Mudas de tamarindos irrigadas com diferentes tipos e proporções de água
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19098Palavras-chave:
Reutilização; Solo; Efluente; Ar-condicionado.Resumo
As precipitações pluviométricas irregulares e a elevada evapotranspiração são características da região semiárida do Nordeste Brasileiro. O conjunto dessas variáveis fazem da água um fator limitante para agricultura irrigada, o que torna a reutilização necessária, principalmente em locais sob condições de crescente escassez. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o desenvolvimento de mudas de tamarindos e sua influência nos atributos químicos do solo, em função dos diferentes tipos e proporções de águas. A pesquisa foi desenvolvida no setor de produção de mudas localizado no Instituto Federal da Paraíba, Campus Sousa. Utilizou-se o delineamento de blocos inteiramente casualizados, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos resultaram das seguintes combinações: T1 = 100 % Poço Artesiano (PA), T2 =100 % Ar-Condicionado (AC), T3 = Combinação 50% Ar Condicionado + 50% Poço Artesiano (AC+PA), T4 = Combinação 50 % Efluente Agroindustrial + 50 % Ar Condicionado (EA+AC) e T5 = 100 % Efluente Agroindustrial (EA). As mudas de tamarindo foram produzidas em sacos plásticos, utilizando Neossolo Flúvico e esterco na proporção (2:1) como substrato. Foram avaliadas as seguintes variáveis: altura de planta, diâmetro de caule, número de folhas, massa verde e seca da parte aérea e raiz, comprimento da raiz e influência nos atributos do solo (pH, P, K, Na e MO). A combinação de 50% das águas de ar condicionado e 50% efluente agroindustrial se mostrou adequada na produção de mudas de Tamarindo. O efluente agroindustrial é recomendável para irrigação de plântulas de tamarindo, apesar dos elevados teores de sódio e cloreto. O uso da água de ar condicionado mostrou-se viável na produção de mudas de tamarindos.
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