Fatores associados à síndrome metabólica em idosos residentes em comunidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.19190

Palavras-chave:

Síndrome X Metabólica; Idosos; Doenças cardiovasculares.

Resumo

Objetivo: verificar a prevalência e fatores associados à síndrome metabólica (SM) em idosos residentes em comunidade. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, aninhado a uma coorte, de base populacional, com 259 idosos de idade ≥60 anos do município de Aiquara-BA. A coleta de dados foi realizada de janeiro a junho de 2015, em três fases: aplicação de questionário no domicílio; mensuração de medidas antropométricas; realização de exames laboratoriais. A SM foi identificada utilizando-se os critérios definidos pelo National Cholesterol Education Program’s – Adult Treatment Panel III. Realizou-se estatística descritiva e inferencial. A associação entre a SM e as variáveis independentes foram verificadas por meio de análises brutas e ajustadas usando a regressão de Poisson, com cálculo robusto de razões de prevalência (RP), intervalo de confiança de 95% (IC95%), com p-valor<0,05, adotando um modelo de análise hierarquizada. Resultados: a prevalência de SM entre os idosos foi de 45,6% e os principais fatores que permaneceram associados após análise ajustada foi o sexo feminino (RP=1,65; IC95% 1,25-2,18) e o IMC, sendo o sobrepeso um fator de risco (RP=1,67; IC95% 1,28-2,17) e o baixo peso um fator de proteção (RP=0,24; IC95% 0,10-0,56). Conclusão: conclui-se que a prevalência de SM nos idosos residentes em Aiquara-BA é alta e está associada ao sexo feminino e à obesidade.

Referências

Botoseneanu, A., Ambrosius, W. T., Beavers, D. P., Rekeneire, N., Anton, S., Church, T. et al. (2015). Prevalence of metabolic syndrome and its association with physical capacity, disability, and self-rated health in Lifestyle Interventions and Independence for Elders Study participants. J Am Geriatr Soc, 63(2):222-32.

Brasil (2005). I Diretriz brasileira de diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica. Arq. bras. cardiol., 84(supl. 1):3-28.

Brasil (2012). Resolução nº. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União. 13 jun. 2013.

Closs, V. E., Feoli, A. M. P., & Schwanke, C.H.A. (2016). Síndrome metabólica em idosos da atenção terciária em Porto Alegre, Rio Grande do Sul: associação com o Índice de Alimentação Saudável. Sci Med, 26(3):ID23422.

Coelho, J. M. F., Silva, A. S., Brito, E. X. dos S., Marques, E. M., Ponte, G. A., Gomes, Érica V. D., Lima, K. G., França, L. M. C., Lima, L. A. da S., Mêrces, M. C., Sampaio, L. M. de A., Fernandes, B. de S., Pinheiro, I. M., Galvão, L. R., & Galvão, C. R. (2021). Sedentarism and Metabolic Syndrome in users of a Family Health Unit in Salvador- BA. Research, Society and Development, 10(1), e56910112195.

Damião, R., Pititto, B., Gimeno, S., & Ferreira, S. (2007). Aspectos epidemiológicos e nutricionais da síndrome metabólica. In: Kac, G., Sichieri, R., Gigante, D.P. Epidemiologia nutricional. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/Editora Atheneu, 389-408.

Luis, D. A., Lopez Mongil, R., Gonzalez Sagrado, M., Lopez Trigo, J. A., Mora, P. F., Castrodeza Sanz, J.; Group Novomet (2010). Prevalence of metabolic syndrome with International Diabetes Federation criteria and ATP III program in patients 65 years of age or older. J Nutr Health Aging, 14(5):400-4.

Dominguez, L.J., & Barbagallo, M. (2007). The cardiometabolic syndrome and sarcopenic obesity in older persons. J Cardiometab Syndr, 2(3):183-9.

Ervin, R.B. (2009). Prevalence of metabolic syndrome among adults 20 years of age and over, by sex, age, race and ethnicity, and body mass index: United States, 2003-2006. Division of Health and Nutriition Examination Surveys. Natl Health Stat Report, (13):1-7.

Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (2001). Executive summary of the Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Cholesterol. JAMA, 285:2486–97.

