Avaliação da disposição para o perdão em pacientes com hipertensão arterial sistêmica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19174Palavras-chave:
Perdão; Hipertensão; Atenção Primária à Saúde; Enfermeiras e enfermeiros.Resumo
Objetivo: avaliar a disposição para perdoar em indivíduos com hipertensão arterial sistêmica. Metodologia: trata-se de um estudo transversal e quantitativo com abordagem descritiva e analítica. O período de coleta ocorreu entre março de 2020 e janeiro de 2021. Participaram da pesquisa 81 hipertensos assistidos pela clínica de saúde da família “Dr. Davi Marcos de Lima”. Os envolvidos foram convidados a responder um questionário contendo dados sociodemográficos e a Escala de Disposição para Perdoar. Além disso, para análise estatística considerou-se o nível de significância de 95%. Resultados: a amostra compôs-se de 81 indivíduos. No presente estudo, houve prevalência do sexo feminino (66,7%), idade superior ou igual a 60 anos (63%) e 53,7% possuíam Ensino Fundamental incompleto. Houve predominância de indivíduos casados 50,6%; 66,7% vivem com o companheiro, 29,6% residem apenas com uma pessoa. A maioria dos indivíduos 69,1% não trabalham e/ou estão aposentados. A religião predominante foi a católica com 74,1%. Correlacionando os dados sociodemográficos com a escala do perdão as variáveis de estado civil e quantidade de pessoas que residiam com o hipertenso foram significantes (p-valor <0,005). Conclusão: Percebe-se, com esse estudo, que os hipertensos se demostraram dispostos a perdoar. Além disso, o estudo mostrou que estado civil “casado” e “outros” interferem na disposição que o indivíduo tem de perdoar e que os hipertensos que residem com um a três indivíduos estão dispostos a perdoar mais.
Referências
Alencar, T. F., & Abreu, E. L. (2019, 29 de julho). O Perdão sob a Perspectiva do Ofensor: uma Revisão da Sistemática. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, 39, 1-17. Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/pcp/v39/1982-3703-pcp-39-e185662.pdf
Allemand, M. (2008, outubro). Age differences in forgivingness: The role of future time perspective. Journal of Research in Personality, 42 (5), 1137-1147. Recuperado de https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0092656608000287?via%3Dihub
Andrade, T.F. (2014). Refinamento psicométrico da escala de atitudes para o perdão (efi) (Dissertação de mestrado). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB.
Avezum, S. G. P. (2018). Avaliação da Disposição para o Perdão em Pacientes com Hipertensão Aguda do Miocárdio (Dissertação de Mestrado). Universidade Santo Amaro, São Paulo, SP.
Barbosa, E., Guimarães, J. I., & Saraiva, R. Hipertensão Arterial Sistêmica e a Mulher. (2008, setembro). Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, (15). Recuperado de http://sociedades.cardiol.br/sbc-rs/revista/2008/15/pdf/hipertensao_arterial.pdf
Barbosa, L. H. G. M. (2015). Explicando a disposição para perdoar: o papel dos valores humanos e das crenças no mundo justo/injusto (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB.
Barroso, et al. (2021). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arquivos. Brasileiros de. Cardiologia, 116 (3), 516-658. Recuperado de https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-782X-abc-116-03-0516.x44344.pdf
Basset, D. R. Jr., Fitzhugh, E. C., Crespo, C. J., King, G. A., & McLaughlin, J. E. (2002, fevereiro). Physical activity and ethnic differences in hypertension prevalence in the United States. Prev Med, 34, 179-86. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11817913/#:~:text=Background%3A%20In%20the%20United%20States,hypertension%20than%20other%20ethnic%20groups.&text=Results%3A%20Hypertension%20prevalence%20was%20significantly,%2C%20CI%200.59%20to%200.90)
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. (2012ª). Saúde Indígena: uma introdução ao tema. Série Vias dos Saberes. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. (2012b). Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. (2013a). Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. (2013b). Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. (2016). Resolução nº 510 de 7 de abril de 2016. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde (2019). Vigitel Brasil 2018: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Brasília: Ministério da Saúde.
