Abordagem fonoaudiológica em pacientes com fissura labiopalatal em serviço especializado de alta complexidade na região oeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19062Palavras-chave:
Fissura labial; Fissura palatina; Fonoterapia; Desenvolvimento infantil.Resumo
Introdução: as fissuras labiopalatinas são as malformações craniofaciais mais frequentemente identificadas em recém-nascidos vivos. De maneira geral, o tratamento das fissuras objetiva corrigi-las cirurgicamente, bem como corrigir os problemas associados, como alterações nas funções da deglutição, mastigação, sucção, audição, fala entre outras consequências que possam surgir. Objetivo: discorrer sobre a atuação e o papel do fonoaudiólogo em equipe multidisciplinar de um centro de reabilitação em anomalias craniofaciais, com enfoque na fissura labiopalatina. Metodologia: trata-se de um relato de experiência produzido a partir das vivências profissionais da equipe de fonoaudiologia em um Centro de atenção e Pesquisa em Anomalias Craniofaciais. Resultados e discussão: a atuação fonoaudiológica no tratamento especializado das fissuras labiopalatinas é complexa e processual, sendo realizado um acompanhamento longo, no qual os resultados são uma combinação de fatores, como o envolvimento e assiduidade familiar no tratamento, colaboração do paciente, cirurgias e a atuação de cada profissional da equipe. O resultado final do tratamento deve refletir na qualidade de vida e desenvolvimento geral do paciente. Conclusão: entende-se como fundamental a participação do fonoaudiólogo neste processo, com atuação ativa desde o início do tratamento, visando contribuir no desenvolvimento das habilidades comunicativas em geral, bem como detectar possíveis alterações e intervir precocemente.
Referências
Almeida, A. M. F. L., Chaves, S. C. L., Santos, C. M. L., & Santana S. F. (2017). Atenção à pessoa com fissura labiopalatina: proposta de modelização para avaliação de centros especializados no Brasil. Saúde Debate.41, 156-166. https://bce.unb.br/wp-content/uploads/2021/05/Estilo-APA_05-2021.pdf
Altmann, E., Vaz, A. C, Paula, M. B., & Khoury, R. B. (2005). Tratamento precoce. In: Altmann, E. organizador. Fissuras labiopalatinas. Barueri: Pró-Fono. 291-324.
Alves, A., Carrara, C. F. C., & Costa, B. (2005). Influência da conduta dos pais sobre o comportamento de crianças com fissura de lábio e/ou palato diante do tratamento odontológico realizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais. Pediatr Mod. 44(3), 321-326. https://repositorio.usp.br/item/001547288
Borges, A. R., Mariano, L., Sá, J., Medrado, A. P., Veiga, P. C., & Reis, S. R. A. (2014). Fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas: determinantes ambientais e genéticos. Revista Bahiana de Odontologia. 5(1), 48-58. https://www5.bahiana.edu.br/index.php/odontologia/article/download/329/266
Brasil, F. R., Tavano, L. A., Caramashi, S., & Rodrigues, O. M. P. S. (2007). Escolha de parceiros afetivos: influência das sequelas de fissura labiopalatal. Paideia. 17(38), 375-387. https://www.scielo.br/j/paideia/a/h67YbqnjtWMtVYW9tqWfwBr/abstract/?lang=pt
Costa, V. C. R., Silva, R. C., Oliveira, I. F., Paz, L. B., Pogue, R., & Gazzoni, L. (2018). Aspectos etiológicos e clínicos das fissuras labiopalatinas. Revista de Medicina e Saúde de Brasília. 7(2), 258-268. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5588447/mod_resource/content/1/Costa%20et% 20al.%2C%202018%20-%20Aspectos%20etiol% C3%B3gicos %20e%20cl%C3%ADnicos%20das%20fissuras%20labiopalatinas.pdf
Di-Bernardo, B., Bellato, A., Moreira, M. A., Rodrigues, V. T, & Pinto, C. (2017). Fissuras Lábio-Palatinas: Tipos de Tratamento- Revisão de Literatura. Revista de Divulgação Cientifica da ULBRA Torres. 13(3), 1-29. http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/ci/article/view/3984
