 idosos, de ambos os sexos, diabéticos tipo 2, acompanhados em uma unidade básica de saúde. Foram realizadas análises quantitativas e qualitativas das coletas de glicemia capilar pós-prandial, por período de 30 dias e realizadas sessões de exercícios duas vezes por semana, de aproximadamente 50 minutos, de intensidade baixa, estimada pela escala de Borg. Para se comparar os resultados intragrupo e entre sujeitos do sexo feminino e masculino foram utilizados os testes de Shapiro-Wilks para se determinar a normalidade dos dados em seguida a Anova Ane Way com o Post Hoc de Tukey’s todo com significância de 5% por meio do programa PrismStat 5.0. Após as comparações do grupo total do momento pré-intervenção com os momentos após o início da intervenção, não houve diferença estatística entre eles, efeito semelhante quando comparados por sexo, onde os resultados não demostraram diferenças (p>0,05). Sendo assim, o exercício de baixa intensidade, duas vezes por semana aplicados à idoso diabético não foi capaz de causar efeitos adicionais nos níveis glicêmicos dos participantes.
Referências
American Diabetes Association. Fundamentos de atendimento e avaliação médica abrangente (2016). Diabetes Care, 39 (Supplement 1): S23 - S35
Colberg, S. R., Sigal, R. J., Yardley, J. E., Riddell, M. C., Dunstan, D. W., Dempsey, P. C., ... & Tate, D. F. (2016). Physical activity/exercise and diabetes: a position statement of the American Diabetes Association. Diabetes care, 39(11), 2065-2079.
Chen, L., Pei, J. H., Kuang, J., Chen, H. M., Chen, Z., Li, Z. W., & Yang, H. Z. (2015). Effect of lifestyle intervention in patients with type 2 diabetes: a meta-analysis. Metabolism, 64(2), 338-347.
Curcio, C. L., Wu, Y. Y., Vafaei, A., Barbosa, J. F. D. S., Guerra, R., Guralnik, J., & Gomez, F. (2020). A regression tree for identifying risk factors for fear of falling: the International Mobility in Aging Study (IMIAS). The Journals of Gerontology: Series A, 75(1), 181-188. doi:10.1093/gerona/glz002.
Consitt, L., Van Meter, J., Newton, C., Collier, D., Dar, M., & Wojtaszewski, J. et al. (2013). Impairments in Site-Specific AS160 Phosphorylation and Effects of Exercise Training. Diabetes, 62(10), 3437-3447. https://doi.org/10.2337/db13-022924.
Dantas, I. V., Lima, G. N., Falcão, A. P. S. T., Vancea, D. M. M., & Sobral Filho, D. C. (2019). Fatores de adesão e permanência de idosos com diabetes tipo 2 a um programa de exercício físico. ConScientiae Saúde, 18(1), 26-34.
Forjaz, C., Santaella, D., Rezende, L., Barretto, A., & Negrão, C. (1998). A duração do exercício determina a magnitude e a duração da hipotensão pós-exercício. Arquivos Brasileiros De Cardiologia , 70 (2), 99-104. https://doi.org/10.1590/s0066-782x199800020000610.
Fuchs R. (2015). Physical Activity and Health. In: International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences: Second Edition. doi:10.1016/B978-0-08-097086-8.14115-7
Frøsig, C., Rose, A., Treebak, J., Kiens, B., Richter, E., & Wojtaszewski, J. (2007). Effects of Endurance Exercise Training on Insulin Signaling in Human Skeletal Muscle. Diabetes, 56(8), 2093-2102. https://doi.org/10.2337/db06-1698.
Gibala, M., Little, J., MacDonald, M., & Hawley, J. (2012). Physiological adaptations to low-volume, high-intensity interval training in health and disease. The Journal Of Physiology, 590(5), 1077-1084. https://doi.org/10.1113/jphysiol.2011.224725.
Gillen, J., Percival, M., Skelly, L., Martin, B., Tan, R., Tarnopolsky, M., & Gibala, M. (2014). Three Minutes of All-Out Intermittent Exercise per Week Increases Skeletal Muscle Oxidative Capacity and Improves Cardiometabolic Health. Plos ONE, 9(11), e111489. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0111489.
Gomes, F., Rezende, E., Malisch, J., Lee, S., Rivas, D., & Kelly, S. et al. (2009). Glycogen storage and muscle glucose transporters (GLUT-4) of mice selectively bred for high voluntary wheel running. Journal Of Experimental Biology, 212(2), 238-248. https://doi.org/10.1242/jeb.025296.
Goodyear, L., Giorgino, F., Balon, T., Condorelli, G., & Smith, R. (1995). Effects of contractile activity on tyrosine phosphoproteins and PI 3-kinase activity in rat skeletal muscle. American Journal Of Physiology-Endocrinology And Metabolism, 268(5), E987-E995. https://doi.org/10.1152/ajpendo.1995.268.5.e987.