Bueno, R. K., Souza, S. A., Monteiro, M. A. (2013, janeiro). Processo de diferenciação dos casais de suas famílias de origem. Psico, 44 (1), 16-25. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/9420/8843
Cesarino, C. B, et al. (2008, julho). Prevalência e Fatores Sociodemográficos em Hipertensos de São José do Rio Preto – SP. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 91 (1). Recuperado de https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2008001300005#:~:text=A%20preval%C3%AAncia%20desses%20fatores%20sociodemogr%C3%A1ficos,o%20risco%20de%20complica%C3%A7%C3%B5es%20cardiovasculares
DeShea, L. A. (2003). Scenario-based scale of willingness to forgive. Individual Differences Research, 1 (3), 201-217. Recuperado de https://www.researchgate.net/profile/Lise-Deshea/publication/232477938_A_Scenario-Based_Scale_of_Willingness_to_Forgive/links/5693e09308ae820ff0729002/A-Scenario-Based-Scale-of-Willingness-to-Forgive.pdf
Ferreira, P. A. A., Bodevan, E. C., & Oliveira, L. C. (2019). Características Sociodemográficas Associadas à Prevalência de hipertensão Arterial Sistêmica. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 17 (1), 1. Recuperado de http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/5003
Fonsêca, P. N., et al. Perdão Conjugal: Uma Explicação a partir dos Valores Humanos. (2017, dezembro). Trends in Psychology, 25 (4). Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/tpsy/v25n4/2358-1883-tpsy-25-04-1913.pdf
Ghaemmaghami, P., Allemand, M., & Martin, M. (2011, 8 de setembro). Forgiveness in Younger, Middle-Aged and Older Adults: Age and Gender Matters. Journal of Adult Development, v.18, n.4, p. 192–203, 2011. Recuperado de https://link.springer.com/article/10.1007/s10804-011-9127-x
Gois, C. F. L., et al. (2016, 27 de junho). Perfil Sociodemográfico e Clínico de Hipertensos Atendidos por Equipe de Saúde da Família. REME- Rev Min Enferm, 20. Recuperado de http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1095
Gouveia, V.V., et. al. (2009). Disposição para perdoar, desejabilidade social e religião: um estudo correlacional. Revista Bioética, 17 (2), 297-308. Recuperado de https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/168
Gouveia, V. V., et. al. (2015, junho). Escala de Disposição para Perdoar: estrutura, consistência interna e invariância fatorial. Estudos de psicologia, 32 (2). Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-166X2015000200151&script=sci_abstract&tlng=pt
Hajjar, I., Kotchen, J. M., & Kotchen, T. A. (2006). Hypertension: trends in prevalence, incidence, and control. Annu Rev Public Health, 27, 465-490. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16533126/#:~:text=Incidence%20rates%20of%20hypertension%20range,controlled%20in%20the%20United%20States
Köche, J. C. (2011). Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria da ciência e iniciação à pesquisa. Petrópolis, Brasil: Editora Vozes.
Liu, H., et al. (2017, outubro). Association between duration of oral contraceptive use and risk of hypertension: A meta-analysis. J Clin Hypertens, 19, 1032-1041. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28612347/
Lucena, et al. (2021, 12 de novembro). Desempenho dos Serviços da Atenção Primária à Saúde: Satisfação das Pessoas com Hipertensão. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, v. 20. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/53086. Acesso em: 12 mar. 2021.
Mccullough, M.E., Bellah, C. G., Kilpatrick, S. D., & Johnson, J. L. (2001, 1 de maio). Vengefulness: Relationships with Forgiveness, Rumination, Well-Being, and the Big Five. Personality and Social Psychology Bulletin, 27 (5), 601–610. Recuperado de https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0146167201275008
Mccullough, M.E., & Witvliet, C.V. (2001, 1 de janeiro). The Handbook of Positive Psychology. The Psychology of Forgiveness, 446-458. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/264443222_The_psychology_of_forgiveness
Mendonça, E.T., et al. (2015, dezembro). Perfil Sociodemográfico, Clínico e Cardiovascular Adicional de Indivíduos Hipertensos. Revista de enfermagem – UFPE online, 9 (12), 1182- 1189. Recuperado de https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/10823
Ong, K.L. Cheung, B. M. Y., Man, Y. B., Lau, C. P., & Lam, K. S, L. (2007, janeiro). Prevalence, awareness, treatment, and control of hypertension among United States adults 1999- 2004. Journal of the American Heart Association, 49 (1), 69-75. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17159087/
Organização Pan-Americana de Saúde. Organização Mundial da Saúde. (2016). Dia Mundial da Hipertensão 2016. Brasília: OPAS/OMS.
Organização Pan-Americana de Saúde. Organização Mundial da Saúde. (2020). Histórico da pandemia de COVID-19. Brasília: OPAS/OMS.