Freitas, J. A. S., Neves, L. T., Almeida, A. L. P. F., Garib, D. G., Trindade-Suedam, I. K., Uaedú, R. Y .F. ...& Pinto, J. H. N. (2011). Rehabilitative treatment of cleft lip and palate: experience of the Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies/USP (HRAC/USP) – Part 1: overall aspects. J Appl Oral Sci. 20(1), 9-15. https://www.scielo.br/j/jaos/a/nMj5X7bT8dgGpZJGFNFZ3Hm/?lang=en&format=pdf
Hosseinabad, H. H., Derakhshandeh, F., Mostaajeran, F., Abdali, H., Davari, H. A., Hassanzadeh A. ... & Kummer, A. W. (2015). Incidence of velopharyngeal insufficiency and oronasal fistulae after cleft palate repair: A retrospective study of children referred to Isfahan Cleft Care Team between 2005 and 2009. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 79(10), 1722–1726. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26298624/
Lorenzzoni, D., Carcereri, D. L., & Lucks, A. (2010). A importância do atendimento multiprofissional e interdisciplinar na reabilitação e promoção de saúde ao portador de fissura labiopalatal. Rev Odonto Cienc. 25(2), 198-203. http://revodonto.bvsalud.org/pdf/roc/v25n2/18.pdf
Lee, C., Grayson, B. H., & Cutting, C. B. (2004). Prepubertal midface growth in unilateral cleft lip and palate following alveolar molding and gingivoperiosteoplasty. Cleft Palate Craniofac J. 41(4), 375-380. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15297999/
Martelli, D. B. R., Machado, R. A., Swerts, M. S. O., Rodrigues, L. A. M., Aquino, S. N., & Júnior, H. M. (2012). Non sindromic cleft lip and palate: relationship between sex and clinical extension. Braz J Otorhinolaryngol. 78(5), 116-120. http://www.bjorl.org.br/en-non-sindromic-cleft-lip-palate-articulo-S1808869415303992
Matos, F. G. O. A., Santos, K. J. J., Baltazar, M. M. M., Fernandes, C. A. M., Marques, A. F. J., & Luz, M. S. (2020). Perfil epidemiológico das fissuras labiopalatais de crianças atendidas em um centro de referência paranaense. REUFSM. 10(28), 1-14. https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/38654/html
Pereira, B. G. (2019). A multidisciplinaridade em fissuras labiopalatinas. Rev. Cient. Multidisc. UNIFLU. 4(2), 207-225. http://www.revistas.uniflu.edu.br:8088/seer/ojs-3.0.2/index.php/multidisciplinar/article/view/213/135
Rossi, D. C., Di Ninno, Q. M. S., Silva, C. S., Rossi, K., & Rodrigues, A. M. (2005). The effect of local mass on process of lip scar in children with unilateral cleft lip and palate surgery. Revista CEFAC. 7(2), 204-214. https://www.redalyc.org/pdf/1693/169320502008.pdf
Santos, S. R., Janini P. J., & Oliveira S. M. H. (2019). A transição na amamentação de crianças com fenda labial e palatina. Rev. Esc. Anna Nery. 23(1), 1-7. https://www.scielo.br/j/ean/a/zTDqLcH3j6hHHkvJ7wPVgch/abstract/?lang=pt
Shaffer, A. D., Ford, M. D., Losee, J. E., Goldstein, J., Costello B. J., Grunwaldt, L. J., & Jabbour, N. (2020). The Association Between Age at Palatoplasty and Speech and Language Outcomes in Children With Cleft Palate: An Observational Chart Review Study. The Cleft Palate-Craniofacial Journal. 57(2), 148-160. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31648546/
Signor, R. C .F. (2019). Abordagem fonoaudiológica nas fissuras orofaciais não sindrômicas: revisão de literatura. Rev Ciênc Med. 28(1):49-67. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/01/1047805/med-5-00_4379.pdf
Souza- Freitas, J. Á., Dalben, G. S., & Freitas, P. Z. (2004). Tendência familial das Fissuras labiopalatinas. R Dental Press Ortodon. Ortop. Facial.. 9(4), 74-78. https://www.scielo.br/j/dpress/a/MjgSXdQSgk37dVCDyktytxN/?lang=pt
Zhou, Meng; Liu, Zong-xiang; Wang, Peng-lai & Liu, Chao. (2016). Quality of life and its influential factors of children and adolescents with congenital cleft lip and palate. Shanghai kou qiang yi xue = Shanghai journal of stomatology. 25, 63-67. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27063311/
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Celina Cabral; Maria Grazielle Paiva Barreto Santana Lopes; Daniela Lopes de Oliveira; Mariângela Monteiro de Melo Baltazar
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.