Histomorfometria e proteômica uterina durante o ciclo reprodutivo normal em cadelas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19093Palavras-chave:
Cadelas; Raça; Ciclo Estral; Histologia; Proteínas; Proteoma; Útero.Resumo
Nós objetivamos avaliar a histomorfometria e o perfil proteômico do útero canino durante todas as fases do ciclo reprodutivo. Dezoito cadelas saudáveis tiveram seu ciclo estral identificado por avaliação clínica, citologia vaginal e níveis séricos de progesterona, que foram alocados para o proestro (n = 5), estro (n = 5), diestro (n = 5) e anestro (n = 3) grupos. Todas foram submetidas à ovariosalpingohisterectomia eletiva, e os úteros foram coletados para mensuração histomorfométrica (software Image J). Para a análise proteômica, fragmentos das trompas uterinas foram submetidos à dosagem de proteínas (método de Bradford) e extração por eletroforese 2D (software PDquest). Os resultados mostraram que o diestro promoveu maiores valores de espessura nas estruturas uterinas (μm): parede uterina (2.223,8 ± 229,8), endométrio (819,7 ± 109,1) e miométrio (1.392,6 ± 294,2). O útero apresentou um perfil proteico com boa reprodutibilidade por fase (pI: 3,5–9,0; PM: 24–150 KDa), com 11 manchas em todas as fases. Apesar das maiores alterações histomorfométricas no diestro, observamos um maior número de manchas no estro (253 ± 45), seguidas do proestro (185 ± 21), diestro (113 ± 39) e anestro (80 ± 21). Esse achado mostrou provável participação dessas proteínas no preparo uterino para recebimento de gametas para fertilização. Nossos resultados mostraram maior espessura uterina no diestro e maior secreção de proteínas no estro, contribuindo para a prospecção e identificação de proteínas responsáveis pelos processos de reprodução biológica.
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