Pereira, V.N.A. (2013). Religiosidade em Indivíduos Hipertensos de uma Unidade do Programa Saúde da Família de Pedras de Fogo – PB (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB.
Pinho, V. D., & Falcone, E. M. O. (2015, agosto). Intervenciones para la Promoción del Perdón y la Inserción de la Empatía: Revisión de la Literatura. Revista Argentina de Clínica Psicológica, 24 (2), 111-120. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/2819/281946783003.pdf
Pinho, V. D., & Falcone, E. M. O. (2018, janeiro). Estudo qualitativo sobre fatores facilitadores e dificultadores do perdão interpessoal. Psicologia Social, 18, (1), 189-208. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v18n1/v18n1a11.pdf
Rye, M.S., et. al. (2001). Evaluation of the Psychometric Properties of Two Forgiveness Scales. Current Psychology: Developmental, Learning, Personality, Social Spring, 20 (3), 260–277. Recuperado de https://greatergood.berkeley.edu/images/uploads/Rye-Forgiveness_Scale_Psychometric_Comparison.pdf
Salmazi, C. (2015). Cura pelo Perdão. Recuperado de http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3705&catid= 80:mythos&Itemid=110
Santana, R. G. (2011). Estudo das Relações entre a Atitude de Perdoar Ofensas Interpessoais e os Esquemas Iniciais Desadaptativos (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG.
Santana, R.G., & Lopez, R. F. F. (2012). Aspectos Conceituais do Perdão no Campo da Psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão, 32 (3), 618-631. Recuperado de https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932012000300008&script=sci_abstract&tlng=pt
Silva, C. F. S., et al. (2016). Espiritualidade e religiosidade em pacientes com hipertensão arterial sistêmica. Rev. bioét., 24 (2). Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/bioet/v24n2/1983-8034-bioet-24-2-0332.pdf
Silva, G. C. (2020). Pesquisa de opinião sobre o perdão: qual a sua relevância e como os indivíduos o percebem (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal De Uberlândia, Uberlândia, MG.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Hipertensão. Sociedade Brasileira de Nefrologia. (2010). VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Hipertensão. Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Malachias, M. V. B., et al. (2016, setembro). 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol, 107 (3), 1-103. Recuperado de http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf
Steiner, M., Allemand, & M., Mccullough, M.E. (2011, 5 de dezembro). Do agreeableness and neuroticism explain age differences in the tendency to forgive others?. Personality and Social Psychology Bulletin, 38 (4), 441-453. Recuperado de https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0146167211427923
Toledo, N. N., et. al. (2020). Fatores de risco cardiovascular: diferenças entre grupos étnicos. Revista Brasileira de Enfermagem, 73 (4). Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/reben/v73n4/pt_0034-7167-reben-73-04-e20180918.pdf
Tsang, J.Á., Mccullough, M.E., & Hoyt, W.T. (2005). Psychometric and rationalization accounts of the religion-forgiveness discrepancy. Journal of Social Issues, 61 (4), 785-805. Recuperado de http://www.baylorisr.org/wp-content/uploads/tsang_psychometric.pdf
Worthington, E.L., & Scherer, M. (2004, janeiro). Forgiveness is an Emotion-Focused Coping Strategy That Can Reduce Health Risks and Promote Health Resilience: Theory, Review, and Hypotheses. Psychology and Health, 19 (3), 385-405. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/247500255_Forgiveness_is_an_emotion-focused_coping_strategy_that_can_reduce_health_risks_and_promote_health_resilience_Theory_review_and_hypotheses
Worthington, E. L., et al. (2015, janeiro). Forgiveness-Reconciliation and CommunicationConflict-Resolution Interventions Versus Retested Controls in Early Married Couples. J Couns Psychol, 62 (1), 14-27. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25264599/
Zaitune, M. P. A., Barros, M. B. A., César, C. L. G., Carandina, L., & Goldbaum, M. Hipertensão arterial em idosos: prevalência, fatores associados e práticas de controle no Município de Campinas. Cad. Saúde Pública, 22 (2), 285-294. Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/csp/v22n2/06.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Milena Rabelo de Souza; Thais Costa Mendonça; Ana Carla Ferreira Silva dos Santos; Viviane Ferreira Silva dos Santos; Carla Kalline Alves Cartaxo Freitas; Karenine Maria Holanda Cavalcante; Diego dos Passos Santiago

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.