Holten, M., Zacho, M., Gaster, M., Juel, C., Wojtaszewski, J., & Dela, F. (2004). Strength Training Increases Insulin-Mediated Glucose Uptake, GLUT4 Content, and Insulin Signaling in Skeletal Muscle in Patients With Type 2 Diabetes. Diabetes, 53(2), 294-305. https://doi.org/10.2337/diabetes.53.2.294
Houmard, J., Shinebarger, M., Dolan, P., Leggett-Frazier, N., Bruner, R., & McCammon, M. et al. (1993). Exercise training increases GLUT-4 protein concentration in previously sedentary middle-aged men. American Journal Of Physiology-Endocrinology And Metabolism, 264(6), E896-E901. https://doi.org/10.1152/ajpendo.1993.264.6.e896
J Louzada-Júnior, A., da-Silva, J. M., da-Silva, V. F., Castro, A. C. M., de-Freitas, R. E., Cavalcante, J. B., ... & Valentim-Silva, J. R. (2020). Multimodal HIIT is more efficient than moderate continuous training for management of body composition, lipid profile and glucose metabolism in the diabetic elderly. Int. j. morphol, 392-399. doi:10.4067/S0717-95022020000200392.
Karlsen, T., Aamot, I., Haykowsky, M., & Rognmo, Ø. (2017). High Intensity Interval Training for Maximizing Health Outcomes. Progress In Cardiovascular Diseases, 60(1), 67-77. https://doi.org/10.1016/j.pcad.2017.03.006.
Lin, X., Zhang, X., Guo, J., Roberts, C. K., McKenzie, S., Wu, W. C., & Song, Y. (2015). Effects of exercise training on cardiorespiratory fitness and biomarkers of cardiometabolic health: a systematic review and meta‐analysis of randomized controlled trials. Journal of the American heart association, 4(7), e002014.
Lilamand, M., & Raynaud-Simon, A. (2018). Prévalence et conséquences de la fragilité. Pratiques En Nutrition , 14 (55), 13-14. https://doi.org/10.1016/j.pranut.2018.05.004.
Lira, F., dos Santos, T., Caldeira, R., Inoue, D., Panissa, V., & Cabral-Santos, C. et al. (2017). Short-Term High- and Moderate-Intensity Training Modifies Inflammatory and Metabolic Factors in Response to Acute Exercise. Frontiers In Physiology, 8. https://doi.org/10.3389/fphys.2017.00856.
Marosi, K., & Mattson, M. (2014). BDNF mediates adaptive brain and body responses to energetic challenges. Trends In Endocrinology & Metabolism, 25(2), 89-98. https://doi.org/10.1016/j.tem.2013.10.006;
Melo, C., Alencar Filho, A., Tinucci, T., Mion, D., & Forjaz, C. (2006). Hipotensão pós-exercício induzida por exercícios de resistência de baixa intensidade em mulheres hipertensas recebendo captopril. Monitoramento da pressão arterial , 11 (4), 183-189. https://doi.org/10.1097/01.mbp.0000218000.42710.91.
O’Gorman, D., Karlsson, H., McQuaid, S., Yousif, O., Rahman, Y., & Gasparro, D. et al. (2006). Exercise training increases insulin-stimulated glucose disposal and GLUT4 (SLC2A4) protein content in patients with type 2 diabetes. Diabetologia, 49(12), 2983-2992. https://doi.org/10.1007/s00125-006-0457-3.
Pinto, M. M. (2020). O benefício do exercício físico no sistema metabólico em doentes com diabetes tipo 2 (doctoral dissertation, Universidade de Coimbra).
Richter, E., & Hargreaves, M. (2013). Exercise, GLUT4, and Skeletal Muscle Glucose Uptake. Physiological Reviews, 93(3), 993-1017. https://doi.org/10.1152/physrev.00038.2012
Ringseis, R., Eder, K., Mooren, F. C., & Krüger, K. (2015). Metabolic signals and innate immune activation in obesity and exercise. Exercise immunology review, 21.
Röhling, M., Herder, C., Stemper, T., & Müssig, K. (2016). Influence of acute and chronic exercise on glucose uptake. Journal of diabetes research, 2016.
Sociedade Brasileira de Diabetes (2018). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo, Brasil: Clannad. 2017-2018, 491.
S Sylow, L., Kleinert, M., Richter, E. A., & Jensen, T. E. (2017). Exercise-stimulated glucose uptake—regulation and implications for glycaemic control. Nature Reviews Endocrinology, 13(3), 133-148.
Stavrinou, P., Bogdanis, G., Giannaki, C., Terzis, G., & Hadjicharalambous, M. (2018). High-intensity Interval Training Frequency: Cardiometabolic Effects and Quality of Life. International Journal Of Sports Medicine, 39(03), 210-217. https://doi.org/10.1055/s-0043-125074.
Tabasi, M., Anbara, T., Siadat, S. D., Khezerloo, J. K., Elyasinia, F., Bayanolhagh, S., ... & Bouzari, S. (2020). Socio-demographic characteristics, biochemical and cytokine levels in bulimia nervosa candidates for sleeve gastrectomy. Archives of Iranian medicine, 23(1), 23-30.
Viana, R., Naves, J., Coswig, V., de Lira, C., Steele, J., Fisher, J., & Gentil, P. (2019). Is interval training the magic bullet for fat loss? A systematic review and meta-analysis comparing moderate-intensity continuous training with high-intensity interval training (HIIT). British Journal Of Sports Medicine, 53(10), 655-664. https://doi.org/10.1136/bjsports-2018-099928.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Ruth Silva Lima da Costa; Juliana Magalhães de Souza; Luiz Fernando de Souza Bussons; Rafyck Mohamed Almeida Carneiro; João Rafael Valentim Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.