Ferreira, S.R.G., Gimeno, S.G.A., Hirai, A.T., Harima, H., Matsumura, L., & Pittito, B.A. (2008). Effects of an intervention in eating habits and physical activity in Japanese-Brazilian women with a high prevalence of metabolic syndrome in Bauru, São Paulo State, Brazil. Cad. Saúde Pública, 24(Sup 2):294-302.

Folstein, M.F., Folstein, S.E., & Mchugh, P.R. (1975). "Mini-mental state" A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of Psychiatric Research, 12(3):189-198.

Fox, C.S., Massaro, J.M., Hoffmann, U., Pou, K.M., Horvat-Maurovich, P., Liu, C.Y. et al. (2007). Abdominal visceral and subcutaneous adipose tissue compartments: association with metabolic risk factors in the Framingham Heart Study. Circulation, 116(1):39-48.

Franco, G.P.P., Scala, L.C.N., Alves, C.J., França, V.G.A., Cassanelli, T., & Jardim, P.C.B.V. (2009). Síndrome metabólica em Hipertensos de Cuiabá - MT: Prevalência e Fatores Associados. Arq Brasil Cardiol, 92(6):472-8.

Góis, A.L.B. & Veras, R.P. (2010). Informações sobre a morbidade hospitalar em idosos nas internações do Sistema Único de Saúde do Brasil. Ciên Saúde Colet, 15(6): 2859-69.

Gragnolati, M., Jorgensen, O.H., Rocha, R., & Fruttero, A. (2011). Growing old in an older Brazil: implications of population aging on growth, poverty, public finance and service delivery. Washington: The World Bank.

Gronner, M.F., Bosi, P.L., Carvalho, A.M., Casale, G., Contrera, D., Pereira, M.A., Diogo, T.M., Torquato, M.T.C.G., Souza, G.M.D., Oishi, J., & Leal, A.M.O. (2011). Prevalence of metabolic syndrome and its association with educational inequalities among Brazilian adults: a population-based study. Braz J Med Biol Res, 4:713-9.

Janssen, I., Powell, L.H., Kazlauskaite, R. & Dugan, S.A (2010). Testosterone and visceral fat in midlife women: the Study of Women’s Health Across the Nation (SWAN) fat patterning study. Obesity (Silver Spring), 18:604-10.

Lebrão, M.L., & Duarte, Y.A.O. (2003). SABE – Saúde, Bem-estar e Envelhecimento – O Projeto Sabe no município de São Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde.

Leitão, M.P.C., & Martins, I.S. (2012). Prevalência e fatores associados à Síndrome Metabólica em usuários de Unidades Básicas de Saúde em São Paulo. Rev Assoc Med Bras, 58(1):60-9.

Lima, C.R.O.C., Araújo, L.S., Lemaire, D.C., Rios, DL, Conceição, G.C.; Brandão, N.A., & Araújo, E.M.Q. (2017). Associação entre níveis séricos de vitamina D e componentes da síndrome metabólica em pacientes atendidos no centro de estudos e atendimento dietoterápico da Universidade do Estado da Bahia. Ciências Médicas e Biológicas, 16(3):367-373.

Malachias, M.V., Souza, W.K., Plavnik, F.L., et al. (2016). Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz brasileira de hipertensão arterial. Arq. Bras. Cardiol., 107(3 supl 3):1-83.

Mazo, G.Z., & Benedetti, T.R.B. (2010). Adaptação do questionário internacional de atividade física para idosos. Bras Cineantropom Desempenho Hum., 12(6):480-4.

Mendes, K.G., Theodoro, H., Rodrigues, A.D., & Olinto, M.T.A. (2012). Prevalência de síndrome metabólica e seus componentes na transição menopáusica: uma revisão sistemática. Cad. Saúde Pública, 28(8):1423-37.

Nichols, G.A., & Moler, E.J. (2011). Metabolic syndrome components are associated with future medical costs independent of cardiovascular hospitalization and incident diabetes. Metab Syndr Relat Disord, 9(2):127-33.

Paula, H.A.A., Ribeiro, R.C.L., Rosado, L.E.F.P.L., Pereira, R.S.F., & Franceschini, S.C.C. (2010). Comparação de Diferentes Critérios de Definição para Diagnóstico de Síndrome Metabólica em Idosas. Arq Bras Cardiol, 95(3):346-53.

Paula, J.A.T., Moreira, O.C., Silva, C.D., Silva, D.S., & Amorim, P.R.S. (2015). Metabolic syndrome prevalence in elderly of urban and rural communities participants in the HIPERDIA in the city of Coimbra/MG, Brazil. Invest Educ Enferm, 33(2):326-32.

Pimenta, A.M., Gazzinelli, A., & Velásquez-Melendez, G. (2011). Prevalência da síndrome metabólica e seus fatores associados em área rural de Minas Gerais (MG, Brasil). Ciênc saúde colet, 16(7):3297-306.

Pradhan, A.D. (2014). Sex differences in the metabolic syndrome: implications for cardiovascular health in women. Clin Chem, 60(1):44-52.

Rigo, J.C., Vieira, J.L., Dalacorte, R.R., & Reichert, C.L. (2009). Prevalência de Síndrome Metabólica em Idosos de uma Comunidade: Comparação entre três métodos diagnósticos. Arq Bras Cardiol, 93(2):85-91.

Rosa, C.B., Agostini, J.Á., Bianchi, P.D., Garces, S.B.B., Hansen, D., Moreira, P.R., & Schwanke, C.H.A. (2016). Síndrome metabólica e estado nutricional de idosos cadastrados no HiperDia. Sci Med, 26(3):ID23100.

Saad, M.A.N., Cardoso, G.P., Martins, W.A., Velarde, L.G.C., & Cruz Filho, R.A. (2014). Prevalence of metabolic syndrome in elderly and agreement among four diagnostic criteria. Arq Bras Cardiol, 102(3)263-9.

Saukkonen, T., Jokelainen, J., Timonen, M., Cederberg, H., Laakso, M., Harkonen, P., Keinänen-Kiukaanniemi, S., & Rajala, U. (2012). Prevalence of metabolic syndrome components among the elderly using three different definitions: a cohort study in Finland. Scand J Prim Health Care, 30(1):29-34.

Silva, C.G., Rodrigues, J.B., Medeiros Júnior, J.R., Coutinho, N.P.S., Lopes, M.L.H., & Sardinha, A.H.L. (2012). Perfil dos idosos com síndrome metabólica. Rev Pesq Saúde, 13(2):17-20.

Souza, T. S., Nepomuceno, A. F. S. F., Costa, S. M., Oliveira, Y. N. S., Carneiro, J. A. O., & Casotti, C. A. (2021). Potential drug interactions in the elderly with metabolic syndrome. Research, Society and Development, 10(9), e29410918080.

Tavares, D.S., Gomes, N.C., Rodriguês, L.R., & Tavares, D.M.S. (2018). Perfil de idosos com síndrome metabólica e fatores associados às possíveis interações medicamentosas. Rev Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 21(2):164-175.

Veras, R., & Dutra, S. (2008). Perfil do idoso brasileiro: questionário BOAS. Rio de Janeiro; UERJ. UnATI. 98p.

Veras, R.P. & Oliveira, M. (2018). Aging in Brazil: the building of a healthcare model. Rev Ciência & Saúde Coletiva, 23(6):1929-36.

Vieira, E.C., Peixoto, M.R.G., & Silveira, E.A. (2014). Prevalência e fatores associados à Síndrome Metabólica em idosos usuários do Sistema Único de Saúde. Rev bras epidemiol, 17(4):805-17.

Wachholz, P.A., & Masuda, P.Y. (2009). Caracterização e prevalência de síndrome metabólica em idosos, segundo dois critérios diagnósticos diferentes. Estud interdiscipl envelhec, 14(1):95-106.

Downloads

Publicado

10/10/2021

Como Citar

SOUZA, T. S.; CARNEIRO, J. A. O.; COSTA, S. M.; OLIVEIRA, Y. N. S. de .; SANTOS, D. B. dos; CASOTTI, C. A. Fatores associados à síndrome metabólica em idosos residentes em comunidade. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e189101319190, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i13.19190. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19190. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde